Dilma: ódio não vence disputa e não ficarei de joelhos
Por Vera Rosa e Ricardo Galhardo, enviado especial
Em
convenção marcada por fortes críticas aos tucanos, a presidente
Dilma Rousseff foi indicada no sábado, 21, como candidata do PT ao
segundo mandato e anunciou um "plano
de transformação nacional",
com
reforma urbana e dos serviços públicos, como eixo de um novo
governo petista.
Com o slogan Mais
Mudanças, Mais Futuro, Dilma prometeu um "ciclo histórico de
desenvolvimento",
pediu mais quatro anos no Planalto para mudar o País e, numa
referência ao PSDB, disse que o ódio não vai vencer a disputa.
“Nunca
fiz
política com ódio. Não tenho rancor, mas não abaixo a cabeça.
Não insulto, mas não me dobro. Não agrido, mas não fico de
joelhos para ninguém.
Não perco meu tempo odiando meus adversários porque tenho um país
para governar, um povo para representar, um modelo de emancipação
popular para executar e proteger dos que tentam bloqueá-lo",
afirmou Dilma.
O
"plano de transformação nacional" proposto pela
presidente será ancorado pelo mote do "país das
oportunidades". O projeto inclui um conjunto de medidas
genéricas, que, no diagnóstico do governo, levará o País a um
novo ciclo de desenvolvimento, "com solidez econômica e
ampliação das políticas sociais". Estão na mira de Dilma
mudanças que não conseguiram sair do papel até hoje, como as
reformas política, federativa, urbana e de serviços públicos, além
do programa "Brasil Sem Burocracia".
Fiador
da segunda candidatura de Dilma, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva defendeu sua afilhada, chamou os tucanos de "essa gente"
e retomou o discurso na linha "nós contra eles" ao pedir
mais empenho e "adrenalina" dos petistas na ofensiva contra
o candidato do PSDB, Aécio Neves, principal adversário do PT.
"Esse
país foi a vida inteira governado por doutores, engenheiros e
intelectuais, mas eu não vou citar nomes porque ele vai pensar que
estou falando dele", provocou Lula, numa alusão ao
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, avalista de Aécio. Logo em
seguida, emendou: "Por que, então, essa gente não resolveu o
problema da educação no Brasil?".
Fonte:
Jornal O
Estado de S. Paulo.
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