Por
Machado da Costa – VEJA.com
“O presidente eleito,
Jair Bolsonaro (PSL), afirma que o Ministério do Trabalho não
perderá o status de ministério. Segundo ele, incorporá-lo ao
futuro Ministério da Economia deixaria muito pesado o trabalho de
Paulo Guedes, que comandará o superministério. Segundo Bolsonaro, o
Trabalho será fundido a outra pasta, que ainda não está
definida. “Será Ministério ‘disso’, ‘disso’ e
Trabalho”, afirmou. “Trabalho vai continuar com status de
ministério”, acrescentou.
Assim, ele recua da
posição anterior, de retirar o status de ministério da pasta,
transformando-a em secretaria. Em 7 de novembro, Bolsonaro havia
confirmado a mudança. “O Ministério do Trabalho vai ser
incorporado a algum ministério”, disse à época.
Na visão de Bolsonaro,
será como a composição atual do Ministério da Indústria,
Comércio e Serviços (Mdic), com várias áreas em uma única pasta.
“Tudo junto.”
Sobre a nomeação de
novos ministros, Bolsonaro afirmou que há tempo para as definições.
Hoje, passaram pelo Centro Cultural Banco do Brasil, onde está
instalado o gabinete de transição, o diretor do Santander Roberto
Campos Neto, cotado para o Banco Central, e o embaixador de Seul,
Luís Fernando Serra, na mesma situação para o Itamaraty.
“Anunciei o Ministro da
Defesa [Fernando Azevedo e Silva], estamos na iminência de anunciar
o das Relações Exteriores, do Meio Ambiente. Não quero soltar o
nome antes e depois ter que voltar atrás”, afirmou. Questionado
sobre o nome de Serra, ele disse que ainda há tempo para decidir.
Paulo Guedes
Bolsonaro demonstrou mais
uma vez sua total confiança em Paulo Guedes. Ao responder uma
pergunta sobre a nomeação de Joaquim Levy como presidente do BNDES,
ele reiterou que foi uma decisão de seu guru econômico.
“É da minha índole
confiar nas pessoas. E eu confio no Paulo Guedes. Essa é a política
econômica dele. Está nas mãos dele tirar o país dessa situação”,
disse. “O sigilo no BNDES será zero.”
Também sobre problemas
econômicos, Bolsonaro afirmou que mudanças previdenciárias que não
alterem a Constituição serão decididas pelo presidente Michel
Temer. Caso o atual ocupante do Palácio do Planalto decida fazer as
mudanças por meio de uma Medida Provisória, Bolsonaro terá espaço
para articular junto ao novo Congresso, em 2019. As MPs têm prazo
prescricional de até 180 dias."
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é sempre bem-vinda!