Foto oficial da presidente do Brasil |
“Ninguém
tem o direito de pedir a renúncia de presidente legitimamente eleito
sem dar elementos comprobatórios de que eu tenha, de alguma forma,
ferido qualquer inciso da Constituição. Não sairei deste cargo sem
que haja motivo para tal.
Quem quer a minha renúncia tem que
proceder de acordo com a Constituição. Solicitar a minha renúncia
é reconhecer que não há base real para pedir minha saída do
cargo”, disse Dilma, após reunião com reitores dos institutos
federais de Educação, Ciência e Tecnologia no Palácio do
Planalto.
Perguntada
se estaria resignada e se renunciaria à Presidência, Dilma
respondeu: “Vocês acham que eu tenho cara de estar resignada?
Vocês acham que eu tenho gênio para me resignar? Eu não estou
resignada diante de nada e não tenho essa atitude diante da vida.
Acho que essa onda de boatos não contribui e cria uma crise política
negativa para a economia brasileira. Temos todas as condições de
fazer a retomada. Pelo menos testemunhem que eu não tenho cara de
quem vai renunciar”, afirmou a presidenta, em entrevista coletiva.
A
Câmara dos Deputados aceitou em dezembro o pedido de abertura de
processo impeachment
contra
a presidenta Dilma Rousseff.
Manifestações
Sobre
as manifestações populares previstas para domingo (13), Dilma pediu
que não haja confrontos.
“Faço
um grande apelo às pessoas para que sejam capazes de manifestar de
forma pacífica. A manifestação é um momento importante do país,
de afirmação democrática. Por isso, não deve ser manchada por
nenhum ato de violência."
Ela
defendeu que se mantenha o que chamou de "vitórias da
democracia brasileira". Segundo a presidenta uma das vitórias,
sem dúvida, é o direito de livre manifestação. "Não cabe à
gente perder esse patrimônio da tolerância característico do nosso
país.”
Ministério
da Justiça
Quanto
ao futuro do ministro da Justiça, Wellington César Lima e Silva,
Dilma afirmou que decisão da Justiça é para ser cumprida. “Decisão
do Supremo eu cumpro”.
Na
noite de quarta-feira (9), o Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu
que Wellington Silva deve deixar o ministério em até 20 dias após
a publicação da ata do julgamento, prevista para segunda-feira
(14). Os ministros da Corte entenderam que ele não pode chefiar a
pasta, já que tem cargo vitalício de procurador do Ministério
Público da Bahia.
Perguntada
se vai pedir para ele ficar no cargo, Dilma respondeu: “Eu vou
olhar para ele e falar: olha, meu querido, você decida o seu destino
de acordo com as suas convicções e aquilo que lhe é interessante.
Ele tem 25 anos de Ministério Público, e não cabe a mim fazer
nenhum apelo. Eu não posso prejudicar ninguém.”
Fonte
EBC
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