domingo, 6 de dezembro de 2015

Processo de impeachment causará megatempestade na economia, dizem analistas internacionais

Presidente Dilma Rousseff
O acolhimento pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, de um pedido de impeachment da Dilma Rousseff terá efeitos muito negativos sobre a economia, de acordo com analistas internacionais ouvidos pela BBC Brasil – embora a reação inicial dos mercados tenha sido positiva, com a Bolsa operando em alta e o dólar, em baixa.

O agravamento da crise política chega num momento muito ruim para o país e tende a colaborar para a formação de um cenário econômico extremamente tempestuoso, afirmam.

Ao mesmo tempo, ironicamente, seria o "timing" ideal para as pretensões da presidente em evitar seu afastamento: "Independentemente do resultado, o processo paralisará o Legislativo brasileiro e vai impedir a análise da reforma fiscal, algo crucial para a recuperação econômica do país. Mas, para Dilma, ocorre antes do que estimamos que poderá ser o pior momento para o Brasil, o período entre o segundo e o terceiro trimestres de 2016, quando a economia prometer piorar e oferecerá um cenário bem mais difícil para a presidente", afirma Angela Bouzanis, economista da Focus Economics, consultoria internacional que analisa mais de 127 países.

"O governo brasileiro está em uma posição horrorosa. Há inflação, juros altos, preço baixo para produtos de exportação e todos os problemas ligados à corrupção e às contas públicas. A única forma de responder é aprovar reformas em um ambiente politicamente hostil", completa a economista.

Jill Hedges, vice-diretora da consultoria Oxford Analytica, diz que o processo de impeachment poderá tornar inevitável um novo rebaixamento da economia brasileira pelas agências de classificação de risco, o que faria o país ainda menos atraente para os investidores internacionais.

"A economia encontra-se em péssimo estado e o governo não tem como fazer nada. As crises estão se alimentando uma das outras, e mesmo empresas como a Petrobras e a Vale estão em dificuldade. E as recentes desvalorizações do real, que poderiam ajudar as exportações, não têm surtido o efeito desejado."

Robert Ward, da Economist Intelligence Unit, endossa as opiniões. Para ele, as discussões sobre o afastamento de Dilma prometem causar danos que aprofundarão a crise econômica e vão contribuir para um crescimento da relação entre dívida e PIB para a casa de 70% até o final de 2016.

"O Brasil está enfrentando a tempestade das tempestades", resume.

O fator PMDB

Especialistas afirmam discordar de algumas análises sobre o impasse divulgadas pela imprensa, na quais a eventual saída de Dilma é vista como uma chance de pacificação, sobretudo pela crença de que a ascensão do vice, Michel Temer, resultaria em um governo de imagem mais amigável para o mercado.

Além das acusações de corrupção que atingiram Cunha e ameaçam hoje seu mandato, analistas lembram que o PMDB em si também é alvo de denúncias da operação Lava Jato – logo, também enfrentaria imensas dificuldades de governabilidade. O presidente do Senado, o peemedebista Renan Calheiros, também é investigado no escândalo.

"O PMDB pode até ter uma bancada maior que a do PT, mas ainda não é suficiente para uma maioria. Com isso, precisaria costurar alianças em um Congresso em guerra – o PT, por exemplo, poderia facilmente se radicalizar com a saída de Dilma, que atualmente ainda consegue manter algum tipo de compromisso do partido com a reforma fiscal. A atual administração ainda parece o menor dos males", afirma Cameron Combs, da consultoria Eurasia Group.

Em um relatório distribuído poucas horas depois da bombástica entrevista coletiva em que Cunha anunciou o acolhimento do pedido de impeachment, a Eurasia Group calculou em 60% as chances de Dilma terminar o segundo mandato e aposta que o pedido de impeachment não encontrará respaldo no Câmara.

Mas a consultoria também ressalta os efeitos negativos do impasse político.

"A necessidade de o governo lutar por sua sobrevivência vai deixar menos espaço para defender sua agenda, incluindo a aprovação da CPMF", completa Combs.”

Fonte: BBC – Brasil


Além de outros fatores ligados às conquistas e a justiça social pelas quais tanto lutamos”, lamenta a deputada federal PT- SP, Rachel Moreno.


"A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, destacou que nestes 12 anos do governo PT o direito das mulheres foi consolidado. “Direitos esses na autonomia econômica, na entrada no mercado de trabalho, na profissionalização delas e emprego com carteira assinada”, destaca a ministra.

Eleonora Menicucci reforçou que foi durante o governo PT que medidas de combate à violência contra a mulher foram efetivadas, como a promulgação da Lei Maria da Penha, em 2006, destaca. “O nosso governo conseguiu universalizar o acesso das mulheres aos diferentes serviços de enfrentamento à violência”, disse.

Também foram tomadas ações de redução de danos para as mulheres vítimas de violência sexual, que querem interromper a gravidez com a pílula do dia seguinte. “Em agosto de 2013, a presidenta Dilma Rousseff sancionou a lei do atendimento à violência sexual”, aponta a ministra.
Na educação, as mulheres respondem por 66% das matrículas do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e ainda foram beneficiadas com linhas exclusivas de crédito orientado.

Na reforma agrária, as mulheres têm prioridade em ser as titulares da terra. O mesmo acontece, na área urbana, com as unidades do Minha Casa, Minha Vida, além de facilidades para as trabalhadoras rurais tirarem sua documentação. “Estamos tornando-as em cidadãs”, diz a ministra."
Fonte: G1.com.br
A "Comissão Nacional da Verdade" que a presidente Dilma proporcionou ao País, o passar a limpo a história do Brasil a respeito das atrocidades cometidas pelos governos ditatoriais, em especial de 1964 a 1985. Afinal foram 21 anos de ditadura militar no País, nos quais a Presidente lutou, foi presa, torturada para que hoje tivéssemos a democracia!

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