Nos dias 10 e 11 de junho realizou-se, na
Cidade do Panamá, o Seminário Internacional sobre Gênero
"Mulheres Jornalistas: insegurança no trabalho e a
desigualdade salarial". O evento aprovou uma série de ações
de combate à exploração e desigualdades com relação às
mulheres trabalhadoras na imprensa e de promoição da plena
igualdade de oportunidades entre mulheres e homens na profissão.
Os principais debates do evento foram sintetizados na Declaração
do Panamá.
O Seminário Internacional, organizado
pelo Escritório da Federação Internacional dos Jornalistas
(FIJ) na América Latina e pela Federação dos Jornalistas da
América Latina e do Caribe (FEPALC), com realização do
Sindicato dos Jornalistas do Panamá e apoio da Fundação
Friedrich Ebert, contou com a participação de representantes
sindicais da da Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Chile,
México, Paraguai, Peru, República Dominicana e Venezuela.
A FENAJ esteve representada por sua
2ª Vice-presidente, Valdice Gomes da Silva, também integrante do
Conselho de Gênero da FIJ. Na ocasião, Valdice apresentou um
panorama da violência contra mulheres jornalistas no Brasil a
partir de 2013. O levantamento, baseado em diversas fontes, aponta
que desde de junho do ano passado, quando registraram-se várias
manifestações no país, 166 jornalistas foram agredidos, dentre
os quais 38 mulheres.
Entre os temas abordados no
Seminário incluem-se a criação de um Conselho de Gênero para a
América Latina e Caribe e a importância de um levantamento
socioeconômico dos jornalistas, para estabelecer bases
científicas para encontrar soluções para os problemas
enfrentados por mulheres e homens jornalistas da região. Os
principais problemas registrados pelas mulheres jornalistas na
América Latina e Caribe, além das dieferenças salariais em
relação aos homens, foram a insegurança no trabalho, assédio
sexual, moral, agressões e morte.
Veja, a seguir, a íntegra da Declaração
do Panamá.
DECLARACION DE PANAMÁ
Nosotras, Mujeres trabajadoras de la
prensa y la comunicación de los Sindicatos de Argentina, Brasil,
Colombia, Costa Rica, Chile, Méjico, Paraguay, Perú, República
Dominicana y Venezuela reunidas en la ciudad de Panamá, los días
10 y 11 de junio de 2014 en el marco del “Seminario
Internacional de Género: Mujeres Periodistas: precariedad laboral
y desigualdad salarial”, organizado por la Oficina Regional de
la FIP para América Latina y el Caribe, la Federación de
Periodistas de América Latina y el Caribe y el Sindicato de
Periodistas de Panamá con el apoyo de la Fundación Fredich Ebert
Stifhung Ebert, saludamos a las mujeres y hombres trabajadoras y
trabajadores del mundo entero y manifestamos cuanto sigue:
Denunciamos las condiciones de
explotación y desigualdad que siguen existiendo, y con tendencia
a empeorarse, de las mujeres trabajadoras de la prensa y la
comunicación, quiénes estamos sufriendo con más dureza las
drásticas medidas patronales en los medios de comunicación,
consecuencias que la crisis y las políticas neoliberales tienen
en materia de género. Reforzando y agravando de esta manera la
precarización laboral, incremento en la brecha salarial entre
hombres y mujeres, la censura, autocensura, la discriminación, el
maltrato, la persecución, el acoso sexual, la agresión e incluso
la muerte de periodistas. Encontramos que en aquellos países en
los que hay leyes para el sector, las mismas son avasalladas en la
práctica cotidiana, y sólo son tinta en papel que no modifican
nuestras paupérrimas condiciones laborales.-
Compartimos con nuestros compañeros
de clase la situación de explotación, situación que nos ubica
en una doble opresión debido a la cultura patriarcal que impera
en el orden mundial: “Somos doblemente exigidas, doblemente
precarizadas, doblemente silenciadas”. Y es desde este lugar
desde el cual queremos afirmar que nuestra lucha no es de sexo
contra sexo, sino de clase contra clase, señalar que no es una
tarea exclusiva de las mujeres, antes bien, un deber entre todos y
todas. La lucha de las Mujeres trabajadoras por la igualdad de
género implica nuestra visibilización y emancipación, que así;
impulsará la lucha por los derechos de la clase trabajadora en su
conjunto, camino a una sociedad justa e igualitaria.
