Pôr do Sol na Pirâmide, de um dos pontos turísticos de São Thomé das Letras
Esta matéria foi publicada ontem, 15 de fevereiro pelo EPTV
Por Jornal da EPTV 2ª Edição, São Tomé das Letras, MG
Esta matéria foi publicada ontem, 15 de fevereiro pelo EPTV
Por Jornal da EPTV 2ª Edição, São Tomé das Letras, MG
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Justiça
bloqueia bens de empresário e de ex-prefeito de São Tomé das
Letras, MG
“Justiça
bloqueou R$ 100 mil em bens do ex-prefeito de São Tomé das Letras
(MG) José Roberto da Silva (PSD) e do empresário Jefferson Júnior
Bernardes, dono da empresa JJB. Eles são acusados pelo Ministério
Público de desvio de dinheiro público e enriquecimento ilícito.
O
MP questiona por que um cheque de R$ 50 mil, que deveria ser entregue
a uma construtora que fez a reforma de escolas e casas populares no
município em 2012, foi parar nas mãos de outro prestador de
serviço.
Segundo
a ação, o cheque seria o pagamento da construtora Alves e Medeiros,
mas uma assinatura que seria do dono da construtora no verso do
cheque permitiu que ele fosse repassado a outra pessoa ou empresa. A
mesma assinatura aparece nesse outro cheque de pouco mais de R$ 900.
No entanto, segundo o Ministério Público, as assinaturas são
diferentes da utilizada pelo empresário dono da construtora.
Segundo
o Ministério Público de Três Corações (MG), a principal prova de
que o ex-prefeito teria desviado dinheiro público é a assinatura
dos dois cheques. A denúncia foi feita pelo próprio empresário,
que alega não ter recebido pelo serviço prestado.
“É
a acusação do representante do construtor que nos procurou e expôs,
falou: ‘Olha, esse cheque tem um endosso falsificado. Essa
assinatura não é minha, eu não recebi esse dinheiro’. E as
investigações levadas a efeito do Ministério Público corroboram
essa versão. Ou seja, dão conta de que, efetivamente, a assinatura
do construtor foi falsificada para que o cheque pudesse ter sido
encaminhado a terceiro empresário”, explica o promotor Vitor Hugo
Rena Pereira.
Justiça bloqueia bens de empresário e de ex-prefeito de São Thomé das Letras (Foto: Reprodução/EPTV) |
De
acordo com o MP, o cheque que seria do empresário foi descontado e o
dinheiro repassado para a empresa JJB, que teria realizado o carnaval
de São Tomé das Letras em 2012 e uma festa no mesmo ano, no
distrito Sobradinho.
Bernardes,
que é dono da JJB, também teve os bens bloqueados. Ele afirma ter
recebido o dinheiro, mas, de acordo com o promotor, ele e o
ex-prefeito não apresentaram provas de que as festas foram
realizadas.
“Não
há a prova de que a pessoa que recebeu o dinheiro, no caso o cheque
de R$ 50 mil, tenha efetivamente prestado os respectivos serviços. E
ainda que os tenha feito, o modo de pagamento foi absolutamente
irregular, desrespeitando todas as normas, as mais simples normas, do
direito administrativo”, afirma Pereira.
O
ex-prefeito nega que as assinaturas nos versos dos cheques tenham
sido falsificadas.
“Não
teve essa falsificação. E eu vou provar tudo no fórum em que o
promotor ajuizou essa denúncia contra mim. Inclusive houve o
bloqueio de bens, nós já estamos pedindo o desbloqueio. E vamos
tentar solucionar isso da melhor forma possível. Porque as verbas
foram gastas. Certo que naquele momento foi de convênio errado, mas
não houve desvio de verba. Se tirou de um convênio, dali um mês,
colocou de novo no lugar, não havendo prejuízo para os cofres
públicos”, afirmou José Roberto da Silva.
Em
contato por telefone com a EPTV,
afiliada da Rede Globo,
Bernardes disse que não tem nada a declarar sobre o caso. Já o
empresário Francisco Alves Medeiros, dono da empresa Alves e
Medeiros, reafirmou que foi lesado e que espera o cumprimento da
justiça e também o ressarcimento pelos serviços prestados à
prefeitura."
Fonte:
G1 – Sul de Minas - EPTV
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