Fonte: Prazer, Karnal
"É praticamente unanimidade: toda família teve alguém “saindo do grupo do WhatsApp” nos últimos tempos. Chegado o Natal, vemos uma “contravenção” ao sentido dessa data, que, culturalmente e independente de religião, promove reencontros familiares e reabastece os laços de afeto que nos compõem. As pessoas estão preocupadas com as desavenças que estarão postas à mesa na ceia de Natal. Vai ter torta de climão? É possível que não - mas exigirá esforço.
Neste vídeo, proponho repensarmos: por que alimentar disparidades? Para que irmos ao encontro familiar em tom de ruptura? O constrangimento e o desgaste de assuntos polêmicos vale mais do que a unidade familiar nesse momento?
É fato que, nos últimos anos, diferentes acontecimentos contribuíram para desgastar relações. Mas pode ser que haja agora uma idealização nostálgica que atrapalha a reconexão. O descompasso geracional que leva ao embate é uma consequência apenas da internet? Será mesmo que meu núcleo familiar era perfeito antes da discussão sobre a eficácia da vacina? A causa de divergências está (só) em Brasília? São muitas as searas que dividem famílias. Mas, certamente, há pontos relevantes e belos que nos unem em torno de pessoas que compartilham da mesma história, origens, memória - recursos importantes para nossa formação como indivíduos e fluência na vida.
Ninguém quer sair do Natal com a saúde mental comprometida. Por isso, precisamos abrir mão do narcisismo das nossas próprias verdades. E exaltar o que nos une. Pesquisas comprovam que a comida da vovó ameniza discordâncias. Que possamos todos saboreá-la com alegria. Feliz Natal a você e sua família."
Fonte: Prazer, Karnal
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