quarta-feira, 8 de março de 2023

Dia Internacional da Mulher, 8 de março

Por Ana Lúcia Dias

Dia internacional da Mulher, dia 8 de março. Não temos muito a comemorar para variar um pouco, a violência contra a mulher continua sendo a principal razão para não haver comemorações. Minas Gerais é se não o mais violento e um dos mais violentos em questões de gênero. Os feminicídios ocorrem um à cada 6 horas, ou seja, ocorrem 4 feminicídios por dia apenas no Sul de Minas, composto por 155 municípios. E nos outros 698 municípios de Minas Gerais?

“Nós temos uma lei que é uma das melhores legislações do mundo no enfrentamento à violência, que não é só uma legislação, é uma política pública e muitos dos dispositivos dessa lei não estão sendo implementados ainda hoje. E a lei é de 2006. Parte do Poder Judiciário continua ignorando a lei Maria da Penha”, explica Marlise Matos, coordenadora do Nepem: Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher/UFMG.

Mas o que adianta? Precisa mudar o comportamento dos homens, que matam as companheiras e as ex-companheiras por motivos fúteis, como, por exemplo, ciúme, o machismo inerente aos homens medievais do século XIX, que se comparados aos homens modernos do século XXI, que ainda se utilizam de uma prática medieval de assassinar mulheres, pelo fato de serem mulheres - Feminicídio - como se não dependessem das mulheres para nascer. Eles se esquecem que todos eles têm ou tiveram uma mulher-mãe que os pariu! Que desrespeito às mulheres!

Considerando o Brasil, "o país tem a menor média mundial de mulheres na política, no legislativo, Câmara de Deputados e no Senado" 

De acordo com os dados, a participação de mulheres na Câmara de Deputados é de 17,7%, no meio de 82,3% homens, e também 16% no Senado, em meio a 84% de homens. Como queremos que as leis sejam a favor das mulheres? Com tão pouca participação. Não adianta a lei dos 30% de mulheres candidatas a cargos eletivos.

Em Brasília, a bancada de mulheres do Partido dos Trabalhadores (PT) aprovaram um projeto que garante pensão a filhos de mulheres vítimas de feminicídio. Com informações do G1

Bancada de mulheres na Câmara dos Deputados no dia 1º de fevereiro de 2023 — Foto: Pablo Valadares - Câmara dos Deputados


Dia da Mulher: reportagem mostra desafios sociais e discute gênero e saúde

Projeto de lei na Câmara dos Deputados tenta diminuir desigualdade entre homens e mulheres


Fonte: EPTV 2ª Edição

E o Presidente Lula, em função das disparidades entre os salários de mulheres e homens exercendo a mesma função, colocou com um projeto de lei a obrigatoriedade do pagamento de salários iguais para mulheres exercendo a mesma função, que agora deve passar pela Câmara dos deputados e Senado para ser aprovado. Essa ideia da equidade salarial é uma proposta da senadora e ex-candidata à presidência da República, Simone Tebet, que fez essa proposta ao presidente Lula para apoiá-lo nas eleições de 2022.

"Uma dos dados que evidencia isso é a diferença salarial: o rendimento das mulheres representa, em média, 77,7% do rendimento dos homens (R$ 1.985 frente a R$ 2.555), conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) de 2019. Entre os principais grupos ocupacionais, a menor proporção é observada em cargos de direção e gerência: os salários delas equivalem a 61,9% dos salários deles – o salário médio das mulheres é R$ 4.666, e o dos homens é R$ 7.542. Em seguida estão profissionais das ciências e intelectuais, grupo em que as mulheres recebem 63,6% do rendimento dos homens." Fonte: Justiça do Trabalho

Lugar de mulher

"A construção histórica de que há trabalhos para homens e trabalhos para mulheres é um dos marcadores da divisão sexual do trabalho, que dificulta o acesso de pessoas do gênero feminino a diferentes postos profissionais. 

Historicamente, mulheres têm enfrentado essas barreiras em diferentes campos de atuação, ocupado esses espaços e aberto caminhos. No Dia da Mulher, das pioneiras que superaram essas barreiras na série “Lugar de mulher é onde ela quiser”." Fonte: Tribunal Superior do Trabalho              

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