O barril chegou a subir de forma acelerada depois do início do conflito entre Israel e Hamas no Oriente Médio, diante do temor de impacto na oferta global, já que a região concentra alguns dos maiores produtores do mundo. A cotação chegou a atingir US$ 92,4 em 19 de outubro. Desde este dia, vem caindo.
Há 2 movimentos no mercado que têm levado a uma queda sustentada. Por um lado, tem diminuído o temor quanto a possíveis reduções na oferta pelo conflito no Oriente Médio e s produções nos Estados Unidos e nos países da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) têm crescido.
Por outro, há uma crescente preocupação com o desempenho da economia global, o que está diretamente relacionado com a demanda por petróleo. Há sinais de uma diminuição da demanda nos EUA e na China.
As sucessivas quedas na cotação do barril provocaram um cenário inédito desde que a Petrobras inaugurou sua nova política de preços de combustíveis, em maio deste ano. Zerou-se a defasagem e os preços praticados pela estatal internamente estão acima do PPI (Preço de Paridade de Importação), referência no mercado internacional.
Nesta 4ª (8.nov), segundo análise do Cbie (Centro Brasileiro de Infraestrutura e Energia), o preço da gasolina no país está acima das referências internacionais em 3,47%, assim como o do diesel (+6,55%) e do gás de cozinha (24,85%). Eis a íntegra da análise (PDF – 120 kB).
Embora a Petrobras tenha abandonado o PPI como política de precificação, as cotações internacionais ainda têm influência sobre os preços. Até porque cerca de 25% do diesel consumido no Brasil é importado, assim como 15% da gasolina. Caso o barril siga em queda, abre-se caminho para a estatal promover novo corte nos combustíveis."
Fonte: Poder 360
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