Ratificamos las Declaraciones de
Buenos Aires-2008 y Asunción- 2009 destacando la necesidad
imperiosa de acciones concretas y urgentes que permitan no solo
detener sino revertir el grave cuadro de situación de las Mujeres
periodistas en América Latina y el Caribe.-
Exhortamos a las Organizaciones
Sindicales, Federaciones y Confederaciones de Prensa que
garanticen la participación plena en instancias decisorias a
compañeras y compañeros que impulsen políticas sindicales con
visión de Género y, en consecuencia la creación y continuidad
de las Secretarias o Comisiones de Género. Queremos dejar sentado
que la participación de la mujer en espacios de discusión y
socialización, solamente para llenar cupos y ser así
legitimadoras de falsos enfoques de género, no es nuestra
orientación ni nuestra meta. No haremos concesiones con quienes
pretenden limpiar la cara de la hegemonía patriarcal y machista,
tanto en los espacios privados, individuales, como en los espacios
públicos y en nuestras propias organizaciones, con una solapada
inclusión. Estamos decididas a seguir tomando espacios que
biológicamente, socialmente y moralmente nos corresponde, los
espacios de decisión y de poder.-
Emplazamos a las empresas de comunicación
a aplicar de manera inmediata y efectiva los Planes de Igualdad en
los Medios, así como las medidas necesarias, para acabar con la
discriminación de género y lograr la plena igualdad de
oportunidades entre mujeres y hombres en la profesión.
Expresamos nuestra solidaridad plena con
las compañeras y compañeros de Colombia, Méjico y Paraguay
reiterando nuestra exigencia a los Estados partes para que dichos
crímenes contra mujeres y hombres periodistas sean esclarecidos y
castigados.
Panamá, 13 de junio de 2014.
DECLARAÇÃO
DO PANAMÁ Tradução: (Google tradutor)
Nós,
trabalhadoras da imprensa e da comunicação dos Sindicatos da
Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Chile, México,
Paraguai, Peru, República Dominicana e Venezuela reuniram-se na
cidade do Panamá, em 10 e 11 de Junho 2014 no âmbito do
"Seminário Internacional sobre Gênero: Mulheres
Jornalistas: insegurança no trabalho ea desigualdade salarial",
organizado pelo Gabinete do FIP para a América Latina e Caribe, a
Federação de Jornalistas da América Latina e Caribe e da União
de Regional Jornalistas do Panamá, com o apoio da Fundação
Ebert Ebert Fredich Stifhung, nós saudamos os homens e as
mulheres trabalhadoras e trabalhadores em todo o mundo e declarar
o seguinte:
Denunciamos
as condições de exploração e desigualdade que ainda existem, e
tende a piorar, as mulheres trabalhadoras da imprensa e dos meios
de comunicação, que estão sofrendo os chefes mais difíceis
medidas drásticas nos meios de comunicação, as consequências
da crise e políticas neoliberais têm gênero. Reforçar e
insegurança no emprego, assim, agravante, aumento na diferença
salarial entre homens e mulheres, censura, auto-censura,
discriminação, abuso, perseguição, assédio sexual, agressão
e até mesmo a morte dos jornalistas. Descobrimos que nos países
onde existem leis para o setor, eles são escravizados em prática
todos os dias, e são apenas tinta no papel que não alteram
nossas condições de trabalho muito pobres. -
Nós
compartilhamos com a nossa situação de exploração colegas, uma
situação que nos coloca em uma opressão dupla devido à cultura
patriarcal que prevalece na ordem mundial: "Somos obrigados
duplamente, duplamente precária duplamente silenciada". E é
a partir desse lugar a partir do qual podemos dizer que a nossa
luta não é contra o sexo de sexo, mas de classe contra classe,
note que não é uma tarefa das mulheres, ao contrário, um dever
entre todos. A luta das mulheres que trabalham para a igualdade de
género ea emancipação envolve a nossa visibilidade, por isso;
irá impulsionar a luta pelos direitos da classe trabalhadora como
um todo, o caminho para uma sociedade justa e igualitária.
Reafirmamos
as Declarações de Buenos Aires e Assunção 2008 2009 destacando
a necessidade urgente de ações concretas e urgentes, não só
para deter mas reverter o grave caso de a situação das mulheres
jornalistas na América Latina e no Caribe. -
Instamos
os sindicatos, federações e confederações de Imprensa para
garantir a plena participação na decisão de políticas
companheiros sindicalistas que encorajam a pensar casos de gênero
e assim a criação e continuidade de Secretários ou Comissões
de Gênero. Queremos deixar claro que a participação das
mulheres na discussão e socialização, apenas para preencher
cotas e, assim, abordagens legitimador gênero falsos, a nossa
abordagem não é o nosso objetivo. Não vamos fazer concessões
para aqueles que procuram para limpar o rosto da hegemonia
patriarcal e sexista, tanto em espaços privados, individuais, e
em espaços públicos e em nossas próprias organizações, com
sobreposição de inclusão. Estamos determinados a continuar a
tomar espaços que biologicamente, socialmente e moralmente cabe,
o espaço de decisão e poder. -
Instamos
as empresas de mídia para aplicar imediata e eficazmente planos
de igualdade na forma de mídia, e as medidas necessárias para
eliminar a discriminação de gênero e alcançar a plena
igualdade de oportunidades entre homens e mulheres na profissão.
-
Expressamos
nossa total solidariedade para com os camaradas da Colômbia,
México e Paraguai reiterando nossa exigência sobre os Estados
Partes a esses crimes contra as mulheres e jornalistas homens a
serem investigados e punidos.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é sempre bem-vinda!