quarta-feira, 30 de julho de 2014

Mulheres jornalistas latino-americanas


Seminário no Panamá discute dificuldades das mulheres jornalistas latino-americanas

 

Nos dias 10 e 11 de junho realizou-se, na Cidade do Panamá, o Seminário Internacional sobre Gênero "Mulheres Jornalistas: insegurança no trabalho e a desigualdade salarial". O evento aprovou uma série de ações de combate à exploração e desigualdades com relação às mulheres trabalhadoras na imprensa e de promoição da plena igualdade de oportunidades entre mulheres e homens na profissão. Os principais debates do evento foram sintetizados na Declaração do Panamá.


O Seminário Internacional, organizado pelo Escritório da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) na América Latina e pela Federação dos Jornalistas da América Latina e do Caribe (FEPALC), com realização do Sindicato dos Jornalistas do Panamá e apoio da Fundação Friedrich Ebert, contou com a participação de representantes sindicais da da Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Chile, México, Paraguai, Peru, República Dominicana e Venezuela.

A FENAJ esteve representada por sua 2ª Vice-presidente, Valdice Gomes da Silva, também integrante do Conselho de Gênero da FIJ. Na ocasião, Valdice apresentou um panorama da violência contra mulheres jornalistas no Brasil a partir de 2013. O levantamento, baseado em diversas fontes, aponta que desde de junho do ano passado, quando registraram-se várias manifestações no país, 166 jornalistas foram agredidos, dentre os quais 38 mulheres.  
         
                                                                          
Entre os temas abordados no Seminário incluem-se a criação de um Conselho de Gênero para a América Latina e Caribe e a importância de um levantamento socioeconômico dos jornalistas, para estabelecer bases científicas para encontrar soluções para os problemas enfrentados por mulheres e homens jornalistas da região. Os principais problemas registrados pelas mulheres jornalistas na América Latina e Caribe, além das dieferenças salariais em relação aos homens, foram a insegurança no trabalho, assédio sexual, moral, agressões e morte.

Veja, a seguir, a íntegra da Declaração do Panamá.



DECLARACION DE PANAMÁ


Nosotras, Mujeres trabajadoras de la prensa y la comunicación de los Sindicatos de Argentina, Brasil, Colombia, Costa Rica, Chile, Méjico, Paraguay, Perú, República Dominicana y Venezuela reunidas en la ciudad de Panamá, los días 10 y 11 de junio de 2014 en el marco del “Seminario Internacional de Género: Mujeres Periodistas: precariedad laboral y desigualdad salarial”, organizado por la Oficina Regional de la FIP para América Latina y el Caribe, la Federación de Periodistas de América Latina y el Caribe y el Sindicato de Periodistas de Panamá con el apoyo de la Fundación Fredich Ebert Stifhung Ebert, saludamos a las mujeres y hombres trabajadoras y trabajadores del mundo entero y manifestamos cuanto sigue:

Denunciamos las condiciones de explotación y desigualdad que siguen existiendo, y con tendencia a empeorarse, de las mujeres trabajadoras de la prensa y la comunicación, quiénes estamos sufriendo con más dureza las drásticas medidas patronales en los medios de comunicación, consecuencias que la crisis y las políticas neoliberales tienen en materia de género. Reforzando y agravando de esta manera la precarización laboral, incremento en la brecha salarial entre hombres y mujeres, la censura, autocensura, la discriminación, el maltrato, la persecución, el acoso sexual, la agresión e incluso la muerte de periodistas. Encontramos que en aquellos países en los que hay leyes para el sector, las mismas son avasalladas en la práctica cotidiana, y sólo son tinta en papel que no modifican nuestras paupérrimas condiciones laborales.-


Compartimos con nuestros compañeros de clase la situación de explotación, situación que nos ubica en una doble opresión debido a la cultura patriarcal que impera en el orden mundial: “Somos doblemente exigidas, doblemente precarizadas, doblemente silenciadas”. Y es desde este lugar desde el cual queremos afirmar que nuestra lucha no es de sexo contra sexo, sino de clase contra clase, señalar que no es una tarea exclusiva de las mujeres, antes bien, un deber entre todos y todas. La lucha de las Mujeres trabajadoras por la igualdad de género implica nuestra visibilización y emancipación, que así; impulsará la lucha por los derechos de la clase trabajadora en su conjunto, camino a una sociedad justa e igualitaria.


