quinta-feira, 25 de julho de 2024

Parlamento dos Estados Unidos se tornou cúmplice do genocídio ao ovacionar Netanyahu, diz Leonardo Boff

Teólogo afirma que Jesus está sendo novamente crucificado

"O renomado teólogo Leonardo Boff fez uma dura crítica ao Congresso dos Estados Unidos, afirmando que a instituição se tornou cúmplice do genocídio ao aplaudir o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, durante sua recente visita. Em uma postagem no X, Boff comparou Netanyahu a um genocida e acusou o Ocidente "cristão" de estar novamente crucificando Jesus através dos crimes cometidos contra o povo palestino.

“Um parlamento, como o dos EUA, ovacionando um genocida como Netanyahu se torna cúmplice do crime. O diabólico (o que separa e divide) está tomando corpo no mundo a partir do Ocidente 'cristão'. Estamos de novo crucificando o Filho de Deus, em seus irmãos assassinados”, escreveu Boff em sua rede social.

A recepção calorosa a Netanyahu, considerado por muitos como um criminoso de guerra, gerou intensos protestos. O senador Bernie Sanders chegou a chamá-lo de criminoso de guerra, e a maioria do Congresso estadunidense aplaudiu freneticamente o líder israelense, num ato que muitos veem como um sinal da decadência da democracia americana.

Apesar da ausência de alguns deputados do Partido Democrata, a acolhida ao líder israelense foi marcada por uma demonstração de apoio que revela a profunda aliança entre os Estados Unidos e Israel. Netanyahu, descrito como o "maior genocida do século 21" por seus críticos, foi tratado com honrarias pelo presidente da Câmara dos Representantes.

A presença de Netanyahu no Capitólio provocou indignação e manifestações vigorosas ao redor do mundo. Milhares de manifestantes e personalidades democráticas expressaram sua cólera e indignação, classificando a recepção a Netanyahu como uma traição aos princípios democráticos e aos direitos humanos.

Em seu discurso perante o Congresso, Netanyahu defendeu suas ações contra o povo palestino com uma retórica supremacista e colonialista. Ele atacou países como o Irã, que apoiam a resistência palestina, e acusou os manifestantes de serem financiados por forças militares iranianas.

Netanyahu não escondeu suas ambições colonialistas, que incluem a negação da criação de um Estado palestino independente e soberano. Ele reafirmou a importância da aliança militar com os Estados Unidos, destacando o apoio que recebe da potência imperialista, o que para muitos, evidencia a cumplicidade americana com os crimes cometidos pelo Estado israelense.

A retórica belicista de Netanyahu representa uma ameaça à paz mundial. A perpetuação da guerra contra o povo palestino pode levar a uma conflagração militar em toda a região do Oriente Médio, tornando ainda mais precária a segurança internacional. Sob a liderança de políticos como Netanyahu e os que comandam os Estados Unidos, a ameaça de uma guerra global torna-se cada vez mais presente.

Para Boff e muitos outros críticos, a aliança entre Israel e os Estados Unidos é um dos fenômenos políticos mais nefastos da atual conjuntura internacional. As forças anti-imperialistas e defensoras dos direitos humanos precisam compreender e combater os verdadeiros inimigos da paz e da justiça.

A crítica de Boff reflete uma crescente insatisfação com a política externa dos Estados Unidos e seu apoio incondicional a Israel. À medida que as tensões aumentam e os conflitos se intensificam, a necessidade de uma revisão crítica dessas alianças torna-se cada vez mais urgente."

Fonte: 247

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