© REUTERS / Adriano Machado (Foto de arquivo) |
"Foram três anúncios quase que simultâneos nesta quarta (28)"
“Na
reta final da composição de seu governo, o presidente eleito, Jair
Bolsonaro, anunciou três novos auxiliares na quarta-feira (28) e
criou um ministério turbinado para a área social, batizado
de Cidadania,
entregue a Osmar Terra.
Esta foi a primeira escolha de um nome do MDB para o primeiro escalão
do governo Bolsonaro.
Já
foram confirmados até o momento 19 ministros e Bolsonaro
admitiu a possibilidade de ter até 22 pastas.
Isso representa um número quase 50% maior do que o anunciado durante
a campanha, de 15.
Terra,
que já foi ministro de Desenvolvimento Social no governo de Michel
Temer, assumirá uma estrutura à qual foi somada a gestão de
Esporte e Cultura. Ficará sob seu comando a gestão de programas
sociais de relevância, como o Bolsa Família.
"O
Bolsa Família vai ser um programa que vai estimular muito a questão
da geração de emprego e renda, por orientação do presidente
também, principalmente para os jovens do Bolsa Família. Vai se
integrar melhor com a área de esportes", disse, logo depois de
ter sido anunciado.
Ao
fim de um dia de reuniões no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil),
onde funciona o gabinete de transição, Bolsonaro anunciou ainda a
escolha do deputado
Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG) para o Turismo.
Ele é o segundo nome do PSL, partido do presidente eleito, cujos
parlamentares já haviam se queixado de falta de prestígio. Mesmo
com as indicações, o DEM, sigla do futuro chefe da Casa Civil, Onyx
Lorenzoni, é o que tem maior número de representantes, com três
nomeações.
Foram
três anúncios quase que simultâneos nesta quarta (28), quando foi
confirmado também o nome de Gustavo
Canuto, atual secretário-executivo da Integração, para o
recém-criado Ministério do Desenvolvimento Regional.
Ele foi chefe de gabinete do ex-ministro Helder Barbalho (MDB), filho
do senado Jader Barbalho e governador eleito do Pará.
Os
nomes dos três futuros auxiliares foram anunciados em meio a uma
intensa circulação de parlamentares no CCBB, em número superior ao
visto ao longo do primeiro mês do governo de transição. Os
escolhidos negaram que tenham sido escolhas partidárias, e
sustentaram que foram indicações de bancadas ou técnicas, caso de
Canuto.
Apesar
da grande quantidade de nomes apresentados no mesmo dia, Bolsonaro
deixou para semana que vem a definição do futuro ministro do Meio
Ambiente, que havia prometido para esta quarta. Na reta final, o nome
do ex-secretário de Meio Ambiente de São Paulo, Ricardo Salles
(Novo), era o mais forte, mas acabou ficando em suspenso.
Segundo
Bolsonaro, o tema ficará para a próxima semana, quando ele deve
concluir a formação de seu governo. Ainda estão pendentes de
anúncios os ministérios de Minas e Energia, Trabalho e Meio
Ambiente. As pastas de Direitos Humanos e Mulheres ainda não foram
definidas se terão status de ministério. "Isso vai ser
decidido [Ministério das Mulheres], houve um apelo por parte da
bancada feminina. Grande parte presente aqui. Elas querem, vocês
querem, o 22º ministério, das mulheres? A gente aumenta mais
um ou não?", perguntou o eleito a repórteres mulheres.
Ao
comentar os anúncios feitos nesta quarta, Bolsonaro foi questionado
sobre uma reportagem publicada pela Folha em agosto que citava o nome
de Canuto. Na ocasião, o economista Mário Ramos Ribeiro pediu
demissão do cargo de secretário-executivo do Ministério da
Integração Nacional levantando suspeitas em licitações na pasta.
Segundo
ele, Canuto, então chefe de gabinete, e o ministro Pádua Andrade
foram "omissos" em relação ao caso.
Ribeiro
fez as acusações em uma carta de demissão revelada pela Folha em 2
de agosto. "Tanto o ministro quanto o seu chefe de gabinete,
Gustavo Canuto, foram omissos. Se a omissão é premeditada ou
dolosa, eu não sei. Se existe prevaricação, só uma investigação
policial vai dizer", disse em entrevista à Folha publicada no
dia 7 de agosto.
Uma
repórter do UOL, empresa do Grupo Folha, perguntou a Bolsonaro nesta
quarta-feira (28) sobre a reportagem. "Da Folha de S. Paulo?
Outra pergunta, por favor", respondeu o presidente eleito. Com
informações da Folhapress.”
Fonte:
política ao minuto
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