[Imagem: Wikimedia]
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Cérebro
se renova em qualquer idade
"A
teoria científica atualmente aceita estabelece que os adultos não
desenvolvem novos neurônios.
É
por isso que os cientistas dizem que a memória começa a falhar na
velhice, porque nenhum novo neurônio nasceria no hipocampo, uma
parte do cérebro responsável
pela memória, emoção e cognição.
Contudo,
a Dra Maura Boldrini, da Universidade de Colúmbia e do Instituto de
Psiquiatria do Estado de Nova York (EUA) afirma que toda a pesquisa
científica anterior, que embasava essas conclusões, "pode ser
jogada pela janela!"
De
fato, parece que o cérebro humano nunca pára de se renovar - homens
e mulheres idosos saudáveis podem gerar tantas novas células
cerebrais quanto as pessoas jovens.
Neurônios
nascem na velhice
A
equipe chegou a essa conclusão revolucionária depois de examinar os
cérebros de 28 pessoas previamente saudáveis, entre 14 e 79 anos,
que morreram subitamente por acidentes. O que se revelou é que
pessoas com 79 anos tinham tantos novos neurônios se formando no
hipocampo quanto aquelas que tinham 14 anos. Na verdade, alguns
cérebros de pessoas mais velhas produziam mais células cerebrais
novas do que os cérebros de algumas pessoas mais jovens.
Isso
indica que os idosos permanecem mais cognitiva e emocionalmente
saudáveis do que se acreditava - ou seja, as perdas cognitivas e de
memória na velhice não devem ser consideradas "naturais",
devendo haver mecanismos que as expliquem, sobretudo porque nem todos
os idosos apresentam essas deficiências.
"Todos
conhecemos pessoas que estão na casa dos 90 e poucos anos e estão
afiadas," disse a Dra Boldrini. Até certo ponto, sua pesquisa
discutindo as teorias aceitas até agora, de que os neurônios
parariam de se desenvolver depois da adolescência, explica por que
isso é possível.
Menos
vasos sanguíneos
Essa
mudança de paradigma na neurociência foi possível porque esta é a
primeira pesquisa publicada na qual os neurônios recém-formados e o
estado dos vasos sanguíneos dentro do hipocampo humano inteiro foram
estudados logo após a morte em pessoas de diferentes idades gozando
de plena saúde. A equipe se certificou de que as pessoas do estudo
não eram cognitivamente deficientes e não sofriam de depressão ou
tomavam antidepressivos, já que essas condições podem afetar a
produção de novas células cerebrais.
Contudo,
a análise também revelou que há menos vasos sanguíneos e menos
conexões entre as células do cérebro das pessoas mais velhas -
quanto mais idoso o indivíduo, menos novos vasos sanguíneos ele
forma.
A
equipe pretende agora comparar os cérebros perfeitamente saudáveis
com os cérebros de doentes, em busca de explicações para doenças
neurodegenerativas e novos tratamentos para condições psicológicas
e neurológicas, como Alzheimer e Parkinson.”
Fonte:
Diário da Saúde
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