Por Ana Lúcia Dias
Dia internacional da Mulher, dia 8 de março. Não temos muito a comemorar para variar um pouco, a violência contra a mulher continua sendo a principal razão para não haver comemorações. Minas Gerais é se não o mais violento e um dos mais violentos em questões de gênero. Os feminicídios ocorrem um à cada 6 horas, ou seja, ocorrem 4 feminicídios por dia apenas no Sul de Minas, composto por 155 municípios. E nos outros 698 municípios de Minas Gerais?
“Nós temos uma lei que é uma das melhores legislações do mundo no enfrentamento à violência, que não é só uma legislação, é uma política pública e muitos dos dispositivos dessa lei não estão sendo implementados ainda hoje. E a lei é de 2006. Parte do Poder Judiciário continua ignorando a lei Maria da Penha”, explica Marlise Matos, coordenadora do Nepem: Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher/UFMG.
Considerando o Brasil, "o país tem a menor média mundial de mulheres na política, no legislativo, Câmara de Deputados e no Senado"
De acordo com os dados, a participação de mulheres na Câmara de Deputados é de 17,7%, no meio de 82,3% homens, e também 16% no Senado, em meio a 84% de homens. Como queremos que as leis sejam a favor das mulheres? Com tão pouca participação. Não adianta a lei dos 30% de mulheres candidatas a cargos eletivos.
Em Brasília, a bancada de mulheres do Partido dos Trabalhadores (PT) aprovaram um projeto que garante pensão a filhos de mulheres vítimas de feminicídio. Com informações do G1
Bancada de mulheres na Câmara dos Deputados no dia 1º de fevereiro de 2023 — Foto: Pablo Valadares - Câmara dos Deputados
Dia da Mulher: reportagem mostra desafios sociais e discute gênero e saúde
Projeto de lei na Câmara dos Deputados tenta diminuir desigualdade entre homens e mulheres
"Uma dos dados que evidencia isso é a diferença salarial: o rendimento das mulheres representa, em média, 77,7% do rendimento dos homens (R$ 1.985 frente a R$ 2.555), conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) de 2019. Entre os principais grupos ocupacionais, a menor proporção é observada em cargos de direção e gerência: os salários delas equivalem a 61,9% dos salários deles – o salário médio das mulheres é R$ 4.666, e o dos homens é R$ 7.542. Em seguida estão profissionais das ciências e intelectuais, grupo em que as mulheres recebem 63,6% do rendimento dos homens." Fonte: Justiça do Trabalho
Lugar de mulher
"A construção histórica de que há trabalhos para homens e trabalhos para mulheres é um dos marcadores da divisão sexual do trabalho, que dificulta o acesso de pessoas do gênero feminino a diferentes postos profissionais.
Historicamente, mulheres têm enfrentado essas barreiras em diferentes campos de atuação, ocupado esses espaços e aberto caminhos. No Dia da Mulher, das pioneiras que superaram essas barreiras na série “Lugar de mulher é onde ela quiser”." Fonte: Tribunal Superior do Trabalho
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