Levantamento do Ibope mostra aumento de pessoas que têm automóvel. Paulistano gasta, em média, 2h46 por dia no trânsito.
Pesquisa realizada pelo Ibope a pedido da Rede Nossa São Paulo divulgada nesta quinta-feira (18) mostra que aumentou de 86% em 2013 para 88% em 2014 o percentual de paulistanos a favor da construção e ampliação de ciclovias na cidade. A decisão do prefeito Fernando Haddad de construir 400 km de vias tem causado polêmica.
A pesquisa Ibope ouviu 700 pessoas entre dos dias 29 de agosto e 3 de setembro. A margem de erro é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos. Os resultados foram comparados com pesquisa semelhante realizada no ano passado.
De acordo com o levantamento, houve um aumento em dez pontos percentuais no número de pessoas com automóvel em casa, de 52% para 62%. Também subiu de 27% para 38% os que utilizam todos os dias e quase todos os dias.
Bicicletas
Os entrevistados mencionaram “construção de ciclovias” (26%) e “mais segurança” (26%) como principais fatores para a utilização de bicicletas como meio de transporte. Na opinião de 80%, ciclistas e motociclistas são “muito pouco” ou “pouco respeitados.
Os entrevistados mencionaram “construção de ciclovias” (26%) e “mais segurança” (26%) como principais fatores para a utilização de bicicletas como meio de transporte. Na opinião de 80%, ciclistas e motociclistas são “muito pouco” ou “pouco respeitados.
O levantamento aponta que embora tenha caído de 93% para 90%, dentro da margem de erro, os favoráveis à “ampliação das faixas exclusivas para ônibus” ainda constituem extensa maioria.
Para 64%, os governos devem dar mais atenção aos transportes públicos. Construção ou ampliação de linhas do metrô ou trem são apontadas por 58% como medida mais urgente para a melhoria da mobilidade urbana. O item seguinte mais apontado é a ampliação de corredores de ônibus, indicado por 37%.
Para 70% dos entrevistados o trânsito na cidade de São Paulo é “ruim” ou “péssimo”, índice que, segundo a Rede Nossa São Paulo, vem se mantendo no mesmo patamar desde a primeira edição da pesquisa, em 2008.
O tempo total gasto pelo paulistano no trânsito, incluindo todos os deslocamentos, atingiu em 2014 o patamar de 2h46. Em 2013, a média era de 2h15. Em 2011, a média chegou a 2h49.
Segundo o levantamento, 71% dos entrevistados deixariam de usar o carro caso houvesse uma boa alternativa de transporte.
O aspecto mais atrairia pessoas que nunca andaram de ônibus é a diminuição do tempo de espera pela condução, seguida de mais linhas de ônibus que cubram percursos que não cobrem atualmente. O item mais crítico continua sendo a lotação dos ônibus.
A pesquisa aponta que subiu de 41% para 52% o número de paulistanos que consideram que as faixas de pedestres são menos respeitadas.
Futuro
O apoio ao rodízio municipal de veículos em dois dias também ganhou mais adeptos. Subiu de 36% para 43% os que são favoráveis à medida. Atualmente o rodízio na cidade de São Paulo estipula um dia da semana em que o veículo com determinado final de placa não pode circular no chamado minianel viário, no período entre as 7h e as 10h e das 17h às 20h.
O apoio ao rodízio municipal de veículos em dois dias também ganhou mais adeptos. Subiu de 36% para 43% os que são favoráveis à medida. Atualmente o rodízio na cidade de São Paulo estipula um dia da semana em que o veículo com determinado final de placa não pode circular no chamado minianel viário, no período entre as 7h e as 10h e das 17h às 20h.
Parcela significativa dos entrevistados (41%) é favorável à implementação do passe livre para todos os usuários do transporte público em São Paulo. Em 2013, após as manifestações de junho que estimularam o tema, esse índice era de 46%.
Crise hídrica
Saúde continua sendo o maior problema na cidade, segundo a pesquisa. Em tempos de crise hídrica, o tópico 'abastecimento de água', que ocupava o 18º lugar entre os principais problemas de São Paulo passou a ocupar a sexta colocação.
Crise hídrica
Saúde continua sendo o maior problema na cidade, segundo a pesquisa. Em tempos de crise hídrica, o tópico 'abastecimento de água', que ocupava o 18º lugar entre os principais problemas de São Paulo passou a ocupar a sexta colocação.
Também passou de 11% para 18% os que consideram a “poluição da água” como tipo de poluição mais grave na cidade.
“Poluição do ar” continua como sendo a mais grave para 94% dos entrevistados. Subiu de 8% para 21% os que consideram a “falta de chuvas” como responsável pela poluição do ar.
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Fonte: G1 São Paulo
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