Filho
de Bolsonaro questiona postura do PSOL e ignora morte de Marielle
“Ao contrário do que fez a maioria dos políticos e autoridades nacionais e internacionais, Eduardo Bolsonaro se ateve às suspeitas levantadas sobre o envolvimento da polícia no crime”
Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agencia Brasil |
“No
dia seguinte ao assassinato da vereadora pelo Rio de Janeiro Marielle
Franco (PSOL-RJ), morta com quatro tiros na cabeça, no centro do Rio
de Janeiro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do também
deputado e presidenciável Jair Bolsonaro, usou suas redes sociais
para falar sobre o caso.
Ao
contrário do que fez a maioria dos políticos e autoridades
nacionais e internacionais, Eduardo optou por questionar a
postura do partido de Marielle, ao invés de prestar condolências à
família e aos amigos da vereadora.
"Mais
uma lição: se você morrer seus assassinos serão tratados por
suspeitos, salvo se você for do PSOL, aí você coloca a culpa em
quem você quiser, inclusive na PM. Eis o verdadeiro preconceito, a
hipocrisia. 'Para os meus amigos tudo, aos demais a lei'",
escreveu ele, no Twitter.
O
deputado não repudiou o crime, a violência, e também não cobrou
investigação sobre o caso, até a publicação desta matéria. "Vão
falar, refalar, bater, repetir tanto que a vereadora foi executada
por um PM mesmo sem uma prova concreta disso. Daí quando surgir
uma possibilidade qualquer de se ligar o crime a policial em
particular, pronto, ele já estará condenado", afirmou, em
outra publicação na rede.
Quatro
dias antes do crime, Marielle fez denúncias contra o Batalhão de
Irajá (41ºBPM), em seu perfil nas redes sociais, dizendo que a
unidade estava "aterrorizando e violentando moradores de Acari",
comunidade na zona norte do Rio.
Com
a vereadora, no momento do ataque, ainda estavam o motorista dela,
Anderson Pedro
Gomes, que também foi assassinado, e sua assessora, atingida por
estilhaços, mas que passa bem. Os criminosos fugiram sem levar nada.
No
início da noite, horas antes do crime, Marielle Franco havia
participado de um evento de apoio a mulheres negras chamado "Jovens
Negras Movendo as Estruturas", na Rua dos Inválidos, na Lapa.
Socióloga,
Marielle foi assessora parlamentar do deputado estadual Marcelo
Freixo, seu colega no PSOL, antes de se eleger vereadora. Em 2016,
foi a quinta vereadora mais votada no Rio de Janeiro. Na Câmara de
Vereadores, presidia a Comissão de Defesa da Mulher.”
Fonte:
Noticias ao minuto
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