Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro quer aniquilar a filosofia e sociologia, matérias essenciais para entender a cidadania e política de um país |
“A
Frente Parlamentar pela Valorização das Universidades Federais e o
Observatório do Conhecimento, iniciativa de associações e
sindicatos docentes de todo o Brasil, vem a público repudiar as
declarações divulgadas pelo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro,
por meio de seu Twitter, no dia 26 de abril de 2019, atacando os
cursos de ciências humanas em especial os de Filosofia e Sociologia.
Não
há nação desenvolvida no mundo que não possua forte investimento
em campos de estudo como os da Filosofia e Sociologia. São estes que
permitem estruturar o desenvolvimento de um país, formulando as
estratégias para o crescimento econômico e atenção à população.
Ao atacar as humanidades, o pensamento estratégico, Bolsonaro acaba
por nos condenar à miséria, econômica e intelectual, nos relegar à
escuridão da ignorância. Além disso, é um grande equívoco de
Jair Bolsonaro responsabilizar a juventude brasileira pela recessão
econômica que o país se encontra, enquanto seu governo não
apresenta nenhuma proposta concreta neste sentido.
Reforçamos
ainda que a educação tem três finalidades: o pleno desenvolvimento
da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho. A formação acadêmica com base
nestas disciplinas é condição indispensável ao pensamento
independente e à formação cidadã, conforme previsto nos artigos
205, 206 e 207 da nossa Constituição.
Reiteramos
nosso compromisso com a defesa da autonomia universitária e
liberdade de cátedra, condições necessárias e essenciais para que
o progresso científico aconteça – nas humanidades ou em qualquer
outro campo. Não toleraremos qualquer tentativa de arbítrio contra
reitorias, professores e professoras, estudantes e trabalhadores na
educação, vindo de onde for. Esperamos que o Congresso Nacional e o
Judiciário se manifestem e atuem para que os preceitos da
Constituição Federal sejam cumpridos, sobretudo quando atacados
pelo próprio presidente da República.”
Fonte:
Observatório do Conhecimento
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