© Reuters Jair Bolsonaro tentará reeleição em outubro |
Por BBC NEWS
Em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, nesta segunda-feira (22/8), o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que os números da economia brasileira "são fantásticos levando-se em conta o resto do mundo".
"Se você pegar os dados de hoje, você vê o Brasil como talvez o único país do mundo com uma deflação, um país onde vai ter uma inflação menor do que, por exemplo, Inglaterra, menor do que Estados Unidos", disse o candidato à reeleição.
Na variação mensal de junho para julho, o Brasil registrou uma deflação de 0,68% no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
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A queda aconteceu, porém, após seguidos aumentos nos níveis de inflação. No acumulado dos últimos 12 meses, por exemplo, a inflação no país é de 10,07%, mesmo com a queda registrada em julho.
Nesse recorte, o Brasil apresenta a 4ª maior taxa de inflação entre os países do G20, grupo que reúne as maiores economias do mundo, segundo dados do início de agosto da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
No grupo, o país só perde para a Turquia, que acumula inflação de 79,6% nos últimos 12 meses, e para a Argentina e Rússia, com taxas de 71% e 16,7%, respectivamente.
© Fornecido por BBC News Inflação nos países do G20. Índice de preços ao consumidor acumulado em 12 meses nos países até julho, em %*. *Ou até o dado mais recente informado ou projetado para o país .
Quando considerada a inflação geral do G20 nos últimos 12 meses, de 9,25%, a taxa brasileira também é superior.
As inflações acumuladas dos países citados pelo presidente, Estados Unidos e Reino Unido, são estimadas em 8,52% e 8,8%, segundo os dados da OCDE de julho.
Na comparação entre os meses de junho e julho, a inflação anual dos EUA também desacelerou, de 9,1% em junho para 8,52% em julho.
© Getty Images Inflação acumulada dos últimos 12 meses do Brasil é a 4ª maior entre os países do G20 |
á em termos de previsões futuras, a OCDE estima a inflação final do Brasil para 2022 em 9,72%. Essa previsão também coloca o Brasil na 4ª posição entre os países do G20 com maior inflação, atrás apenas de Turquia, Argentina e Rússia.
"Se você pegar os dados de hoje, você vê o Brasil como talvez o único país do mundo com uma deflação, um país onde vai ter uma inflação menor do que, por exemplo, Inglaterra, menor do que Estados Unidos", disse o candidato à reeleição. Na variação mensal de junho para julho, o Brasil registrou uma deflação de 0,68% no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A queda aconteceu, porém, após seguidos aumentos nos níveis de inflação. No acumulado dos últimos 12 meses, por exemplo, a inflação no país é de 10,07%, mesmo com a queda registrada em julho. Nesse recorte, o Brasil apresenta a 4ª maior taxa de inflação entre os países do G20, grupo que reúne as maiores economias do mundo, segundo dados do início de agosto da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). No grupo, o país só perde para a Turquia, que acumula inflação de 79,6% nos últimos 12 meses, e para a Argentina e Rússia, com taxas de 71% e 16,7%, respectivamente. Quando considerada a inflação geral do G20 nos últimos 12 meses, de 9,25%, a taxa brasileira também é superior. As inflações acumuladas dos países citados pelo presidente, Estados Unidos e Reino Unido, são estimadas em 8,52% e 8,8%, segundo os dados da OCDE de julho. Na comparação entre os meses de junho e julho, a inflação anual dos EUA também desacelerou, de 9,1% em junho para 8,52% em julho. Já em termos de previsões futuras, a OCDE estima a inflação final do Brasil para 2022 em 9,72%. Essa previsão também coloca o Brasil na 4ª posição entre os países do G20 com maior inflação, atrás apenas de Turquia, Argentina e Rússia. A previsão da OCDE para este ano para a inflação dos EUA é de 7,04% e para o Reino Unido, 8,8%. Crescimento econômicoNa entrevista ao Jornal Nacional, o presidente afirmou que algumas de suas promessas de campanha "foram frustradas pela pandemia, por uma seca enorme que tivemos no ano passado e também pelo conflito da Ucrânia com a Rússia". Em termos de crescimento econômico, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1% no primeiro trimestre de 2022, em comparação com os três últimos meses de 2021, segundo o IBGE. Na comparação com igual período do ano anterior, a economia apresentou crescimento de 1,7%. Em valores correntes, o PIB chegou a R$ 2,249 trilhões. O IBGE ainda não divulgou os resultados para o segundo trimestre, mas de acordo com o Monitor do PIB, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE), o resultado foi de 1,1% de crescimento em comparação com o trimestre anterior. O resultado do 1º trimestre divulgado pelo IBGE coloca o Brasil em 8º lugar dentro de um ranking de desempenho do PIB com 32 países elaborado pela agência de classificação de risco Austing Rating. Na lista, a economia brasileira fica atrás Peru (2%), Filipinas (1,9%), Canadá (1,6%), Taiwan (1,6%), China (1,3%%), Turquia (1,2%) e Tailândia (1,2%) e empatado com México e Colômbia. No mesmo ranking, o país aparece na frente de nações como Reino Unido (0,8%), Austrália (0,8%), Alemanha (0,2%) e Japão (-0,3%) Os Estados Unidos aparecem em último lugar da lista de 32 países, com variação negativa de 1,4% no primeiro trimestre de 2022. Em termos de previsões futuras, o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê crescimento de 1,7% para o PIB brasileiro em todo o ano de 2022, segundo dados de julho. Esse recorte coloca o Brasil na 16ª posição entre os países do G20, em termos de projeção de crescimento. DesempregoBolsonaro ainda mencionou na entrevista com a TV Globo os dados de desemprego compilados durante seu governo. "Nós pegamos 2020 e 2021 e tivemos um saldo positivo de quase 3 milhões de empregos no Brasil, diferente de 2015 e 2015, que tivemos uma perda de quase 3 milhões de empregos no Brasil", disse o presidente. "Isso é sinal do quê? Competência da equipe econômica. Programas como, por exemplo, o Pronampe e o BEM preservaram mais de 10 milhões de empregos no Brasil." Segundo os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência, foram geradas 2.771.628 vagas de trabalho no mercado formal em 2021. Em 2020, no entanto, não houve saldo positivo: foram fechados 192.746 postos. Foram criados no total, portanto, 2.578.882 milhões de empregos no período citado pelo presidente. Entre 2014 e 2015, porém, foram perdidos 887.626 postos de trabalho, não 3 milhões, segundo o Rais (Anuário Estatístico da Relação Anual das Informações Sociais)." Fonte: BBC NEWS |
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