A
TRAGÉDIA BOLSONARO
"Público,
Portugal | Bolsonaro nomeia subordinado de Alexandre Ramagem
para comandar Polícia Federal. Divergências sobre a chefia da PF
levaram à saída de Moro do Governo. A primeira escolha de Bolsonaro
era Alexandre Ramagem, mas STF bloqueou-a. Ramagem é amigo íntimo
do Presidente e do seu filho Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de
Janeiro. A chefia da PF tornou-se nas últimas semanas num dos temas
mais polémicos no debate político no Brasil. Foi a insistência de
Bolsonaro em nomear alguém da sua confiança para comandar a polícia
nacional que levou o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, a
demitir-se do Governo, criando a cisão mais profunda na base de
apoio do Presidente. | bit.ly/2A1IsiN
Página
12, Argentina | Bolsonaro nomeou o comissário Rolando de Souza
como o novo chefe de polícia. Justiça vetara anteriormente o amigo
do presidente Alexandre Ramagem. De Souza atuou como secretário de
Planejamento e Gestão da Agência Brasileira de Inteligência e é o
braço direito de Ramagem, segundo a mídia
local. | bit.ly/2WrsTIQ
Esquerda.net,
Portugal | Novo chefe da polícia afasta responsável por
investigações à família Bolsonaro. Rolando Alexandre de Souza
demorou dez minutos entre ser nomeado diretor da Polícia Federal e
tomar posse e apenas mais vinte para fazer o que dele se esperava.
Depois da cerimónia reservada que aconteceu esta segunda-feira no
Palácio do Planalto, tratou imediatamente de mudar a
superintendência da polícia no Rio de Janeiro, que tem sob sua
alçada casos sensíveis como investigações a milicianos, aliados
políticos e filhos do presidente brasileiro. O ex-candidato
presidencial Guilherme Boulos considerou "inacreditável” a
decisão de trocar o chefe da Polícia Federal no Rio de Janeiro “que
investigava milicianos e o assassinato de Marielle”, mas também o
"gabinete do ódio" montado por Carlos
Bolsonaro. | bit.ly/2WtIDef
Sputnik
News, Rússia | Analista: 'soldado' Bolsonaro usa táticas de
guerra e vislumbra estado de sítio. Um dia após Jair Bolsonaro
participar de um novo ato em que manifestantes pediam intervenção
militar, especialistas ouvidos pela Sputnik Brasil avaliaram a
postura do presidente e as consequências da intensificação da
crise política para o país. | bit.ly/2yu4YAp
The
New York Times, EUA | O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro,
disse que ele testou duas vezes negativo para o coronavírus, mas
muitos, incluindo um juiz federal, estão exigindo que ele
compartilhe os resultados reais. Ainda assim, o líder recusou. O
impasse surreal é o ponto mais recente de uma batalha mais ampla
entre um presidente que testou repetidamente os limites de seu poder
e instituições democráticas. Há preocupações de que, ao
empurrar Bolsonaro, isso possa desencadear uma crise
constitucional. | nyti.ms/2Yz98Bw
The
New York Times, EUA | Ministério da Defesa do Brasil diz estar
comprometido com a democracia e rejeita protestos pró-golpe. O
Ministério da Defesa do Brasil divulgou uma declaração
relativamente rara na segunda-feira, dizendo que as forças armadas
são dedicadas à sua missão constitucional e à democracia e que a
violência contra membros da imprensa não é aceitável. No domingo,
o presidente Jair Bolsonaro encabeçou uma manifestação em que
centenas de apoiadores pediram um golpe militar. Pelo menos três
membros da imprensa foram atacados por
manifestantes. | nyti.ms/3b84b5i
La
Vanguardia, Espanha | O líder da extrema-direita brasileira
afirmou perante um grupo de seguidores nos portões do Palácio da
Alvorada, sua residência oficial em Brasília, que o ataque a
jornalistas durante o protesto é resultado de "infiltrados"
e "loucos" e apoiou os responsáveis ser "punido”.
