quarta-feira, 6 de maio de 2020

Como é visto o "Brasil de Bolsonaro", no exterior




A TRAGÉDIA BOLSONARO

"Público, Portugal | Bolsonaro nomeia subordinado de Alexandre Ramagem para comandar Polícia Federal. Divergências sobre a chefia da PF levaram à saída de Moro do Governo. A primeira escolha de Bolsonaro era Alexandre Ramagem, mas STF bloqueou-a. Ramagem é amigo íntimo do Presidente e do seu filho Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro. A chefia da PF tornou-se nas últimas semanas num dos temas mais polémicos no debate político no Brasil. Foi a insistência de Bolsonaro em nomear alguém da sua confiança para comandar a polícia nacional que levou o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, a demitir-se do Governo, criando a cisão mais profunda na base de apoio do Presidente. bit.ly/2A1IsiN

Página 12, Argentina | Bolsonaro nomeou o comissário Rolando de Souza como o novo chefe de polícia. Justiça vetara anteriormente o amigo do presidente Alexandre Ramagem. De Souza atuou como secretário de Planejamento e Gestão da Agência Brasileira de Inteligência e é o braço direito de Ramagem, segundo a mídia local. bit.ly/2WrsTIQ

Esquerda.net, Portugal | Novo chefe da polícia afasta responsável por investigações à família Bolsonaro. Rolando Alexandre de Souza demorou dez minutos entre ser nomeado diretor da Polícia Federal e tomar posse e apenas mais vinte para fazer o que dele se esperava. Depois da cerimónia reservada que aconteceu esta segunda-feira no Palácio do Planalto, tratou imediatamente de mudar a superintendência da polícia no Rio de Janeiro, que tem sob sua alçada casos sensíveis como investigações a milicianos, aliados políticos e filhos do presidente brasileiro. O ex-candidato presidencial Guilherme Boulos considerou "inacreditável” a decisão de trocar o chefe da Polícia Federal no Rio de Janeiro “que investigava milicianos e o assassinato de Marielle”, mas também o "gabinete do ódio" montado por Carlos Bolsonaro. bit.ly/2WtIDef

Sputnik News, Rússia | Analista: 'soldado' Bolsonaro usa táticas de guerra e vislumbra estado de sítio. Um dia após Jair Bolsonaro participar de um novo ato em que manifestantes pediam intervenção militar, especialistas ouvidos pela Sputnik Brasil avaliaram a postura do presidente e as consequências da intensificação da crise política para o país. bit.ly/2yu4YAp

The New York Times, EUA | O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, disse que ele testou duas vezes negativo para o coronavírus, mas muitos, incluindo um juiz federal, estão exigindo que ele compartilhe os resultados reais. Ainda assim, o líder recusou. O impasse surreal é o ponto mais recente de uma batalha mais ampla entre um presidente que testou repetidamente os limites de seu poder e instituições democráticas. Há preocupações de que, ao empurrar Bolsonaro, isso possa desencadear uma crise constitucional. nyti.ms/2Yz98Bw

The New York Times, EUA | Ministério da Defesa do Brasil diz estar comprometido com a democracia e rejeita protestos pró-golpe. O Ministério da Defesa do Brasil divulgou uma declaração relativamente rara na segunda-feira, dizendo que as forças armadas são dedicadas à sua missão constitucional e à democracia e que a violência contra membros da imprensa não é aceitável. No domingo, o presidente Jair Bolsonaro encabeçou uma manifestação em que centenas de apoiadores pediram um golpe militar. Pelo menos três membros da imprensa foram atacados por manifestantes. nyti.ms/3b84b5i

La Vanguardia, Espanha | O líder da extrema-direita brasileira afirmou perante um grupo de seguidores nos portões do Palácio da Alvorada, sua residência oficial em Brasília, que o ataque a jornalistas durante o protesto é resultado de "infiltrados" e "loucos" e apoiou os responsáveis ser "punido”. Apesar de afirmar que não sabia o que aconteceu, o governante aparece em um vídeo publicado em suas redes sociais perguntando o que estava acontecendo entre os manifestantes, ao qual um conselheiro responde: "Eles estão expulsando jornalistas". A Associação Brasileira de Jornalistas Investigativos condenou o ataque e afirmou que foi "o resultado da posição de Bolsonaro", que ontem participou pela segunda vez em menos de um mês de um ato contra os poderes legislativo e judicial. bit.ly/3cbftHq

La Vanguardia, Espanha | Bolsonaro move peça em seu complexo xadrez político e jurídico com Moro. O presidente brasileiro Jair Bolsonaro nomeou um novo diretor da Polícia Federal na segunda-feira, o órgão responsável por investigações que podem ameaçar sua posição e que estão sob acusações de seu ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro. O novo chefe da Polícia Federal será o comissário Rolando De Souza, que substitui Mauricio Valeixo, demitido por Bolsonaro em uma decisão que não foi muito bem explicada e que precipitou a renúncia de Moro, que por sua vez acusou o presidente de tentar "interferir politicamente" "nesse órgão investigativo autônomo. bit.ly/35Aju5W

La Diária, Uruguai | "As forças armadas estarão sempre do lado da democracia e da liberdade", afirmou o ministro da Defesa do Brasil. A frase se refere às declarações de Bolsonaro, nas quais ele ocultou um golpe de estado ameaçado. Por meio de comunicado divulgado nesta segunda-feira, o ministro da Defesa do Brasil, general Fernando Azevedo e Silva, afirmou que "as Forças Armadas cumprem sua missão constitucional. A Marinha, o Exército e a Força Aérea são agências estatais, que consideram independência e harmonia entre os poderes essenciais para a governabilidade do país ”. bit.ly/2W2Pz30

