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"Mais de 100 mil manifestantes foram às ruas em várias cidades da Alemanha para protestar contra as políticas de extrema-direita, a exclusão e o ódio, motivadas pela ascensão do partido AfD e outros da direita europeia.
Os manifestantes batizaram as manifestações de “Mar de luzes contra a virada à direita” e se reuniram no Portão de Brandemburgo, em Berlim.
Na cidade de Colônia, no oeste do país, reuniram-se pelo menos 40 mil pessoas.
Embora os protestos critiquem as políticas da extrema-direita nacional e europeia, eles também eram contra as medidas do presidente norte-americano, Donald Trump, bem como rejeitam a formação iminente de um governo de extrema-direita na vizinha Áustria.
Quanto à rejeição ao presidente norte-americano, vale lembrar que Elon Musk — a quem Trump nomeou para chefiar um departamento se dedicará à execução de políticas de ajustamento— é defensor ferrenho do partido de orientação nazista AfD, causando indignação a milhares de alemães.
Os manifestantes carregavam faixas e gritavam slogans como “Nós somos o firewall!”, “Todos juntos contra o fascismo!” e “Nunca mais é agora”.
Participou das manifestações, uma ampla aliança de partidos, comunidades religiosas, sindicatos, clubes e grupos como “Fridays for Future” e a iniciativa “Pais Contra a Direita”.
Em Colónia, reuniram-se no centro da cidade, sob o lema “5 a 12 – fortes pela democracia”, em referência à aliança de grupos que participaram. Em Aschaffenburg, pelo menos 3.000 pessoas atenderam ao apelo da aliança “Aschaffenburg é colorido” no contexto de um assassinato que deixou dois mortos na última quarta-feira.
Protestaram também em Münster, Siegen, Halle, entre outros. Manifestações foram anunciadas para domingo em Hamburgo e Schweinfurt.
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Segundo a imprensa alemã, o partido AfD ocupa o segundo lugar nas sondagens para as próximas eleições legislativas de 23 de fevereiro, com 20 por cento das intenções de voto, atrás dos partidos conservadores União Democrata Cristã/União Social Cristã, agrupados sob o nome de “União”, que lideram com 30 por cento.
A AfD apresenta como candidata a economista Alice Weidel , que disse publicamente que dará continuidade ao “legado” de Adolf Hitler e implementará o Quarto Reich.
É uma figura contraditória, que baseia a sua campanha na rejeição da diversidade e na promoção da família tradicional, mantendo ao mesmo tempo, uma relação amorosa com outra mulher, a imigrante e produtora de cinema do Sri Lanka, Sarah Bossard, e adotou dois filhos.
Recentemente a sua campanha foi questionada por ter recebido uma doação de 999.900 euros de um doador anônimo, que posteriormente foi identificado como Horst Jan Winter.
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Os meios de comunicação salientam que há um ano, milhares de alemães protestavam em todo o país contra as mesmas políticas de extrema-direita que hoje ameaçam atingir os mais altos cargos governamentais."
Fonte: Construir Resistência
Na Alemanha, ao menos, medidas foram tomadas. No Brasil, assistimos à extrema-direita avançar e conquistar cada vez mais espaço, enquanto permanecemos inertes diante da ascensão do fascismo.
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