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"O registro do imunizante contra chikungunya foi aprovado no dia 14 de abril de 2025 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A partir de agora, a vacina está autorizada para uso no país, em adultos acima de 18 anos. O Ministério da Saúde pretende solicitar sua inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com o Ministério da Saúde, o vírus chegou ao Brasil em 2014 e, desde então, já se espalhou por todo o território nacional. Até 14 de abril de 2025, foram contabilizados 68,1 mil casos de chikungunya no país, com 56 mortes confirmadas.
A chikungunya é uma doença viral transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue e do zika.
Os sintomas incluem febre alta e dores intensas nas articulações, que geralmente desaparecem em semanas, mas podem se tornar crônicos em pessoas mais vulneráveis, exigindo tratamento prolongado.
A vacina usa uma versão enfraquecida do vírus e é aplicada em dose única. Segundo o Ministério da Saúde, não é indicada para gestantes nem para pessoas com o sistema imunológico enfraquecido.
"A partir da aprovação pelo Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde), a vacina poderá ser fornecida estrategicamente. No caso da chikungunya, é possível que o plano do Ministério da Saúde seja vacinar primeiro os residentes de regiões endêmicas, ou seja, que concentram mais casos", explicou Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan, ao portal UOL.
"Chikungunya é uma doença que vem crescendo no Brasil, ao longo dos anos. O fato de se ter uma vacina que é segura e eficaz, traz alento para a sociedade", disse a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Mariângela Simão, citada pelo site do Ministério da Saúde.
Além dos testes realizados no Brasil, a vacina também foi testada em 4 mil voluntários nos EUA, demonstrando segurança e quase 99% de eficácia. Os dados foram publicados na revista científica The Lancet, relatou a Radio Agência.
O imunizante já havia sido aprovado pela FDA (Food and Drug Administration), dos EUA, e pela EMA (European Medicines Agency), da União Europeia, relatou o mesmo veículo.
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