Foto: Oliver King – Pexels (banco de imagens)
“A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) regulou no final de 2019 a comercialização de medicamentos à base de canabidiol (CBD) no Brasil. A medida entrou em vigor no dia 22 de abril de 2020 e, aos poucos, será possível encontrar a substância nas farmácias do país. Porém, a compra depende de receita médica do Tipo B – a de cor azul."
"A
recente liberação da venda do canabidiol no Brasil é fruto de
décadas de discussões sobre os efeitos da substância, inclusive
com debates
em Campinas. Toda a polêmica gira em torno da planta que a
origina: a cannabis, mesma da maconha. No entanto, o canabidiol não
possui os efeitos psicoativos da erva, já que esses são causados
por outro composto, o THC – que também teve sua comercialização
liberada no Brasil, mas é utilizado para fins medicinais diferentes.
O
canabidiol é utilizado no tratamento de diversas doenças. Ele
traz melhorias na qualidade de vida das pessoas com espectro autista,
já que controla alguns dos sintomas do transtorno.
Além
disso, o seu efeito também é sentido no tratamento de outras
doenças neurológicas, como a Doença de Parkinson e a epilepsia.
A
substância também pode ser utilizada no tratamento de distúrbios
psiquiátricos e emocionais, como a ansiedade e a fobia social. O CBD
também conta com efeitos analgésicos, podendo ser usado para
amenizar dores crônicas.
Antes
da regulamentação, os pacientes que precisassem dos medicamentos a
base de canabidiol só poderiam adquiri-lo através de um processo de
importação, o que apresentava muita burocracia e atrasava os
tratamentos. No ano passado, o
número de pedidos de importação triplicou. Agora, com a
liberação, a Anvisa estima que mais de 13 milhões de brasileiros
sejam beneficiados pelo uso da substância.
Primeiro
medicamento desenvolvido no Brasil já está à venda
O
primeiro medicamento de canabidiol desenvolvido no Brasil já está
nas farmácias desde o dia 10 de maio. O extrato de CBD foi
desenvolvido pela Universidade Estadual de São Paulo, em parceria
com a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, e produzido por um
laboratório paranaense.
Antes
dele, o único medicamento à base de cannabis nas farmácias
brasileiras era produzido na Inglaterra e voltado exclusivamente ao
tratamento de contrações musculares involuntárias, com uma maior
concentração de THC. Já o remédio brasileiro é considerado um
fármaco de origem vegetal, sem nenhuma pré-indicação. Ou seja,
depende do médico receitá-lo para cada situação, podendo ser
utilizado em pacientes diferentes doenças e transtornos.
Mesmo
com a liberação da venda e produção dos medicamentos, o plantio
da cannabis segue proibido no Brasil. Por isso, as plantas usadas no
extrato brasileiro são importadas da Europa. Além do CBD puro, o
remédio ainda conta com óleo de milho em sua composição.”
Fonte: campinas.com.br
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