Brasileiros
descobrem medicamento contra hipertensão e diabetes
Da Redação Diário da Saúde
Pesquisadores brasileiros descobriram um novo fármaco que atua na dilatação dos vasos sanguíneos.
"Ela tem propriedades interessantes. É
anti-hipertensiva e produz efeitos antifibróticos no coração, inibindo a
formação de tecido conjuntivo no músculo do coração", explica o pesquisador
do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG e coordenador do INCT Nanobiofar, o
professor Robson Augusto Souza dos Santos". “Essas duas propriedades
permitem que a alamandina possa ser usada na terapêutica cardiovascular,"
acrescenta ele.
Da Redação Diário da Saúde
Pesquisadores brasileiros descobriram um novo fármaco que atua na dilatação dos vasos sanguíneos.
O composto é um peptídeo chamado alamandina,
que possui propriedades semelhantes a de outro peptídeo já descoberto pela
mesma equipe, a angiotensina-(1-7).
Os
peptídeos são pedaços de proteínas que agem por meio de ligações com os
receptores, que também são proteínas, mas localizados nas membranas das
células. No momento em que ocorre a ligação entre o peptídeo e o receptor, são
desencadeadas reações no corpo humano, que variam de acordo com a função do
peptídeo que participa do processo.
Alamandina
A alamandina envia um comando ao cérebro que faz
com que os vasos sanguíneos aumentem ou diminuam sua dilatação.
Há alguns anos, o mesmo grupo de pesquisa já havia
descoberto outro peptídeo que também possui funções cardiovasculares, a
angiotensina-(1-7), que foi patenteado internacionalmente.
- Anti-hipertensivo desenvolvido na UFMG obtém patente
na China
O pesquisador explica que, apesar dos peptídeos
possuírem propriedades semelhantes, a ação da alamandina no organismo ocorre de
forma diferente.
"A angiotensina-(1-7) e a alamandina podem
atuar juntas no controle da hipertensão arterial. A principal diferença é que a
segunda age ao facilitar a produção de óxido nítrico (NO), um gás
vasodilatador. É importante ressaltarmos que ela também pode auxiliar no
tratamento de diabetes. Nesse caso, o óxido nítrico ajuda no transporte de
glicose (açúcar), facilitando o tratamento da doença", explica.
Aprovação como medicamento
Aprovação como medicamento
O uso da alamandina no tratamento de hipertensão e diabetes, em princípio não tem contraindicação, segundo Robson.
"Como esse peptídeo é produzido pelo corpo
humano, já sabemos que não haverá reação química desfavorável no organismo de
quem venha a tomar um medicamento com essa substância. Por isso, o novo
peptídeo logo poderá ser produzido em laboratório e ingerido via oral para
atuar junto à angiotensina-(1-7), potencializando os efeitos do
tratamento", afirma.
No momento, o grupo de pesquisadores está
preparando o protocolo clínico para a realização dos testes sobre a viabilidade
da alamandina como medicamento. O protocolo será submetido à aprovação da
Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA).
Fonte: Diário da Saúde
Cientistas
"desligam" cromossomo associado
à Síndrome de Down
Com
informações da BBC
|
Pesquisadores
norte-americanos afirmam ter conseguido "desligar", em células
humanas em laboratório, o cromossomo que provoca a síndrome de Down.
A
pesquisa, ainda em estágio muito preliminar, lidando com células individuais,
pode apontar para possibilidades de tratamentos para condições associadas à
síndrome.
Síndrome
de Down
A
maioria das pessoas nasce com 23 pares de cromossomos, incluindo os que
determinam seu sexo, totalizando 46 deles em cada célula.
Pessoas
com a síndrome de Down têm três - em vez de duas - cópias do cromossomo 21,
condição que está associada a dificuldades de aprendizado, maior probabilidade
de desenvolver Mal de
Alzheimer precocemente e um risco
maior de problemas cardíacos congênitos.
As
chamadas terapias genéticas - que ainda são mais estudos de laboratório do que
propriamente terapias - já foram usadas para tratar problemas ocasionados por
alguns tipos de genes individualmente.
Mas,
até agora, a ideia de conseguir "anular" um cromossomo inteiro
parecia impossível, até mesmo em laboratório.
Os
cientistas da Escola de Medicina da Universidade de Massachusetts mostraram
que, pelo menos em teoria, isso pode ser concretizado, ainda que dependa de
décadas de novas pesquisas.
Desligando
um cromossomo
A
equipe liderada pela Dra. Jeanne Lawrence inseriu um gene chamado XIST em
células-tronco, em laboratório, coletadas de uma pessoa com síndrome de Down.
O
gene tem um papel importante no desenvolvimento normal de células, por
"desligar" um dos cromossomos X presentes em embriões femininos -
evitando, assim, que crianças do sexo feminino tenham uma dose dupla de genes
de cromossomo X.
O
experimento mostrou que o gene XIST conseguiu anular a cópia extra do
cromossomo 21, ajudando a corrigir padrões incomuns de crescimento celular.
"A
pesquisa significa que temos uma nova maneira imediata de estudar a base
celular da síndrome de Down, o que pode ajudar a identificar medicamentos para
isso", disse Lawrence.
Cautela
Para
se colocar a descoberta em perspectiva, basta ver que o estudo foi feito em
células individuais em laboratório.
Já
um indivíduo com síndrome de Down tem quase todas as células do corpo com a
alteração cromossômica - na verdade, ele tem um "mosaico" de células
com arranjo genético normal e células com a trissomia 21.
O
inverso também é verdadeiro, sendo possível encontrar células com trissomia 21
em algumas partes do corpo de indivíduos normais.
Como
o equilíbrio dessas células leva ao desenvolvimento da síndrome é algo que a
ciência ainda não sabe responder.
Fonte: Diário da Saúde
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