Mas por que plantas fêmeas? As plantas de maconha se dividem em duas categorias: fêmeas e machos. Cada tipo desempenha um papel diferente.
A planta fêmea é a responsável por produzir flores ricas em canabinoides, especialmente o THC (tetra-hidrocanabinol), que é o principal composto psicoativo da planta, que deixa a pessoa "chapada".
Os canabinoides são substâncias presentes na cannabis que agem em vários lugares no corpo, inclusive no cérebro. Em outras palavras, são os ativos químicos capazes de desencadear reações no corpo humano. Em relação aos efeitos terapêuticos, eles são os responsáveis por proporcionar sensação de relaxamento e alívio das dores, por exemplo.
Já a planta macho possui níveis mais baixos de THC. Ela produz pequenas bolsas de pólen, essencial para a reprodução. O pólen é necessário para fertilizar as flores das plantas fêmeas, resultando na produção de sementes.
Segundo a médica Carolina Nocetti, que é diretora do comitê que representa o Brasil na Associação Pan-Americana de Medicina Canabinoide, ao contrário da cannabis medicinal, em que os níveis de THC são pequenos, no cigarro de maconha, esses níveis não são controlados e, por isso, podem ser muito altos, o que aumenta o risco de consumo abusivo.
“A gente tem parâmetro suficiente para dizer que, em produtos ricos em CBD com até 0,2% de THC, não há incidência de dependência química e tolerância”, explica Carolina.
A médica Carolina Nocetti explica que a maconha vem, inclusive, sendo usada em políticas de controle, como "porta de saída" para pessoas em tratamento de dependência química em drogas mais pesadas.
"Há recomendações de controle de danos que indicam o uso da maconha como alternativa a outras drogas em pessoas em tratamento de dependência química. Isso porque os efeitos colaterais e potencial de vício são menores", afirma.
Fonte: g1
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