Por Ricardo
Couto
O Brasil
é o único país no mundo que permite descanso de 30 dias, isso de
acordo com o um levantamento realizado por Hotels.com (sim, o site!).
O intuito desse levantamento é servir de base a
uma petição destinada
à Casa Branca e ao Congresso norte-americano. Por incrível que
pareça, os EUA não possuem uma legislação que obrigue as empresas
a cederem férias remuneradas aos seus funcionários.
Todo
esse esforço é, em parte, uma maneira barata de fazer publicidade
e, quem sabe, conseguir uma lista enorme de emails que serão usados
para – spam – promoções enviadas pelo site. No entanto, é
interessante notar que se trata de uma forma diferente de fazer
lobby, sem que seja necessário o dispêndio de grandes somas de
dinheiro para levantar um debate no governo. Grandes empresas fazem
isso para defender seus interesses comerciais.
Nesse
caso, a Hotels.com está defendendo um discurso que interessa boa
parte da força trabalhadora. Mas, por trás de toda essa boa
intenção, a empresa quer mesmo é alavancar seus próprios negócios
– férias significam viagens, que por sua vez requerem hospedagens
por preços “camaradas”. Partindo dessa lógica básica (pelo
menos do ponto de vista da empresa), nada mais justo do que fazer uma
comparação com outras nações.
Campanhas
à parte, essa petição levanta uma questão interessante, em que o
brasileiro sai vitorioso na lista com o maior número de dias para
descansar, e não é só isso! De acordo com uma pesquisa global
realizada pela consultoria Robert Half, que entrevistou diretores de
Recursos Humanos brasileiros, 29% disseram que os profissionais
demoram entre três a quatro dias para voltarem ao padrão habitual
de trabalho após as férias e 11% dos colaboradores precisam de até
uma semana!
Comparados
à média mundial, os brasileiros são os que mais demoram para se
readaptar as rotinas de trabalho. Contudo, a pesquisa não mostra se
isso é resultado do maior período de paralisação do trabalhador.
Seja como for, e dada a posição do Brasil na economia mundial, é
importante para a Hotels.com que o governo americano não coloque as
mãos no resultado dessa pesquisa.
Fonte: megacurioso
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