Por
J.J. Abdala – articulista de todos os domingos
“No
artigo da semana passada consegui deixar de lado este assunto, porém
para está semana referente aos fatos ocorridos fica muito difícil
ignorar tais acontecimentos, como sempre reafirmo em meus artigos,
não é ser ou não oposição de um governo, também não sou
especialista neste assunto, não trago dados, estatísticas muitas
menos números, pois me solidarizo com aqueles que partiram vítimas
deste cruel vírus e com seus familiares e amigos.
Penso
eu que neste momento tão difícil para o mundo todo, não é um
tempo de guerra, é tempo de união mesmo que cada um no seu
quadrado, não é tempo para brigas, discussões acaloradas, ofensas,
é algo novo para nós, é tempo de reflexão do que estamos passando
e do que vamos passar, temos que nos preparar para o pós-pandemia,
para quem sabe um novo mundo.
Como
não sou jornalista, como este artigo não é de teor científico não
trarei dados aqui, este não é o meu objetivo, e sim trazer uma
opinião clara e transparente.
É
notável a falta de preparo das autoridades brasileiras diante desta
situação que não somente assola o Brasil, mas o mundo. São
errôneas as comparações da situação do Brasil com demais países
da Europa, uma porque o Brasil é enorme, em sua extensão
territorial, duas o Brasil é um país de terceiro mundo, três a
luta ou combate ao vírus aparenta estar em segundo plano, e o que
vemos através dos meios de comunicação, é uma briga interna, uma
briga governamental, uma ausência de diálogo entre os poderes
Federal, Estadual e Municipal, que infelizmente inviabiliza ainda
mais o combate ao Covid-19.
Eu
não quero aqui, como grande parte da mídia vem fazendo, o
sensacionalismo sobre algo tão sério que afeta a todos nós, dizer
que não dependemos ou não respiramos política seria ingenuidade de
minha parte, mas vejo que neste momento, não é o que precisamos,
precisamos na verdade de ações públicas que nos tragam resultados
positivos, precisamos ter uma estabilidade para que possamos seguir
um rumo mais claro do que estamos passando e vamos deixar essa troca
de farpas de nossos governantes que em nada nos acrescenta, ofensas
de quem deveria nos dar o exemplo de como nos comportar diante desta
situação, pois como é de conhecimento a autoridade maior de uma
nação é seu Presidente da República.
A
meu ver que fique muito claro esse embate político neste momento não
vem a somar, a cada vida perdida, é uma família destruída, que nem
se quer pode dar um enterro digno ao seu ente querido, lamentável o
ponto do qual chegamos. Onde o Vírus foi colocado em segundo plano e
foi dada ênfase a Política, a brigas a lavação de roupa suja,
troca- troca de ministros palacianos, que só trás mais
instabilidade ao país e a população em geral, gera um desconforto
internacional, gera uma insegurança total na credibilidade do
Brasil, perante outras nações e seus parceiros comerciais.
É
claro que em meio a tudo isso ainda teremos que lidar com a situação
econômica do país, não podemos deixar de lado este fator, o país
já vinha de uma crise em sua economia, mas o Brasil é rico, porém
toda via muito mal administrado, como já citei anteriormente em
outro artigo a economia se recupera, pode se levar alguns anos sim,
porém as vidas ceifadas não, a dor de quem teve um dos seus como
vítima isso é irreparável.
Enquanto
não tiver entendimento do governo, e o senhor Presidente, achar que
somente sua opinião é correta, o dano vai ser muito grande, porque
na política, ou seja, no trato público a coisa é bem complexa, e
ele deveria saber, pois está lá a muitos e muitos anos.
Chegamos
à conclusão de que o povo é somente levado em conta no período
eleitoral, ou seja, na hora do voto. Somos números que somados temos
a decisão que para muitos é relevante e para outros não tem
sentindo algum é apenas olhar uma foto, digitar um uns números e
apertar uma tecla de cor verde, confirmando nossa decisão.
O
sentimento de revolta diante disso tudo é claro, pois somos usados
por quem na constituição do país tem o dever de nos amparar de nos
proteger de nos dar a garantia da vida, a união o estado e as
prefeituras perderam em meio à história recente do Brasil suas
funções, estão preocupados somente com seus cargos, seus postos,
cegos por suas ambições humanas.
Não
quero aqui, causar pânico na cabeça dos leitores, do povo
brasileiro, causar conflitos apenas buscar uma forma clara de
elucidar o que estamos passando, ou seja, a maior crise dos tempos
atuais, que não se limita somente ao Brasil e sim ao mundo todo.
Não
sou a favor Impeachment de ninguém, vejo isso como uma forma de
retrocesso a qualquer nação, vamos nos ater ao que importa neste
momento, que é combater este vírus que dizima vidas.
O
Brasil vem causando um mal a si mesmo, até quando?
Caros
leitores, não posso me alongar mais do que já fui, deixo aqui
minhas condolências a quem neste exato momento sofre a dor da
perda.”
J.J. Abdala, é articulista deste jornal on-line e escreve aos domingos. Reside no Paraguay. É graduado em Direito, ex-diplomata e Licenciado em comércio internacional e Ciências Políticas na Universidade Católica Nuestra Señora de La Asuncion.
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