domingo, 31 de maio de 2020

PM reprime manifestação de torcedores em SP



Por Redação - VEJA.com - domingo, 31 de maio de 2020

O governo Jair Bolsonaro foi alvo neste domingo, 31, de manifestações de apoio e de protesto. Em Brasília, como tem ocorrido com frequência nos últimos domingos, centenas de pessoas, a maioria vestida de verde e amarelo, fizeram ato a favor do presidente. Em São Paulo, houve um protesto liderado principalmente por torcidas organizadas de times de futebol contra Bolsonaro, que terminou em confronto com a Polícia Militar. No Rio de Janeiro, houve manifestações contra e a favor simultaneamente e no mesmo local, em Copacabana.

Em São Paulo, centenas de manifestantes – a maioria ligada à torcidas organizadas do Corinthians – fizeram um ato na Avenida Paulista, vestidos de pretos, com gritos pela democracia e contra a ditadura e o fascismo. O Corinthians tem uma ligação história com a democracia, em razão do movimento liderado na década de 1980 por jogadores como Sócrates e Casagrande durante a ditadura militar e que foi lembrado no ato.

Fonte: globonews
Ao contrário de outras manifestações realizadas recentemente na avenida, houve confusão com a Polícia Miitar, que jogou bombas de gás e de efeito moral contra os participantes do ato no ponto próximo ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). Os manifestantes responderam atirando pedras, paus, latas e garrafas, além de colocar fogo em objetos – uma caçamba de lixo foi usada para bloquear a via. Ao menos três pessoas foram detidas.

Os participantes do ato, além de pedir democracia e rechaçar a ditadura e o fascismo, defendiam o impeachment de Bolsonaro. Na mesma avenida, havia um grupo menor, de manifestantes a favor de Bolsonaro. A PM, antes da confusão, estava colocada de forma a separar os dois grupos.

Segundo o secretário-executivo da PM paulista, coronel Álvaro Camilo, os policiais estavam posicionados para separar os dois grupos quando os manifestantes contra Bolsonaro começaram a jogar objetos em direção aos soldados. “Infelizmente, é necessário nesses momentos o uso de armamento não letal”, disse. Ele afirmou que o governo de São Paulo é a favor da democracia e da realização dos protestos, mas que foram os manifestantes quem iniciaram os ataques.

Copacabana
No Rio de Janeiro, de manhã, grupos pró e contra Bolsonaro ficaram frente a frente na praia de Copacabana. Os manifestantes bolsonaristas criticavam o STF e o Congresso e pediam o impeachment do governador Wilson Witzel (PSC), desafeto de Bolsonaro.


O grupo de oposição a Bolsonaro se apresentava como antifascista – assim como os manifestantes de São Paulo – , denominação que repete algo que já havia ocorrido em Porto Alegre, há duas semanas, quando militantes enfrentaram uma manifestação bolsonarista também vestidos de preto e com bandeiras e palavras de ordem contra o fascismo. Membros da torcida organizada Fla Antifa, do Flamengo, participaram das manifestações.

Belo Horizonte
A capital mineira também registrou manifestações a favor e contra o governo. Membros de torcidas organizadas antifascistas de Atlético Mineiro, Cruzeiro e América Mineiro se uniram em atos contra Bolsonaro, na Praça da Bandeira, onde também se reuniam apoiadores do presidente. A Polícia Militar separou os grupos. 

Cavalgada
Em Brasília, o presidente, mais uma vez, participou do ato, sem máscara – em meio à pandemia do coronavírus – e cumprimentou manifestantes com acenos e apertos de mão. Antes, sobrevoou o local de helicóptero do governo, como já havia feito no domingo anterior. Depois, pediu para montar um cavalo da Polícia Militar que fazia a segurança do evento e cavalgou por um trecho, ovacionado pelos manifestantes.


O presidente Jair Bolsonaro cavalga durante manifestação a seu favor em Brasília Joédson Alves/EFE


Como em outros atos desse tipo na capital federal, as principais faixas traziam críticas ao Supremo Tribunal Federal, que conduz um inquérito sobre fake news que chegou a vários políticos, ativistas e empresários ligados ao bolsonarismo. Também havia ataques ao Congresso e pedidos de intervenção militar."

Fonte: Veja







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