Apesar de afirmar que não sabia o que aconteceu, o governante
aparece em um vídeo publicado em suas redes sociais perguntando o
que estava acontecendo entre os manifestantes, ao qual um conselheiro
responde: "Eles estão expulsando jornalistas". A
Associação Brasileira de Jornalistas Investigativos condenou o
ataque e afirmou que foi "o resultado da posição de
Bolsonaro", que ontem participou pela segunda vez em menos de um
mês de um ato contra os poderes legislativo e
judicial. | bit.ly/3cbftHq
La
Vanguardia, Espanha | Bolsonaro move peça em seu complexo
xadrez político e jurídico com Moro. O presidente brasileiro Jair
Bolsonaro nomeou um novo diretor da Polícia Federal na
segunda-feira, o órgão responsável por investigações que podem
ameaçar sua posição e que estão sob acusações de seu
ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro. O novo chefe da Polícia Federal
será o comissário Rolando De Souza, que substitui Mauricio Valeixo,
demitido por Bolsonaro em uma decisão que não foi muito bem
explicada e que precipitou a renúncia de Moro, que por sua vez
acusou o presidente de tentar "interferir politicamente"
"nesse órgão investigativo autônomo. | bit.ly/35Aju5W
La
Diária, Uruguai | "As forças armadas estarão sempre do
lado da democracia e da liberdade", afirmou o ministro da Defesa
do Brasil. A frase se refere às declarações de Bolsonaro, nas
quais ele ocultou um golpe de estado ameaçado. Por meio de
comunicado divulgado nesta segunda-feira, o ministro da Defesa do
Brasil, general Fernando Azevedo e Silva, afirmou que "as Forças
Armadas cumprem sua missão constitucional. A Marinha, o Exército e
a Força Aérea são agências estatais, que consideram independência
e harmonia entre os poderes essenciais para a governabilidade do país
”. | bit.ly/2W2Pz30
Financial
Times, Inglaterra | Líderes empresariais do Brasil se preocupam
com Bolsonaro. Níveis de confiança caem à medida que crescentes
crises políticas se acrescentam aos danos econômicos do
coronavírus. | on.ft.com/3fmawgX
La
Repubblica, Itália | Bolsonaro diz: "As medidas contra o
vírus são danosas". No país sul-americano ultrapassou 100 mil
casos. O presidente sai para a praça, sem luvas e máscara. A luta
de Bruno Covas, o prefeito da metrópole paulista, ao contrário,
pede aos cidadãos que fiquem em casa. A dissidência também está
crescendo. Muitos, muitos, quase 45% da população saem de casa,
quebram o bloqueio, confiam no acaso e retornam para fazer o que
sempre fizeram. Eles trabalham, procuram novos, se apressam em pegar
algo que faz com que eles e suas famílias comam. Um quarto da
população (210 milhões) são trabalhadores informais, que vivem na
estrada e na estrada. Existem 15 milhões de desempregados. O Brasil
acaba por ser o primeiro país da América Latina em termos de número
de Covid 19 infectados e vítimas. | bit.ly/2SErTQh
Tiempo
Argentino, Argentina | Bolsonaro, na frente de uma multidão,
prepara um contragolpe. O presidente brasileiro voltou a comparecer
diante de uma demonstração de apoio em Brasília pedindo
intervenção militar. Eles atacaram jornalistas que estavam cobrindo
o ato. A tensão cresce diante do descontentamento do presidente e da
rejeição das instituições políticas. O que as Forças Armadas
farão? | bit.ly/2SAlS75
The Statesman, Índia | bit.ly/2SFvwFH
El Clarín, Argentina | bit.ly/3c9Rhp0
La Jornada, México | bit.ly/3dpfbwZ
La Nación, Argentina | bit.ly/2SCqREA
OUTRAS NOTÍCIAS DO BRASIL
TRABALHO
DOMÉSTICO. "Pela vida de nossas mães": Covid-19 provoca
luta pelos direitos das empregadas domésticas no Brasil. Milhões de
trabalhadores domésticos foram instruídos a continuar trabalhando
ou demitidos sem remuneração. Agora suas famílias estão lutando
contra um sistema "estruturalmente racista". (The
Guardian, Inglaterra) | bit.ly/2WxKdMl
CORONAVÍRUS.
Covid-19: Manaus é o epicentro de uma crise que ameaça todo o
Brasil. As imagens de caixões em valas comuns percorreram o mundo. O
Amazonas é um dos estados mais afetados pela pandemia e agora
convive também com uma crise política. Para se ter noção da
dimensão da catástrofe que se abateu sobre o estado, hoje as
autoridades não referem o receio do colapso do sistema de saúde –
esse já aconteceu há quatro semanas. Hoje, fala-se, sobretudo, do
colapso do sistema funerário. (Público, Portugal)
| bit.ly/2A4Crlz
ÍNDIOS.
Povos indígenas brasileiros pedem fundo de emergência da OMS para
combater o coronavírus. Líderes indígenas no Brasil solicitaram na
segunda-feira à Organização Mundial de Saúde (OMS) um fundo de
emergência para ajudar a proteger suas comunidades da ameaça da
pandemia de coronavírus. Muitos dos 850.000 indígenas do Brasil
vivem em áreas remotas da Amazônia, com pouco acesso a cuidados de
saúde, e grupos indígenas dizem que o governo do presidente Jair
Bolsonaro não incluiu as comunidades nos planos nacionais de combate
ao vírus. (The New York Times, EUA) | nyti.ms/3c2cp0a
CRISTO
REDENTOR. O Cristo Redentor também usa uma máscara. O principal
símbolo turístico do Brasil usava uma máscara projetada no
domingo. (El País, Espanha) | bit.ly/3fgS6yd
MORO.
A influência do FBI na polícia foi aprofundada enquanto Moro era
ministro da Justiça no Brasil. Uma investigação revela que havia
agentes dos EUA em centros de inteligência e eles receberam dados
biométricos de cidadãos brasileiros. Uma longa investigação
realizada por vários meses pela Agência Pública Brasileira revelou
que, durante o tempo em que o ex-juiz Sérgio Moro atuou como
Ministro da Justiça e Segurança Pública, vários acordos foram
assinados com o FBI que aumentou a influência de agentes
estrangeiros na Polícia Federal brasileira e em outros departamentos
estaduais dedicados ao combate ao crime. (La Diária, Uruguai)
| bit.ly/3fm5pNQ
CORONAVÍRUS.
O coronavírus se alastra pelo Brasil, uma terra mal equipada para
combatê-lo. Casos e mortes passam a China no gigante da América do
Sul, com favelas densas, poucos testes e um líder que despreza o
vírus. O Covid-19, que concentrou sua fúria mais fortemente nos
países mais ricos, agora está martelando o Brasil. O Brasil acaba
de ultrapassar a China, a origem da pandemia, tanto em casos
confirmados, 105.222, quanto em mortes, 7.288, tornando-se o país
mais atingido no mundo em desenvolvimento. Ao contrário da China,
que controlou o vírus através de restrições severas, espera-se
que as coisas no maior país da América Latina piorem." (The
Wall Street Journal, EUA) | on.wsj.com/3fjRAiN
Fonte:
Carta Maior
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