Mudanças de hábitos alimentares, prática de atividades físicas e restrição de bebidas alcóolicas ajudam na prevenção da doença
O
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) e a
União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) estão
divulgando o tema "Qualidade de vida ao nosso alcance: Escolhas
saudáveis para prevenir o câncer" para marcar a data de 4 de
fevereiro, Dia Mundial do Câncer.
“A
mudança de hábitos incentivada pela campanha, como optar pelo
consumo de alimentos naturais, cessar o tabagismo, praticar
atividades físicas regularmente, evitar exposição ao sol e
substâncias cancerígenas e limitar o consumo de bebidas alcóolicas,
é fundamental na prevenção do câncer.
Em
entrevista, o nutricionista Fábio Gomes, do Inca, ressaltou as
possibilidade de escolhas saudáveis na alimentação e deu dicas de
como prevenir o câncer. Confira:
- Qualquer tipo de câncer pode ser prevenido por meio da alimentação?
Fábio
Gomes: Por enquanto, a gente sabe de alguns. São muitos tipos
de cânceres diferentes e o que sabemos é que alguns estão
relacionados com a alimentação. O que não significa que os outros
que não foram estudados não estejam relacionados, mas eles ainda
não foram estudados. Ainda há poucos estudos que relacionam o
câncer cerebral, por exemplo. A alimentação está relacionada com
a maior carga e volume de casos de cânceres no Brasil.
De
que forma a alimentação atua tanto na prevenção quanto para o
aumento do risco de câncer?
Fábio
Gomes: Há evidências muito claras de que carnes processadas e
embutidas, como salsicha, linguiça, mortadela, blanquet de peru, que
as pessoas veem como mais saudável, têm conservantes que, quando
entram em contato com nosso suco digestivo no estômago, são
transformadas em compostos cancerígenos e podem provocar
modificações nas células do estômago e do intestino e fazem com
que essas células se tornem células percussoras de câncer.
Além
disso, a forma de preparar as carnes também pode influenciar.
Independente do tipo de carne, quando você frita ou põe ela em uma
chapa ou grelha em altíssimas temperaturas, também há a formação
de compostos cancerígenos que aumentam os riscos de câncer. Quando
as pessoas vão comer carne, peixe ou frango, que comam de forma
cozida ou assada no forno.
O
sal também é um fator de risco, principalmente para câncer de
estômago. Desta forma, há uma associação de risco para outros
alimentos, como os industrializados, que, em geral, são adicionados
de muito sal para durarem mais. O consumo excessivo de alimentos
industrializados vai aumentar o risco de câncer, tanto pelo excesso
de sal, mas, também, por aumentar o risco do desenvolvimento de
obesidade.
-
Como seria um prato ideal e saudável?
Fábio
Gomes: O prato varia muito de região para região, mas, como
recomendação geral, a combinação do arroz e feijão tradicional
ajuda muito.
Se
a gente tiver metade do nosso prato com legumes e verduras e ¼ de
arroz com feijão e outro ¼ de alguma carne, peixe ou frango, de
preferência o peixe, que é o prato básico encontrado na
alimentação brasileira, a gente estaria se alimentando muito bem.
O
segredo é valorizar mais os alimentos de origem vegetal, menos os de
origem animal e tirar do nosso dia a dia o máximo que a gente puder
de alimentos industrializados, que são prontos para consumo ou
prontos para aquecer.”
Blog
da saúde – Ministério da saúde
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