quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Laser contra a dor

 O laser terapêutico, ou fototerapia com laser de baixa intensidade, acaba de ser comprovado cientificamente como um tratamento eficaz contra a dor.
Um estudo pioneiro realizado no Instituto de Física da USP mapeou, pela primeira vez, a ação terapêutica do laser e descobriu que ele age bloqueando a troca de sinais elétricos entre os neurônios.


Assim, a terapia reduz drasticamente a sensação da dor - após a terapia com laser, a sensação da dor foi reduzida em quatro vezes.
"A eficácia do laser no tratamento da dor já havia sido observada clinicamente, mas nosso trabalho foi pioneiro no esclarecimento dos mecanismos de ação da modulação da dor devido à interação de luz laser com neurônios," conta Marcelo Pires de Sousa, que fez o estudo em conjunto com a professora Elisabeth Mateus Yoshimura.  

O uso da fototerapia com laser é um complemento ao uso de medicamentos para dor, principalmente para a dor crônica, já que esses remédios podem perder o efeito depois de algum tempo de uso.
"Não existe um processo adaptativo para as terapias físicas, o paciente não vai criar resistência a elas", diz Marcelo referindo-se ao tratamento com laser.
Zona da dor
Para entender a ação do laser terapêutico contra a dor, foi estudada a região do córtex somestésico primário, área do cérebro em que todas as informações sobre dor, em humanos e em animais, são interpretadas - os testes foram realizados em camundongos.

Para comparação, essa região do cérebro está para a terapia com laser do mesmo modo que a orelha está para a acupuntura - ou seja, reúne pontos que têm reflexo em todo o corpo. Quando a terapia a laser é aplicada nessa área, ela pode tratar a dor em qualquer parte do corpo.  

"Essa é uma técnica que deveria ser difundida e muito usada, porque só traz benefícios ao paciente", diz o pesquisador.
Atualmente, o custo para aquisição de um equipamento de terapia a laser de baixa intensidade é de cerca de R$ 8 mil. No entanto, o pesquisador Marcelo Sousa já está trabalhando no desenvolvimento de um equipamento ainda mais acessível.


Fonte: Agência USP / Diário da Saúde

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