domingo, 25 de abril de 2021

"Bolsonaro ignora mortes por covid e posa para foto com placa “CPF cancelado” E ameaça colocar o exército nas ruas para contaminar ainda mais brasileiros com a covid-19

 Bolsonaro posa para foto com ministros e apresentador de TV

 - Congresso em Foco

"Jair Bolsonaro participou na sexta-feira (23) do programa do apresentador Sikêra Jr., da TV "A Crítica", de Manaus. Além de protagonizar brincadeiras com uma pessoa vestida com cabeça de burro, fez piadas homofóbicas e, nos bastidores, rodeado por parte de seus ministros, posou para uma foto com uma placa escrita "CPF Cancelado".

A gíria "CPF Cancelado" geralmente é usada em contexto de policiais e grupos de extermínio, quando alguém é assassinado por outro membro ou facção.

Parlamentares de oposição criticaram a imagem por conta da pandemia. Ontem, enquanto Bolsonaro fazia pose ao lado dos aliados e com a placa, o Brasil acumulava 386.416 mortos pela covid. Somente nas últimas 24 horas, o país perdeu 3.076 pessoas para a doença, chegando aos 389.492 mortos.

Durante sua participação no programa o presidente voltou a fazer ameaças à democracia caso haja o agravamento da crise social causada pela covid-19.

"Eu tô junto com os meus 23 ministros, da Damares ao Braga Netto, praticamente conversados sobre isso aí se o caos generalizado se implantar no Brasil pela fome, pela maneira covarde como alguns querem impor certas medidas restritivas para o povo ficar dentro de casa", disse.

Manaus, onde o programa de Sikêra Jr. é transmitido, foi uma das capitais que mais sofreu por conta da pandemia no início do ano com a má gestão do presidente e do então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. A cidade ficou sem oxigênio e teve um dos piores cenários da covid.

Nesta sexta (23) foi publicada no Diário Oficial da União a mudança de Eduardo Pazuello para a Secretaria-Geral do ExércitoPazuello é um dos alvos da CPI da Covid, que será instalada no Senado na próxima terça-feira (27)."

Fonte: Congresso em Foco

Governadores reagem a Bolsonaro: "Alergia à democracia"

"João Doria e Flavio Dino reafirmaram autonomia dos Estados para medidas de isolamento social"



Pedro Venceslau e Tiago Aguiar - Terra

"Horas depois de o presidente Jair Bolsonaro afirmar em entrevista, na última sexta-feira, 23, que as Forças Armadas podem ir às ruas para, segundo ele, "acabar com essa covardia de toque de recolher", o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), reagiu afirmando que "a postura demonstra mais uma vez o quanto Bolsonaro tem devoção pelo autoritarismo e alergia à democracia". Um dos alvos principais de Bolsonaro, o governador paulista reafirmou o papel dos governadores e prefeitos no combate à pandemia de covid-19, em contraste com Bolsonaro. "Ele (o presidente) selou uma pacto com a morte que só não é maior no Brasil por conta da ação de governadores e prefeitos".


Na entrevista em que ameaçou as autoridades que enfrentam a pandemia com ações mais duras de distanciamento, Bolsonaro voltou a criticar as medidas de restrição adotadas pelos governadores para conter o coronavírus e a defender o uso da cloroquina, remédio ineficaz contra a covid-19.

Outro governador que reagiu a Bolsonaro foi o do MaranhãoFlávio Dino (PCdoB). "Bolsonaro insiste em afrontar o Supremo, que já decidiu que as três esferas de governo podem e devem atuar contra o coronavírus. E também reitera essa absurda ameaça de intervenção militar contra os Estados, que não existe na Constituição."

A entrevista de Bolsonaro foi concedida ao programa Alerta Especial, da TV A Crítica, do Amazonas, apresentado por Sikêra Jr. "Se tivermos problemas, nós temos um plano de como entrar em campo. E eu tenho falado: eu sou o chefe supremo das Forças Armadas", disse Bolsonaro.

Ele concluiu: "Se precisar, iremos às ruas, não para manter o povo dentro de casa, mas para restabelecer todo o artigo 5.º da Constituição. E se eu decretar isso, vai ser cumprido esse decreto."

Bolsonaro criticou as medidas de isolamento social decretadas pelos governos locais, que, segundo o presidente, estariam descumprindo a Constituição.

"As Forças Armadas podem ir para rua um dia sim, dentro das quatro linhas da Constituição, para fazer cumprir o artigo 5.º, direito de ir e vir, acabar com essa covardia de toque de recolher, direito ao trabalho, liberdade religiosa, de culto, para cumprir tudo aquilo que está sendo descumprido por parte de alguns governadores, alguns poucos prefeitos, mas que atrapalha toda nossa sociedade", afirmou o presidente."  

Fonte: Terra                  

Bolsonaro não está contente com cerca de 400 mil vidas perdidas, ele quer mais...   

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