(Mapa de distribuição dos profissionais do Mais Médicos pelos municípios. Fonte: Veja) |
“A
revista [Veja] erra, pela segunda semana consecutiva, ao tratar da
relação de cooperação do Brasil, Opas (Organização
Pan-Americana de Saúde) e o governo de Cuba.
Os
recursos orçamentários destinados ao Mais Médicos independem da
origem do profissional. Trata-se de um valor estipulado por edital e
representa o número de participantes oferecidos.
Basta
analisar que, em todos os cinco ciclos de inscrição para o
programa, respeitamos sempre a prioridade para os médicos
brasileiros. As vagas não escolhidas pelos brasileiros foram
oferecidas para médicos brasileiros formados no exterior e para
intercambistas individuais, de diversas nacionalidades, sem diploma
validado no Brasil. Somente após o cumprimento deste percurso
as vagas forma preenchidas pelos médicos cubanos. Isso significa
que, se 100% das vagas fossem preenchidas pelas inscrições
individuais, não existiria termo de cooperação com a Opas e muito
menos o repasse de recursos para trazer médicos cubanos.
A
realidade é que apenas 12% das vagas foram preenchidas nessas duas
primeiras etapas. Mas centenas de cidades ainda precisavam de médicos
para atuar em sua rede de atenção básica e dar assistência
adequada a sua população.
A
solução foi optar pelA cooperação com a Opas, em um tipo de
acordo semelhante ao firmado com outros 63 países.
O
cálculo do novo termo, publicado no diário oficial de segunda-feira
(18), obedeceu as mesmas condições fixadas pelo edital do Programa
O
novo termo manterá os 11.429 cubanos que atuam no Programa em mais
de 3.500 cidades com histórica dificuldade para provimento e fixação
de profissionais. Esses médicos representam quase 80% dos mais de
14,4 mil participantes do Mais Médicos e mais de 2.700 cidades são
atendidas exclusivamente por eles.
Para
superar a carência de profissionais no Brasil, além desse
fornecimento considerado emergencial, ou seja, não permanente, o
Mais Médicos também está expandindo e qualificando a graduação e
a residência médica, com a criação de 11,5 mil vagas de graduação
em medicina e 12,4 mil bolsas de residência médica. Também estão
sendo revistas as diretrizes curriculares de medicina visando
melhoria da formação do profissional médico para sua atuação na
rede básica de saúde.
Com
o foco na valorização desse importante pilar da saúde pública,
capaz de resolver 80% dos agravos de saúde da população, o
Ministério tem ampliado a cada ano os recursos destinados a atenção
básica. Só neste ano, está previsto o repasse de R$ 20 bilhões.
Esse incremento de investimentos já impacta positivamente na
assistência à população.
O
Ministério da Saúde também deixa registrado que não foi
efetivamente procurado para a primeira reportagem do fim de semana
(16 e 17 de agosto) e teve sua carta de resposta não publicada nesta
edição.”
Fonte: GGN
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