sexta-feira, 13 de agosto de 2021

"PF prende Roberto Jefferson após determinação de Alexandre de Moraes"

Presidente do PTB, Roberto Jefferson
 

Por Folha de S. Paulo

"A Polícia Federal prendeu na manhã desta sexta-feira (13) Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, aliado de Jair Bolsonaro. 

A prisão foi solicitada pela PF na quarta (4), pela delegada Denisse Ribeiro, e autorizada por Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Ele também determinou o cumprimento de busca e apreensão em endereços ligados ao político. 

A operação ocorre no âmbito da investigação sobre suposta organização criminosa digital voltada a atacar as instituições a fim de abalar a democracia. 

Essa apuração foi aberta por Moraes em julho após o procurador-geral da República, Augusto Aras, pedir o arquivamento do inquérito dos atos antidemocráticos. 

O ex-deputado foi preso no município fluminense de Levy Gasparian (a 140 Km do Rio de Janeiro), por volta das 9h10 da manhã. 

Segundo o ministro do Supremo, o político divulgou vídeos e mensagens com o "nítido objetivo de tumultuar, dificultar, frustrar ou impedir o processo eleitoral, com ataques institucionais ao TSE e ao seu presidente." 

Moraes assinou o mandado contra o presidente do PTB sem a manifestação da PGR, que não cumpriu o prazo dado de 24 horas para se posicionar. 

Na decisão, o ministro determinou a busca e apreensão de armas e munições na casa do aliado de Bolsonaro, além de computadores, tablets, celulares e demais dispositvos eletrônicos. 

Ele também mandou bloquear a conta do ex-deputado no Twitter, ato "necessário para a interrupção dos discursos criminosos de ódio e contrário às instituições democráticas e às eleições." 

As investigações em andamento na Polícia Federal por ordem do TSE e do STF são obstáculos para Jair Bolsonaro colocar em prática a promessa de diminuir a pressão no enfrentamento com ministros por causa do voto impresso. 

Ao pedir a prisão de Roberto Jefferson, a PF afirma que suas postagens nas redes sociais e entrevistas indicam sua atuação na organização criminosa investigada por atacar as instituições, desacreditar o processo eleitoral, reforçar a polarização e o ódio e gerar animosidade dentro da sociedade. 

O grupo, diz a PF, promove o descrédito dos Poderes da República. 

Para a delegada do caso, além da suspeita de integrar uma organização criminosa que atua nos meios digitais, o ex-deputado pode ser enquadrado nos crimes de racismo, homofobia e incitação à prática de crimes por causa de suas manifestações."

Fonte: Folha de S. Paulo

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