Por J.J. Abdala - Articulista aos domingos
“O
querido Paraguai, país de pouco mais de 7 milhões de habitantes, de
diferentes nacionalidades, foi o primeiro país da América do Sul, a
fechar suas fronteiras para assim tentar barrar ou até mesmo inibir
a propagação da Covid-19 em seu território.
As
políticas de governo adotadas no Paraguai por ordem presidencial são
bem diferentes das adotadas em seu vizinho o Brasil, apesar de ter
mais de 700 km de fronteira com o Brasil, o Paraguai está
completamente isolado dos demais países.
Uma
postura rígida por parte do seu chefe maior, ou seja, o Presidente
da República, em tomar medidas que por muitos são até vistas como
abusivas e autoritárias, tem ajudado em muito na elucidação e em
conter o vírus, a maior dificuldade do país e sua maior preocupação
são suas fronteiras, porém a população do país tem colaborado em
grande parte. Estão tendo o discernimento apesar de suas privações
impostas pelo governo.
O
Paraguai é um país pobre, com poucos recursos financeiros, mas que
está dando um exemplo de como combater este vírus que hoje é um
problema mundial, e assola rompendo fronteiras.
Uma
equipe foi formada junto ao gabinete presidencial com o gabinete do
ministério da saúde que vem adotando as medidas cabíveis e
oportunas para enfrentar e tentar frear a propagação do vírus no
país.
Com
fronteiras fechadas há praticamente 60 dias, barreiras sanitárias
em pontos exatos de grande circulação, com o apoio da população
em geral, algo que é muito difícil neste momento, levando em conta
que o Paraguai é uma referência mundial como roteiro de turismo de
compras, tendo cidades conhecidas e que fazem fronteiras com o
Brasil, é uma missão bem ousada por parte de suas autoridades, que
vem trabalhando em conjunto com a sociedade civil, tomando medidas
cautelares como fechamento total do comércio local, portos e
aeroportos fechados, a famosa ponte da Amizade, hoje vista como
praticamente a ponte da Discórdia entre Brasil e Paraguai, já que
seus governantes pensam de formas totalmente contrárias, enquanto o
Paraguai mantém suas fronteiras fechadas, seus comércios fechados,
um rígido toque de recolher, seu vizinho o Brasil segue uma linha
contrária.
Como
costumo dizer em meus artigos aqui publicados, não gosto de dar
números e estatísticas, pois não é o meu objetivo, isso não é
um artigo científico e sim uma posição pessoal e uma opinião
própria da atual realidade da qual nos encontramos, ou melhor, nos
deparamos.
Uma
pandemia que não imaginávamos não tinha ideia do estrago e de sua
velocidade de contágio, algo invisível que paira pelo ar, o
paradigma da doença em si é controverso.
Talvez
tenhamos até mesmo ignorado sua dimensão, sua chegada aos trópicos
dado um sentido Pífio ao vírus que não rogado faz vítimas sem
escolher classe social, raça ou cor, e está sendo letal para
muitos.
“Nas
palavras do senhor Presidente do Paraguai, Mário Abdo Benítez na
Assembleia Geral da OMS na última semana, ele deixa muito claro,
alguns pontos,” Que nenhuma decisão teria efeitos sem o respaldo e
a colaboração de todo o povo paraguaio, que vem agindo de forma
madura e disciplinada’’.
“Acrescentou
ainda que não pensa na reabertura das suas fronteiras, muito menos
das escolas e universidades, e fez uma comparação” Este vírus
nos iguala, e nos ensinou que entre todos está à solução e que a
solidariedade despreza ao individualismo’’.
Assim
com esta mensagem do senhor Mandatário do Paraguai me despeço e
rogo a todos a coerência de decisões assertivas no combate ao nosso
maior inimigo no momento.”
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J.J. Abdala, é articulista deste jornal on-line e escreve aos domingos. Reside no Paraguay. É graduado em Direito, ex-diplomata e Licenciado em comércio internacional e Ciências Políticas na Universidade Católica Nuestra Señora de La Asuncion.
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