Ministério
Público Federal deu parecer contrário ao pedido da defesa do
senador eleito Antônio Anastasia (PSDB-MG), que quer acesso ao
depoimento em que ele é citado pelo policial federal Jayme Alves de
Oliveira Filho, preso na Lava Jato, e afirmou que cabe ao Supremo
Tribunal Federal fazer a análise das declarações; a questão será
decidida pelo juiz Sérgio Moro; de acordo com o MPF, o
depoimento faz "menção a pessoas com prerrogativa de foro"; o
policial, conhecido como Careca, afirmou à polícia ter sido enviado
a Belo Horizonte por Alberto Youssef para entregar R$ 1 milhão que
seria do então governador Anastasia
Por
André Richter
O
Ministério Público Federal (MPF) enviou nesta quinta-feira 29 à
Justiça Federal parecer contra pedido da defesa do senador eleito
Antônio Anastasia (PSDB-MG), que quer acesso ao depoimento em que
ele é citado pelo policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho,
preso na Operação Lava Jato. No entendimento do órgão, cabe ao
Supremo Tribunal Federal (STF) fazer a análise das declarações. A
questão será decidida pelo juiz Sérgio Moro.
De
acordo com a petição do MPF, as declarações do policial fazem
"menção a pessoas com prerrogativa de foro em decorrência da
função que exercem, sendo necessário prévio exame do caso pelo
Supremo". No documento, os procuradores também informaram que
pediram para a Polícia Federal investigar o vazamento do depoimento
do agente.
De
acordo com reportagem divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo no dia 8
de janeiro, o policial Jayme Alves, conhecido como Careca, afirmou,
em depoimento à Polícia Federal, que foi enviado a Belo Horizonte
para entregar R$ 1 milhão a pedido de Youssef.
Segundo
o agente, o dinheiro foi entregue em 2010, em uma casa da capital
mineira, a uma pessoa que não se identificou. Conforme o policial, o
doleiro disse que o dinheiro era para o então governador Antônio
Anastasia.
Em
nota divulgada após a publicação da reportagem, Anastasia disse
que nunca se encontrou com o policial e que não conhece Alberto
Youssef.
"Em
primeiro lugar, registro que não conheço este cidadão. Nunca
estive ou falei com ele. Da mesma forma, não conheço, nunca estive
ou falei com o doleiro Alberto Youssef. Em 2010, já como governador
de Minas Gerais, não tinha qualquer relação com a Petrobras, que
não tinha obras no estado, ademais do fato de eu ser governador de
oposição ao governo federal", declarou.
Por
determinação do juiz Sérgio Moro, Jayme Alves foi afastado das
funções de policial federal em novembro passado. De acordo com as
investigações, Jayme prestava serviços ao doleiro na entrega de
remessas de dinheiro. Ele é réu em uma das ações penais da
operação e não fez acordo de delação premiada.
Fonte: Agência
Brasil / Brasil 247
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