Fonte: TV Unicamp - Universidade de Campinas, SP
"Paulo Freire fala aqui de sua vida pessoal e profissional. A gravação foi realizada em 1985, envolvendo o Instituto de Artes e a Faculdade de Educação da Unicamp.
Freire voltou do exílio em 1980, já ciente do interesse da Unicamp e da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) em contratá-lo, manifestado em carta enviado ao Ministério das Relações Exteriores. Em 1981, mesmo sem contrato definitivo com a Unicamp, foi o mais votado para reitor pela comunidade acadêmica, na primeira eleição democrática em uma universidade brasileira. Seu nome, porém, foi ignorado pelo colegiado de diretores de unidades e representantes do governo estadual, e pelo então governador Paulo Maluf, que decidiu por José Aristodemo Pinotti, sob os protestos dos corpos docente e discente.
O educador, pedagogo e filósofo pernambucano solicitou sua exoneração em carta escrita de próprio punho ao reitor Carlos Vogt, em 4 de março de 1991. Ele justificou sua saída com a impossibilidade de acumular as aposentadorias na UFPE e Unicamp (que viria em poucos meses em decorrência da idade limite): “Por mais amorosidade que sinta pela Unicamp, por mais honrado que me sentisse por ser seu professor aposentado, não seria sensato, nos tempos de hoje, ficar com 33.000 [de remuneração] desistindo de 246.000.”
Vídeo preservado pela seção de Arquivo da Rádio e TV Unicamp.
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