Ratificamos las Declaraciones de Buenos Aires-2008 y Asunción- 2009 destacando la necesidad imperiosa de acciones concretas y urgentes que permitan no solo detener sino revertir el grave cuadro de situación de las Mujeres periodistas en América Latina y el Caribe.-


Exhortamos a las Organizaciones Sindicales, Federaciones y Confederaciones de Prensa que garanticen la participación plena en instancias decisorias a compañeras y compañeros que impulsen políticas sindicales con visión de Género y, en consecuencia la creación y continuidad de las Secretarias o Comisiones de Género. Queremos dejar sentado que la participación de la mujer en espacios de discusión y socialización, solamente para llenar cupos y ser así legitimadoras de falsos enfoques de género, no es nuestra orientación ni nuestra meta. No haremos concesiones con quienes pretenden limpiar la cara de la hegemonía patriarcal y machista, tanto en los espacios privados, individuales, como en los espacios públicos y en nuestras propias organizaciones, con una solapada inclusión. Estamos decididas a seguir tomando espacios que biológicamente, socialmente y moralmente nos corresponde, los espacios de decisión y de poder.-


Emplazamos a las empresas de comunicación a aplicar de manera inmediata y efectiva los Planes de Igualdad en los Medios, así como las medidas necesarias, para acabar con la discriminación de género y lograr la plena igualdad de oportunidades entre mujeres y hombres en la profesión.

Expresamos nuestra solidaridad plena con las compañeras y compañeros de Colombia, Méjico y Paraguay reiterando nuestra exigencia a los Estados partes para que dichos crímenes contra mujeres y hombres periodistas sean esclarecidos y castigados.

Panamá, 13 de junio de 2014.


DECLARAÇÃO DO PANAMÁ   Tradução: (Google tradutor)

Nós, trabalhadoras da imprensa e da comunicação dos Sindicatos da Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Chile, México, Paraguai, Peru, República Dominicana e Venezuela reuniram-se na cidade do Panamá, em 10 e 11 de Junho 2014 no âmbito do "Seminário Internacional sobre Gênero: Mulheres Jornalistas: insegurança no trabalho ea desigualdade salarial", organizado pelo Gabinete do FIP para a América Latina e Caribe, a Federação de Jornalistas da América Latina e Caribe e da União de Regional Jornalistas do Panamá, com o apoio da Fundação Ebert Ebert Fredich Stifhung, nós saudamos os homens e as mulheres trabalhadoras e trabalhadores em todo o mundo e declarar o seguinte:


Denunciamos as condições de exploração e desigualdade que ainda existem, e tende a piorar, as mulheres trabalhadoras da imprensa e dos meios de comunicação, que estão sofrendo os chefes mais difíceis medidas drásticas nos meios de comunicação, as consequências da crise e políticas neoliberais têm gênero. Reforçar e insegurança no emprego, assim, agravante, aumento na diferença salarial entre homens e mulheres, censura, auto-censura, discriminação, abuso, perseguição, assédio sexual, agressão e até mesmo a morte dos jornalistas. Descobrimos que nos países onde existem leis para o setor, eles são escravizados em prática todos os dias, e são apenas tinta no papel que não alteram nossas condições de trabalho muito pobres. -


Nós compartilhamos com a nossa situação de exploração colegas, uma situação que nos coloca em uma opressão dupla devido à cultura patriarcal que prevalece na ordem mundial: "Somos obrigados duplamente, duplamente precária duplamente silenciada". E é a partir desse lugar a partir do qual podemos dizer que a nossa luta não é contra o sexo de sexo, mas de classe contra classe, note que não é uma tarefa das mulheres, ao contrário, um dever entre todos. A luta das mulheres que trabalham para a igualdade de género ea emancipação envolve a nossa visibilidade, por isso; irá impulsionar a luta pelos direitos da classe trabalhadora como um todo, o caminho para uma sociedade justa e igualitária.


Reafirmamos as Declarações de Buenos Aires e Assunção 2008 2009 destacando a necessidade urgente de ações concretas e urgentes, não só para deter mas reverter o grave caso de a situação das mulheres jornalistas na América Latina e no Caribe. -


Instamos os sindicatos, federações e confederações de Imprensa para garantir a plena participação na decisão de políticas companheiros sindicalistas que encorajam a pensar casos de gênero e assim a criação e continuidade de Secretários ou Comissões de Gênero. Queremos deixar claro que a participação das mulheres na discussão e socialização, apenas para preencher cotas e, assim, abordagens legitimador gênero falsos, a nossa abordagem não é o nosso objetivo. Não vamos fazer concessões para aqueles que procuram para limpar o rosto da hegemonia patriarcal e sexista, tanto em espaços privados, individuais, e em espaços públicos e em nossas próprias organizações, com sobreposição de inclusão. Estamos determinados a continuar a tomar espaços que biologicamente, socialmente e moralmente cabe, o espaço de decisão e poder. -


Instamos as empresas de mídia para aplicar imediata e eficazmente planos de igualdade na forma de mídia, e as medidas necessárias para eliminar a discriminação de gênero e alcançar a plena igualdade de oportunidades entre homens e mulheres na profissão. -


Expressamos nossa total solidariedade para com os camaradas da Colômbia, México e Paraguai reiterando nossa exigência sobre os Estados Partes a esses crimes contra as mulheres e jornalistas homens a serem investigados e punidos.

Panamá, Junho 13,


Fonte: FENAJ - Federação Nacional dos Jornalistas

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