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Ministra da Cultura, Margareth Menezes - Foto: Débora Marques |
"Política de Fomento à Cultura prevê R$ 3 bi anuais durante cinco anos, mas Congresso aprovou R$ 478 milhões no Orçamento de 2025. Entidade falou em medida 'estarrecedora'."
Por Filipe Matoso, GloboNews — Brasília
'Lei Aldir Blanc segue firme', diz Margareth Menezes, ministra da Cultura
Fonte: Globo News
"A ministra da Cultura, Margareth Menezes, afirmou nesta sexta-feira (21) à Globonews que o governo buscará garantir que haja o repasse integral dos recursos para o setor cultural por meio da Lei Aldir Blanc neste ano.
Margareth deu a declaração ao comentar a decisão do Congresso Nacional de reduzir o valor do programa neste ano dos R$ 3 bilhões previstos pelo governo para R$ 478 milhões, isto é, um corte superior a 80%.
A redução aconteceu durante a análise da Lei Orçamentária Anual, aprovada nesta quinta (20). Depois de Três meses de atraso.
"A Lei Aldir Blanc segue firme, o Ministério da Cultura e a Casa Civil garantem a continuidade do investimento para fortalecer o setor cultural em todo o Brasil. Essa lei é uma conquista, uma mudança de paradigma, é uma conquista do setor cultural, da sociedade brasileira", afirmou a ministra.
"A aplicação dos recursos da Lei Aldir Blanc é obrigatória, o governo federal vai transferir integralmente os valores para os estados e municípios para que os projetos do setor cultural continuem tendo acesso. [...] Nós estamos lutando por isso, é uma conquista enorme e a gente não vai perder isso", acrescentou.
Os recursos da Lei Aldir Blanc fomentam as atividades de pequenos produtores, grupos culturais e artistas em todos os estados do país, atingindo 97% dos municípios brasileiros, segundo o governo federal.
Pela Política Nacional de Fomento à Cultura, devem ser repassados ao setor R$ 3 bilhões anuais durante cinco anos, desde 2023.
Os repasses são feitos pela União a estados e municípios, que distribuem aos projetos após finalizadas as etapas previstas em seus respectivos editais, isto é, após abertura, avaliação e seleção de propostas.
Corte é 'estarrecedor'
E como fica a cultura brasileira que recebeu o primeiro Oscar, o maior prêmio do cinema, por "Ainda Estou Aqui", que não foi financiado pela Lei Aldir Blanc, mas por seu diretor, Walter Salles, que bancou os roteiristas e elenco do filme e teve a produção do Globoplay.
Mas os outros filmes e peças de teatro, eventos culturais ao nível regional e/ou nacional que precisam desta verba? Além disso, a cultura gera muitos empregos. E o Brasil está cheio de gente talentosa nesta área. E a Cultura e a Educação caminham juntas, ambas são investimentos.
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