Não pense "Eu", pense "Ela". [Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay] |
Redação do Diário da Saúde
Autorreflexão
na terceira pessoa
"Durante
momentos estressantes, falar consigo mesmo na terceira pessoa -
silenciosamente - pode ajudar a controlar suas emoções.
E
este método não exige maior esforço mental do que falar com você
mesmo na primeira pessoa, que é como as pessoas normalmente
conversam consigo mesmas.
Por
exemplo, digamos que um homem chamado João está chateado por ter
levado um fora da namorada. Ao simplesmente refletir sobre seus
sentimentos na terceira pessoa ("Por que o João está
chateado?"), ele fica menos emocionalmente reativo do que quando
aborda a si próprio na primeira pessoa ("Por que eu estou
chateado?").
"Essencialmente,
acreditamos que referir-se a si mesmo na terceira pessoa leva as
pessoas a pensarem sobre si mesmas de forma mais parecida com a
maneira como pensam sobre os outros, e você pode ver evidências
disso no cérebro," disse Jason Moser, professor de psicologia
da Universidade de Michigan (EUA). "Isso ajuda as pessoas a
obter uma pequena distância psicológica de suas experiências, que
muitas vezes pode ser útil para regular as emoções".
Controlar
as emoções
Para
chegar a essas conclusões, Moser e seu colega Ethan Kross realizaram
dois experimentos.
No
primeiro, os voluntários visualizaram imagens neutras e imagens
perturbadoras e reagiram às imagens na primeira e na terceira
pessoas, enquanto um eletroencefalógrafo monitorava seus cérebros.
Ao reagir às fotos perturbadoras (como um homem segurando uma arma
voltada para a própria cabeça), a atividade cerebral emocional dos
participantes diminuiu muito mais rapidamente (dentro de 1 segundo)
quando eles se referiram a si mesmos na terceira pessoa.
Os
pesquisadores também mediram a atividade cerebral relacionada ao
esforço dos participantes e descobriram que o uso da terceira pessoa
não consumiu maior esforço do que usar a reflexão em primeira
pessoa.
No
outro experimento, os participantes refletiam sobre experiências
dolorosas do seu passado usando linguagem de primeira e terceira
pessoas, enquanto sua atividade cerebral era monitorada usando
ressonância magnética funcional (fMRI).
De
forma semelhante ao primeiro experimento, os participantes
apresentaram menos atividade em uma região do cérebro que
é comumente envolvida na reflexão sobre experiências emocionais
dolorosas quando usaram o papo interno consigo mesmas na terceira
pessoa, sugerindo uma melhor regulação emocional. Além disso, a
fala consigo mesmo na terceira pessoa não exigiu mais atividade
cerebral do que usar a primeira pessoa.
"O
que é realmente entusiasmante aqui," disse Kross, "é que
os dados do cérebro desses dois experimentos complementares sugerem
que falar consigo mesmo na terceira pessoa pode constituir uma forma
de regulação emocional relativamente sem esforço.""
Fonte: Diário da Saúde
Fonte: Diário da Saúde
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