quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Governador de São Paulo pede a liberação da Fosfoetanolamina

Geraldo Alckmin vai pedir liberação da fosfoetanolamina à Anvisa

Governador de SP decide defender produção e fornecimento de substância usada no tratamento contra o câncer


O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, vai solicitar à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a liberação de uso da fosfoetanolamina, em regime compassivo, a pacientes com câncer. Isso significa que, se aceita, a substância poderá ser usada por pacientes que não apresentem melhora por meio de medicamentos autorizados.
A decisão ocorreu após audiência nesta segunda-feira (23), no Palácio dos Bandeirantes, que reuniu o pesquisador da substância, o professor aposentado Gilberto Chierice, do Instituto de Química da USP de São Carlos, e parlamentares.
O governo de São Paulo também colocou à disposição do pesquisador toda a estrutura do estado, como hospitais, institutos de pesquisa e o laboratório Furp [Fundação para o Remédio Popular], para ajudar na conclusão das etapas para aprovação final da substância”, divulgou, em nota, a assessoria do governador.
A paciente Bernardete Cioffi, que tem um câncer metastático ósseo e utiliza a fostoetanolamina, participou também da audiência. Segundo ela, foi elaborado um plano de trabalho com três frentes de atuação. A primeira é o pedido de liberação para uso da fosfoetanolamina por pacientes cujo tratamento convencional não seja suficiente. A segunda é o início dos testes clínicos junto aos hospitais de referência do estado e, por último, a busca por uma alternativa de produção em larga escala.

Fosfoetanolamina


Por meio de redes sociais, Bernadete já havia declarado anteriormente que estava ciente dos possíveis riscos do uso de uma droga não registrada. Porém, segundo ela, a decisão de usar a substância sem registro na Anvisa ocorreu por falta de opção de tratamento e de cura para o seu caso.


Luto pela continuidade das pesquisas de maneira científica, séria e verdadeira, para que em cinco ou dez anos todas as pessoas possam fazer uso digno da fosfoetanolamina sintética. Até lá, as pessoas que se dispuserem, assim como eu, a se submeter ao processo experimental, que o façam com sensatez e responsabilidade”, escreveu em sua rede social.
Apesar da decisão do governador, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) determinou, no último dia 11, a suspensão do fornecimento da substância a portadores de câncer após ação do governo do estado. Em decisão anterior, de 9 de outubro, o presidente do TJSP, desembargador José Renato Nalini, havia liberado acesso à droga para os pacientes que solicitaram judicialmente o direito de usar a substância.
A fosfoetanolamina sintética foi estudada pelo professor Gilberto Orivaldo Chierice, hoje aposentado. Na época, ele ainda era ligado ao Grupo de Química Analítica e Tecnologia de Polímeros da USP. A Agência Brasil tentou contato, mas ele não foi localizado.”


Fonte: Agência Brasil /último segundo

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