No histórico referendo, que contou com participação de quase 85% dos eleitores, os escoceses rejeitaram a opção pela independência por uma margem maior do que a prevista, com 55,3% a favor do "não" e 44,7% dos votos para a separação do Reino Unido.
O impacto econômico do resultado pôde ser notado desde o início da votação, já que a Bolsa subiu 0,5% na abertura e seu índice geral FTSE-100 estava em 6.853,13 pontos. Já depois do meio-dia, a cotação estava em alta de 0,58%, aos 6.859,14 pontos.
A libra esterlina se recuperou após ter atingido seu nível mais baixo em quase 12 meses na semana anterior, quando caiu até 1% e, após o resultado, estava cotada a US$ 1,65, enquanto avançava 0,39% em relação ao euro (até 1,28 euro).
A
vitória de 10 pontos em prol da união foi recebida com grande
alívio pelos líderes empresariais britânicos e pelo setor
bancário, convencidos de que essa é a alternativa mais benéfica
para a economia nacional.
"O
mundo empresarial sempre achou que a união é a melhor opção para
a criação de emprego, o crescimento econômico e a melhora dos
padrões de vida", disse nesta sexta o diretor-geral da
Confederação da Indústria Britânica (CBI, sigla em inglês), John
Cridland.
Agora
o debate segue rumo à devolução de poderes de Westminster para o
parlamento escocês, como prometeu o primeiro-ministro do Reino
Unido, David Cameron.
O
líder da chamada "Associação de Governos Locais", David
Sparks, que representa as prefeituras da Inglaterra e de Gales,
observou que apesar dos escoceses terem rejeitado a cisão,
"claramente disseram um 'sim' enfático em favor de uma maior
liberdade financeira e de uma maior tomada de decisões".
No
mundo dos negócios, o setor bancário também já havia manifestado
temor diante da possibilidade de independência da Escócia durante a
reta final da campanha para o referendo.
Antes
da votação, vários bancos sediados em Edimburgo lançaram uma
contundente mensagem aos escoceses. O comunicado alertava a população
que a separação poderia provocar uma mudança de suas sedes para a
Inglaterra, no caso de grupos como o Royal Bank of Scotland (RBS) e o
Lloyds Bank.
No
entanto, com o predomínio do "não" depois da contagem de
votos, o RBS declarou que "os planos de contingência não são
mais necessários".
"Após
o resultado, seguimos habitualmente com os negócios para todos os
nossos clientes do Reino Unido", tranquilizou a entidade, cujas
ações subiam na primeira hora, impulsionadas pelo triunfo do "não".
A
preocupação diante do resultado também mobilizou grandes
companhias, como a empresa de seguros Standard Life, que ameaçou uma
mudança se a Escócia optasse pela independência, mas confirmou que
não irá transferir os negócios da região após a contagem dos
votos.
O resultado do referendo provocou a valorização dos títulos de outros bancos e empresas com conexões na Escócia, como o Lloyds Banking Group - proprietário do Bank of Scotland -, que garantiu nesta sexta que "continuará comprometido com sua sólida presença na Escócia". EFE
O resultado do referendo provocou a valorização dos títulos de outros bancos e empresas com conexões na Escócia, como o Lloyds Banking Group - proprietário do Bank of Scotland -, que garantiu nesta sexta que "continuará comprometido com sua sólida presença na Escócia". EFE
Fonte: Yahoo
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