A jornalista filipina Maria Ressa e o jornalista russo Dmitry Muratov - Niklas Elmehed /Nobel Prize Outreach/Divulgação |
"A liberdade de expressão de qualquer indivíduo é assegurada desde 1948 pela Declaração Universal dos Direitos Humanos. Mesmo assim, às vezes são necessários alguns esforços extraordinários para mantê-la."
"A jornalista filipina Maria Ressa e o jornalista russo Dmitry Muratov venceram o Nobel da Paz 2021. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (8/10) pela Academia Sueca, em Estocolmo.
O prêmio foi concedido “pelos esforços de salvaguarda da liberdade de expressão, pré-condição para a democracia e paz duradouras”.
O Observatório de Liberdade de Imprensa da OAB manifestou sua satisfação com a escolha dos jornalistas para o prêmio.
Segundo o grupo, o reconhecimento da relevância da liberdade de expressão para a paz mundial é um alerta para todos aqueles que militam pela sua supressão, em especial governantes que insistem em ameaçar e vilipendiar a honra de jornalistas e profissionais de comunicação.
Os dois jornalistas ajudaram a fundar veículos de comunicação independentes em seus países e vão dividir o prêmio de 10 milhões de coroas suecas.
Muratov é editor-chefe do jornal investigativo russo Novaya Gazeta, que desafiou o Kremlin sob comando do presidente russo, Vladimir Putin, com investigações sobre irregularidades e corrupção e cobriu intensamente o conflito na Ucrânia. O jornal já teve seis jornalistas assassinados.
Maria Ressa é cofundadora e diretora-executiva da Rappler, uma empresa de mídia digital de jornalismo investigativo nas Filipinas, que denuncia o abuso de poder, o uso da violência e o crescente autoritarismo em seu país.
“São representantes de todos os jornalistas que defendem este ideal em um mundo em que a democracia e a liberdade de imprensa enfrentam condições cada vez mais adversas”, disse a presidente Berit Reiss-Andersen do Comitê norueguês do Nobel em uma entrevista coletiva.
Ela ainda destacou que o jornalismo livre, independente e baseado em fatos serve para proteger contra o abuso de poder, mentiras e propaganda de guerra.
Jornalistas não recebiam o prêmio desde de 1953, quando o alemão Carl von Ossietzky ganhou por revelar o programa secreto de rearmamento de seu país no pós-guerra."
Fonte: Revista Consultor Jurídico
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