segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Mulher: no próximo sábado, 8/2, das 14h às 17h será femenageada na Câmara Municipal, SP, a mulher que sempre militou pelos direitos da Mulher!

                       Rachel Moreno: trajetória de luta feminista e compromisso social  

                           Fotos: Jesus Carlos / www.jesuscarlosimagens.com

Por Ana Lúcia Dias, jornal ogm

Rachel Moreno é formada em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP), especializada em sexualidade humana e dinâmica do movimento expressivo, pelo Instituto Sedes Sapientiae e pós-graduada em sociedade e meio ambiente (Fespsp). Escritora e jornalista, com uma trajetória marcada pelo engajamento social e pela defesa dos direitos das mulheres, Rachel também atuou ao lado dos metalúrgicos nos idos tempos de luta no ABC paulista, em suas reivindicações e contribuiu para a imprensa feminista, como no jornal Nós Mulheres, em 1976. 

Seu trabalho se estende à área de Pesquisa de Opinião e Discussões em Grupo (as conhecidas DGs), nas quais atua como mediadora, agora em formato online. Também é fundadora do Instituto Opinião, voltado para pesquisas sociais.

Com posicionamento ideológico alinhado à esquerda, Rachel foi candidata a suplente de deputada federal pelo PT. Na vida pessoal, compartilha sua jornada com o companheiro Xande e é mãe de Julia e Michel.

A militância feminista sempre esteve no centro de sua atuação. Em 1978, esteve na luta por creches na USP e, em 1980, participou ativamente de três Congressos da Mulher Paulista. Rachel foi uma das protagonistas e coordenadoras dos três Congressos da Mulher Paulista. 

Ainda na década de 1980, uniu-se a um grupo de mulheres para fundar o SOS Mulher, o primeiro serviço de apoio a vítimas de violência de gênero no Brasil. Em uma época em que pouco se falava sobre feminicídio, Rachel já estava à frente do debate, denunciando a violência contra as
Mulheres. Foi a partir daí que surgiram as delegacias da Mulher na capital paulista, que agora se estende por toda, pelo menos, na região sudeste do país. 

Um dos muitos casos emblemáticos de sua militância foi o assassinato da cantora Eliana de Gramount, morta pelo ex-marido, também cantor Lindomar Castilho, em 30 de março de 1981.
 
Rachel esteve na passeata que percorreu a Rua da Consolação, em São Paulo, até o Cemitério do Araçá, na Avenida Dr. Arnaldo. Entre mulheres indignadas, rapazes de patins formando cordão humano para impedir o trajeto pelas travessas. 

Depois, no final da década de 80, Rachel Moreno já pensando na questão ambiental no Grupo Verde-Lilás, ou seja, um grupo Ecológico (Verde) - Feminista (Lilás). Rachel sempre foi e continua sendo uma mulher atuante em todos os campos, tanto do meio ambiente como as questões relacionadas a nós, mulheres, em nossas lutas pela legalização do aborto, pela equidade de gênero nos salários na mesma função.

No CIM – "Centro de Informação Mulher", o grupo Verde-Lilás promoveu diversos eventos, dentre eles: "Santas ou Putas", aberto a população, onde se discutiu o papel das mulheres, na sociedade, em casa, no trabalho, inclusive na história do país, com a presença de historiadoras da Unicamp, como a Margarete Rago; autora de "Do Cabaré ao Lar". 

E o papel das prostitutas no Porto de Santos, litoral paulista em que a Rachel realizava uma pesquisa com depoimentos a respeito da "Difícil Vida Fácil" dessas mulheres. 
  
Ela não parou por aí, criou o Observatório da Mulher com diversos projetos, entre eles a Casa Abrigo para mulheres em situação de violência. 

Rachel escreveu em 2008:                  Em 2012:
                                                                                   
                 
A presença de Rachel Moreno reafirma um compromisso inabalável com a luta feminista—uma bandeira que segue erguendo até hoje.

Portanto, antes tarde do que nunca: femenagem à Rachel Moreno, uma das pioneiras da Luta Feminista em São Paulo e no Brasil.
 
✅"Quando você fala em femenagem, você vê uma mulher", diz Miriam Grossi, antropóloga feminista, professora na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e coordenadora do Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades." Fonte: Terra

O EVENTO FOI A ADIADO EM RAZÃO DO FALECIMENTO DO COMPANHEIRO JOSÉ EDUARDO DE CAMPOS SIQUEIRA. 

José Eduardo como engenheiro ambiental foi responsável pela despoluição das praias de Santos, litoral de SP.

Nossos sentimentos à família e amigas/os!

E a Femenagem à Rachel Moreno será remarcada!

Femenagem à Rachel Moreno

Local: Câmara Municipal de São Paulo - Palácio Anchieta
Viaduto Jacareí, n.º 100

Data: próximo sábado, 08 de fevereiro  
Horário: das 14h às 17h 

Metrô próximo: Anhangabaú - Saída pela Rua Formosa.

Um comentário:

  1. Querida companheira de luta Rachel Moreno, você nos inspira sempre. Mulher guerreira, ousada, teimosa, descendente de povos africanos, feminista popular, antirracista, antipatriarcal, militante incansável na luta por um mundo sem violências, sem machismo, sem racismo!
    VIVA RACHEL MORENO! VIVA!

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