Leg.© Reuters Vacina de febre amarela: como fica o tratamento de pessoas infectadas? |
Victor
Caputo
“O
primeiro passo para tratar a febre
amarela
direito é, assim que surgirem os sinais, buscar apoio médico. Os
especialistas vão usar remédios para controlar os sintomas e, em
casos graves, internar o paciente em UTIs, onde é possível
contornar melhor as complicações enquanto o corpo enfrenta o vírus.
Portanto, não
há um medicamento antiviral específico para vírus
transmissor da febre amarela.
Se a temperatura corporal sobe demais, o expert pode receitar um
antitérmico. Se a dores ficam intensas, analgésicos
costumam entrar em cena. E por aí vai. Há inclusive pessoas que
pegam febre amarela e nem percebem: o organismo dá conta do recado
sem sequer manifestar sintomas acentuados.
Uma coisa bem
importante é se manter hidratado e repousar. E, acima de tudo,
procurar um hospital quanto antes.
O tratamento
fica mais complexo diante dos 15% de casos graves, que muitas vezes
vêm acompanhados de icterícia, aquela coloração amarelada da pele
e dos olhos. Nessa fase, o risco de hemorragias internas e falência
de órgãos (rins, fígado…) põe a taxa de letalidade entre 20 e
50%.
Aí não tem
jeito: a internação em uma UTI
é mandatória.
Só em um ambiente desses os médicos conseguem controlar as
complicações, repor o sangue perdido por hemorragias e
eventualmente “substituir” funções de certos órgãos com
máquinas enquanto o organismo debela o vírus.
Agora um
alerta: medicações anticoagulantes, a exemplo da aspirina, devem
ser evitadas em qualquer infectado com febre amarela. Isso porque
aumentam o risco de hemorragia.
E o tratamento
das raríssimas reações
adversas graves à vacina?
Ele segue a mesma lógica da estratégia contra a febre
amarela em si. Ou seja, ir para o hospital, manter-se hidratado,
descansar e lidar com os sintomas que surgirem.”
Fonte:
Exame.com
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