Financial Times, Inglaterra | Líderes empresariais do Brasil se preocupam com Bolsonaro. Níveis de confiança caem à medida que crescentes crises políticas se acrescentam aos danos econômicos do coronavírus. on.ft.com/3fmawgX

La Repubblica, Itália | Bolsonaro diz: "As medidas contra o vírus são danosas". No país sul-americano ultrapassou 100 mil casos. O presidente sai para a praça, sem luvas e máscara. A luta de Bruno Covas, o prefeito da metrópole paulista, ao contrário, pede aos cidadãos que fiquem em casa. A dissidência também está crescendo. Muitos, muitos, quase 45% da população saem de casa, quebram o bloqueio, confiam no acaso e retornam para fazer o que sempre fizeram. Eles trabalham, procuram novos, se apressam em pegar algo que faz com que eles e suas famílias comam. Um quarto da população (210 milhões) são trabalhadores informais, que vivem na estrada e na estrada. Existem 15 milhões de desempregados. O Brasil acaba por ser o primeiro país da América Latina em termos de número de Covid 19 infectados e vítimas. bit.ly/2SErTQh

Tiempo Argentino, Argentina | Bolsonaro, na frente de uma multidão, prepara um contragolpe. O presidente brasileiro voltou a comparecer diante de uma demonstração de apoio em Brasília pedindo intervenção militar. Eles atacaram jornalistas que estavam cobrindo o ato. A tensão cresce diante do descontentamento do presidente e da rejeição das instituições políticas. O que as Forças Armadas farão? bit.ly/2SAlS75

The Statesman, Índia | bit.ly/2SFvwFH

El Clarín, Argentina | bit.ly/3c9Rhp0

La Jornada, México | bit.ly/3dpfbwZ

La Nación, Argentina | 
bit.ly/2SCqREA

OUTRAS NOTÍCIAS DO BRASIL

TRABALHO DOMÉSTICO. "Pela vida de nossas mães": Covid-19 provoca luta pelos direitos das empregadas domésticas no Brasil. Milhões de trabalhadores domésticos foram instruídos a continuar trabalhando ou demitidos sem remuneração. Agora suas famílias estão lutando contra um sistema "estruturalmente racista". (The Guardian, Inglaterra) | bit.ly/2WxKdMl

CORONAVÍRUS. Covid-19: Manaus é o epicentro de uma crise que ameaça todo o Brasil. As imagens de caixões em valas comuns percorreram o mundo. O Amazonas é um dos estados mais afetados pela pandemia e agora convive também com uma crise política. Para se ter noção da dimensão da catástrofe que se abateu sobre o estado, hoje as autoridades não referem o receio do colapso do sistema de saúde – esse já aconteceu há quatro semanas. Hoje, fala-se, sobretudo, do colapso do sistema funerário. (Público, Portugal) | bit.ly/2A4Crlz

ÍNDIOS. Povos indígenas brasileiros pedem fundo de emergência da OMS para combater o coronavírus. Líderes indígenas no Brasil solicitaram na segunda-feira à Organização Mundial de Saúde (OMS) um fundo de emergência para ajudar a proteger suas comunidades da ameaça da pandemia de coronavírus. Muitos dos 850.000 indígenas do Brasil vivem em áreas remotas da Amazônia, com pouco acesso a cuidados de saúde, e grupos indígenas dizem que o governo do presidente Jair Bolsonaro não incluiu as comunidades nos planos nacionais de combate ao vírus. (The New York Times, EUA) | nyti.ms/3c2cp0a

CRISTO REDENTOR. O Cristo Redentor também usa uma máscara. O principal símbolo turístico do Brasil usava uma máscara projetada no domingo. (El País, Espanha) | bit.ly/3fgS6yd

MORO. A influência do FBI na polícia foi aprofundada enquanto Moro era ministro da Justiça no Brasil. Uma investigação revela que havia agentes dos EUA em centros de inteligência e eles receberam dados biométricos de cidadãos brasileiros. Uma longa investigação realizada por vários meses pela Agência Pública Brasileira revelou que, durante o tempo em que o ex-juiz Sérgio Moro atuou como Ministro da Justiça e Segurança Pública, vários acordos foram assinados com o FBI que aumentou a influência de agentes estrangeiros na Polícia Federal brasileira e em outros departamentos estaduais dedicados ao combate ao crime. (La Diária, Uruguai) | bit.ly/3fm5pNQ

CORONAVÍRUS. O coronavírus se alastra pelo Brasil, uma terra mal equipada para combatê-lo. Casos e mortes passam a China no gigante da América do Sul, com favelas densas, poucos testes e um líder que despreza o vírus. O Covid-19, que concentrou sua fúria mais fortemente nos países mais ricos, agora está martelando o Brasil. O Brasil acaba de ultrapassar a China, a origem da pandemia, tanto em casos confirmados, 105.222, quanto em mortes, 7.288, tornando-se o país mais atingido no mundo em desenvolvimento. Ao contrário da China, que controlou o vírus através de restrições severas, espera-se que as coisas no maior país da América Latina piorem." (The Wall Street Journal, EUA) | on.wsj.com/3fjRAiN


Fonte: Carta Maior           

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