Estevão Urbano é o presidente da Sociedade Mineira de Infectologia |
Por RAFAELA MANSUR
O médico infectologista Carlos Starling explica que a Covid-19 tem um período de incubação de cerca de cinco dias. "Logo, já na primeira semana de janeiro, começam a aparecer os primeiros casos resultantes do final de ano. Os primeiros casos vão ser internados por volta do dia 15. O mês de janeiro vai ser muito complicado mesmo, a perspectiva é ruim. Esperamos que isso não aconteça e confiamos no bom senso das pessoas de não organizarem eventos de final de ano", diz.
Segundo o médico infectologista Unaí Tupinambás, o ideal é que as pessoas não façam festas. Mas, caso ocorram celebrações, a recomendação é que as reuniões tenham, no máximo, dez pessoas e sejam realizadas em ambientes abertos, ao ar livre.
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"Escolham casas que tenham varanda, quintal, ou conversem com os vizinhos para fazer na rua", orienta Tupinambás. Segundo ele, é importante também que a música permaneça em volume baixo, uma vez que, quando as pessoas precisam gritar para conversar, a emissão de gotículas é semelhante a de uma tosse. Mesmo com esses cuidados, o risco existe.
De acordo com o médico infectologista Estevão Urbano, se as pessoas não se conscientizarem, em janeiro a cidade terá um alto número de mortes e um cenário de saturação dos hospitais, que já registram altas taxas de ocupação. "Não vamos fazer festas de despedida por falta de empatia e resiliência, vamos ter muitas festas pela frente e as pessoas precisam estar vivas para comemorar", conclui.
Ele alertou que "os protocolos são muito bonitos no papel. Mas, depois da primeira taça de vinho, não são cumpridos"."
Fonte: O Tempo
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