Fonte: governo de Estado de São Paulo
Por Por Clara
Cerioni
“O
governador de São
Paulo, João
Doria (PSDB),
anunciou nesta sexta-feira, 8, a prorrogação da quarentena até
31 de maio, sem flexibilização, em todos os 645
municípios do estado.
As medidas de isolamento teriam validade até este domingo, 10.
A
previsão do governo era a de iniciar um processo de retomada das
atividades a partir da próxima segunda-feira, 11, mas o plano
precisou ser revisto por conta da expansão no número de casos
confirmados e mortes em decorrência do novo coronavírus.
Desde
o anúncio do plano, há vinte dias, os casos confirmados da doença
mais que dobraram, saindo de 15.901 para 41.830. Já as mortes quase
triplicaram, saltando de 1.134 para 3.416 no mesmo período.
O
avanço do novo coronavírus no interior e litoral preocupa as
autoridades. As cidades tiveram um alta de 3.000% nos índices da
doença em abril. Atualmente a cada três dias, 38 novos municípios
do interior paulista têm casos da doença pela primeira vez. Já são
371 cidades com ao menos um registro da covid-19.
“Gostaria
de dar hoje um recado diferente, mas o cenário é desolador. Teremos
que ampliar a quarentena até 31 de maio”, disse o governador em
entrevista coletiva. “Estamos
todos atravessando o pior momento dessa pandemia. Só não percebe
aqueles que estão cegos pelo ódio ou pela ambição pessoal”.
Questionado
se há algum protocolo de lockdown,
o bloqueio das atividades, Doria afirmou que, por enquanto, não há,
mas a medida “não esta descartada”.
Segundo
o secretário de Saúde, José Henrique Germann, as baixas taxas de
isolamento registradas nos últimos dias, que estão em média
constante de 47%, provavelmente causaram a expansão da doença no
estado e a necessidade de prorrogar as medidas de distanciamento.
“A
prorrogação da quarentena deve estar acompanhada da nossa taxa de
isolamento, que deve estar entre 55% e 60%”, disse Germann.
Reabertura da economia
A
economista Ana Carla Abraão, coordenadora do “Plano
São Paulo“,
disse que a equipe econômica do governo está pronta para para
colocar o plano de reabertura gradual da economia paulista em vigor,
mas isso só será feito “no momento em que os indicadores de saúde
determinarem que é o momento seguro”.
Em
princípio, será necessário que haja uma redução sustentada do
número de casos por 14 dias e taxa de ocupação de UTI no estado
menor que 60%. Atualmente, esse índice é de 89%.
O
plano será feito em fases e os setores serão priorizados de acordo
com a vulnerabilidade econômica e empregatícia. Os protocolos foram
construídos após conversas com mais de 150 entidades e 250
empresas.
Doria
anunciou também a criação de um conselho municipalista, com 16
prefeitos. O objetivo é ampliar o diálogo e a pactuação das ações
entre estado e municípios.”
Fonte:
Exame
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