© BRUNO ROCHA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO PREFEITURA SP REINAUGURA ARCOS DO JÂNIO |
“Alegando um rombo de 18 milhões de reais herdado da administração passada, a gestão do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), decidiu cortar parte dos salários dos artistas do Teatro Municipal por dois meses para conseguir fechar as contas de 2017 sem precisar fazer demissões.
Segundo
o secretário municipal de Cultura, André Sturm, a redução será
de 25% sobre os salários pagos nos meses de outubro e novembro deste
ano e afetará os cerca de 280 artistas que compõem o Balé da
Cidade, o Coral Lírico, o Coral Paulistano e a Orquestra Sinfônica.
“Já
cortamos toda programação internacional para reduzir as despesas e
próximo passo seria demitir. Essa foi a solução encontrada e
negociada com os artistas, que entenderam a situação”, afirmou
Sturm.
De
acordo com o secretário, chegou-se a cogitar, em dezembro do ano
passado, no fim da gestão do ex-prefeito Fernando Haddad (PT), a
demissão de 30% dos artistas contratados pelo Teatro Municipal. Na
negociação com músicos e bailarinos, a atual gestão chegou a
propor corte de 30% em dois meses de salário, mas fechou acordo na
redução de 25%
© Fornecido por Abril Comunicações S.A. André Sturm, diretor do Museu da Imagem e do Som e do cinema Belas Artes. |
“Infelizmente
o País todo vive um momento ruim, de dificuldade financeira, e São
Paulo não é exceção. Existe a perspectiva de devolver esses
salários no ano que vem”, disse Sturm, que espera uma economia de
cerca de R$ 3 milhões com os cortes na classe artística.
Funcionários dos setores de administração e manutenção foram
poupados dos descontos.
Em
nota, a assessoria do ex-prefeito Fernando Haddad rebateu a afirmação
de que deixou um rombo para a atual gestão no Teatro Municipal. O
petista afirmou ainda que a sua gestão “foi vítima de um
portentoso desfalque perpetrado por dois criminosos confessos”,
referindo-se ao esquema de corrupção no Municipal.
© Fornecido por Abril Comunicações S.A. teatro-municipal-2219.jpeg |
Se a reação à redução no salário não pode ser classificada exatamente como positiva, representantes dos corpos artísticos relativizaram a situação, ressaltando a extensão na estabilidade dos funcionários, a possibilidade de que a programação não seja afetada e a promessa de ressarcimento em 2018.
Integrante
do coral lírico, Cláudio Guimarães disse que a categoria mantém
“bom relacionamento” com a Secretaria de Cultura. “O acordo foi
feito para evitar a necessidade de corte de pessoal e alguns termos
partiram de nós.” Cleber Papa, atual diretor artístico do
Municipal e ligado ao Instituto Casa da Ópera, que deverá assumir a
gestão, não comentou o acordo.”
Fonte: Estadão - SP
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