quarta-feira, 21 de outubro de 2020

"Como o Racismo cultural, de classe e de raça criou o Brasil moderno?" Assista a palestra, às 17h, em 22 de outubro

Por Jesse de Souza 

"A ideia é refletir sobre o racismo, não apenas como envolvendo fenótipos, como normalmente se faz, mas sim como a meta-linguagem da sociedade, estando por trás de todas as avaliações e decisões concretas que tomamos. O caso brasileiro pode ilustrar esta tese de modo convincente. Toda a interpretação dominante do país é baseada em um "culturalismo" pseudo-científico que na verdade é um mero "equivalente funcional" do velho racismo imperial do século XIX. Os EUA são vistos como modernos, impessoais e "honestos", como na teoria da modernização Parsoniana - e o Brasil é visto com o pré-moderno, patrimonial e corrupto (isso tudo visto como "herança portuguesa", inclusive).

Palestra com Jesse de Souza, na tarde de 22 de outubro, às 17h

Na verdade, não é difícil mostrar, cabalmente, como esta é a leitura geral do Norte global sobre o Sul global e serve para justificar o saque econômico e as intervenções políticas. A elite interna e subordinada, se identifica com o "americanismo" e usa o culturalismo para estigmatizar e criminalizar a soberania popular, e criminalizar o Estado assistencial internamente.


A partir do "racismo culturalista" é possível compreender a função do racismo de classe e de raça na eternização da secular desigualdade e iniquidade brasileira."

Fonte: nota do autor, Jesse de Souza   

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