São Paulo tem
protesto contra Temer pelo 5° dia consecutivo
Ato no domingo. Os organizadores dos protestos queriam iniciar a concentração a partir das 14h do domingo, mas, nesta quinta, 1, a SSP divulgou nota afirmando que qualquer ato estava proibido no local por causa da cerimônia de passagem da tocha paraolímpica pela avenida. O texto provocou imediata reação dos manifestantes, que reivindicaram o direito constitucional à livre manifestação.
“Manifestantes se
concentraram no Largo da Batata, zona oeste da cidade; mais cedo,
movimentos mudaram horário de protesto no domingo"
Fotos:
Daniel Teixeira/Estadão
"SÃO
PAULO - Cerca de 400 manifestantes estão concentrados em um trecho
da avenida Brigadeiro Luís António, perto do Largo da Batata, em
Pinheiros. Uma indefinição em relação ao trajeto foi a senha
para que policiais mantivessem o grupo em uma espécie de cercado.
Gritos
de "Fora, Temer" e contra a polícia militar são os
mais repetidos no local. " Essa é a face mais truculenta do
golpe. Estão cerceando nosso direiti de manifestação. É a
volta da ditadura", disse a estudante Renata Farinari, 23
anos. "O que eles não endentem é que não vai ter
arrego, que governo e polícia vão ter que nos enfrentar",
completou o também estudante Felipe Siqueira, 19 anos.
Por
volta das 21h, a organização do ato sugeriu que houvesse uma
desmobilização - e que energias fossem guardadas para o protesto
de domingo. À princípio, muitos gritaram que teria luta e não
haveria arrego. Mas, por volta das 21h20, o grupo optou pela
desmobilização. Cerca de 200 pessoas voltaram para o largo da
batata. No momento, o que restou da manifestação é pacífica.
Polícia
impediu que o grupo deixasse o Largo da Batata, zona oeste de SP
Depredação.
Um grupo mais raducalizado seguiu para a Rua Cardeal Arcoverde, no
sentido da Av. Eusébio Matoso. No trajeto, latas de lixo foram
queimadas. Quem estava voltando para casa, nos pontos de ônibus,
se assustaram e entraram nos bares próximos. "Cara, que
inferno, uma semana inteira trabalhando e na sexta não consigo
voltar pra casa", falou o eletricista Américo Chaves, 42.
Ainda em um ponto de ônibus, dona Fátima lourdes, 37 anos,
segurava firme sua filha de 5 anos no colo: "ela está
assustada, assustadíssima", repetia a mulher enquanto tentava
acalmar a filha.
Na
Eusébio Matoso, a confusão foi maior. Pontos de ônibus foram
vandalizados e pelo menos duas concessionárias de automóvel
tiveram os vidros quebrados. Bombas de gás lacrimogêneo foram
atiradas. A polícia foi para cima e o grupo seguiu para a Marginal
do rio Pinheiros, dispersos em pequenas frentes.
Um
aposentado, irritado, começou a gritar que os manifestantes
deveriam ser presos. Como resposta, ouviu o corinho: "reforma
da previdência, reforma da previdência."
Alguns
dos manifestantes quebraram vidros de agências de automóveis e
pontos de ônibus
Ato no domingo. Os organizadores dos protestos queriam iniciar a concentração a partir das 14h do domingo, mas, nesta quinta, 1, a SSP divulgou nota afirmando que qualquer ato estava proibido no local por causa da cerimônia de passagem da tocha paraolímpica pela avenida. O texto provocou imediata reação dos manifestantes, que reivindicaram o direito constitucional à livre manifestação.
Um
acordo firmado entre representantes da Secretaria de Segurança
Pública (SSP) estadual e das frentes Povo Sem Medo e Brasil
Popular estabeleceu que o protesto de lema "Fora Temer! O povo
deve decidir" está liberado para acontecer a partir das 16h30
na Avenida Paulista, em frente ao Masp. A negociação, mediada
pelo prefeito Fernando Haddad, encerrou o impasse entre
manifestantes e a SSP com relação ao horário do ato."
Fonte:
Estadão - SP
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é sempre bem-vinda!