domingo, 17 de maio de 2020

"Celeiro político"


Por J.J. Abdala – articulista de todos os domingos


No artigo da semana passada consegui deixar de lado este assunto, porém para está semana referente aos fatos ocorridos fica muito difícil ignorar tais acontecimentos, como sempre reafirmo em meus artigos, não é ser ou não oposição de um governo, também não sou especialista neste assunto, não trago dados, estatísticas muitas menos números, pois me solidarizo com aqueles que partiram vítimas deste cruel vírus e com seus familiares e amigos.
 Penso eu que neste momento tão difícil para o mundo todo, não é um tempo de guerra, é tempo de união mesmo que cada um no seu quadrado, não é tempo para brigas, discussões acaloradas, ofensas, é algo novo para nós, é tempo de reflexão do que estamos passando e do que vamos passar, temos que nos preparar para o pós-pandemia, para quem sabe um novo mundo.
Como não sou jornalista, como este artigo não é de teor científico não trarei dados aqui, este não é o meu objetivo, e sim trazer uma opinião clara e transparente. 

É notável a falta de preparo das autoridades brasileiras diante desta situação que não somente assola o Brasil, mas o mundo. São errôneas as comparações da situação do Brasil com demais países da Europa, uma porque o Brasil é enorme, em sua extensão territorial, duas o Brasil é um país de terceiro mundo, três a luta ou combate ao vírus aparenta estar em segundo plano, e o que vemos através dos meios de comunicação, é uma briga interna, uma briga governamental, uma ausência de diálogo entre os poderes Federal, Estadual e Municipal, que infelizmente inviabiliza ainda mais o combate ao Covid-19.
Eu não quero aqui, como grande parte da mídia vem fazendo, o sensacionalismo sobre algo tão sério que afeta a todos nós, dizer que não dependemos ou não respiramos política seria ingenuidade de minha parte, mas vejo que neste momento, não é o que precisamos, precisamos na verdade de ações públicas que nos tragam resultados positivos, precisamos ter uma estabilidade para que possamos seguir um rumo mais claro do que estamos passando e vamos deixar essa troca de farpas de nossos governantes que em nada nos acrescenta, ofensas de quem deveria nos dar o exemplo de como nos comportar diante desta situação, pois como é de conhecimento a autoridade maior de uma nação é seu Presidente da República.

A meu ver que fique muito claro esse embate político neste momento não vem a somar, a cada vida perdida, é uma família destruída, que nem se quer pode dar um enterro digno ao seu ente querido, lamentável o ponto do qual chegamos. Onde o Vírus foi colocado em segundo plano e foi dada ênfase a Política, a brigas a lavação de roupa suja, troca- troca de ministros palacianos, que só trás mais instabilidade ao país e a população em geral, gera um desconforto internacional, gera uma insegurança total na credibilidade do Brasil, perante outras nações e seus parceiros comerciais. 
É claro que em meio a tudo isso ainda teremos que lidar com a situação econômica do país, não podemos deixar de lado este fator, o país já vinha de uma crise em sua economia, mas o Brasil é rico, porém toda via muito mal administrado, como já citei anteriormente em outro artigo a economia se recupera, pode se levar alguns anos sim, porém as vidas ceifadas não, a dor de quem teve um dos seus como vítima isso é irreparável.
Enquanto não tiver entendimento do governo, e o senhor Presidente, achar que somente sua opinião é correta, o dano vai ser muito grande, porque na política, ou seja, no trato público a coisa é bem complexa, e ele deveria saber, pois está lá a muitos e muitos anos.

Chegamos à conclusão de que o povo é somente levado em conta no período eleitoral, ou seja, na hora do voto. Somos números que somados temos a decisão que para muitos é relevante e para outros não tem sentindo algum é apenas olhar uma foto, digitar um uns números e apertar uma tecla de cor verde, confirmando nossa decisão.  
O sentimento de revolta diante disso tudo é claro, pois somos usados por quem na constituição do país tem o dever de nos amparar de nos proteger de nos dar a garantia da vida, a união o estado e as prefeituras perderam em meio à história recente do Brasil suas funções, estão preocupados somente com seus cargos, seus postos, cegos por suas ambições humanas. 

Não quero aqui, causar pânico na cabeça dos leitores, do povo brasileiro, causar conflitos apenas buscar uma forma clara de elucidar o que estamos passando, ou seja, a maior crise dos tempos atuais, que não se limita somente ao Brasil e sim ao mundo todo.
Não sou a favor Impeachment de ninguém, vejo isso como uma forma de retrocesso a qualquer nação, vamos nos ater ao que importa neste momento, que é combater este vírus que dizima vidas. 
O Brasil vem causando um mal a si mesmo, até quando?  
Caros leitores, não posso me alongar mais do que já fui, deixo aqui minhas condolências a quem neste exato momento sofre a dor da perda.”

J.J. Abdala, é articulista deste jornal on-line e escreve aos domingos. Reside no Paraguay. É graduado em Direito, ex-diplomata e Licenciado em comércio internacional e Ciências Políticas na Universidade Católica Nuestra Señora de La Asuncion.
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