sexta-feira, 28 de abril de 2017

Greve geral: confira como foram os protestos desta sexta no país

Largo da batata - Pinheiros, em São Paulo.
 Polícia usa balas de borracha contra manifestantes perto da casa do
presidente Michel Temer (Ricardo Matsukawa/VEJA.com





"Paralisações foram registradas em todos os estados e no DF, com confrontos violentos no centro do Rio e perto da casa de Temer em São Paulo".

Manifestações da Greve Geral, em Em São Paulo

Por Da redação
    Paralisação e protestos foram registradas em 25 estados e no Distrito Federal nesta sexta-feira (28/04) na greve geral convocada pelas centrais sindicais e por movimentos de esquerda contra as reformas trabalhista e da Previdência propostas pelo presidente Michel Temer (PMDB). A greve geral deixou várias capitais, como São Paulo, com cara de feriado, com pouco movimento nas ruas, principalmente em razão da paralisação do transporte coletivo. Os principais confrontos com a polícia ocorreram no centro do Rio de Janeiro e no entorno da casa de Temer, no Alto de Pinheiros, bairro de altíssimo padrão na zona oeste de São Paulo.

21:02 Confronto começa a arrefecer, com reforço de policiais e a dispersão de manifestantes, mas deixa um rastro de destruição no entorno da casa do presidente Michel Temer – há lixeiras espalhadas pelas ruas, placas de trânsito e cancelas arrancadas, calçadas destruídas (manifestantes arrancaram pedaços de concreto para jogar nos PMs), vidros quebrados, lixo incendiado e portões arrombados. Há estilhaços de bomba e pedaços de ferro e paus espalhados pelas ruas. O grupo não contava com nenhum dos líderes oficiais da manifestação, que desistiram de ir até a casa do presidente. O líder do MTST, Guilherme Boulos, fez uma apelo para que ninguém fosse à residência de Temer, mas foi ignorado pelo grupo.

20:31 A Tropa de Choque se divide em três  grupos para fazer a varredura das ruas e dispersar os manifestantes. Com pedaços de paus e pedras, grupos de mascarados enfrentam a PM transformando as ruas no entorno da casa de Temer em verdadeiro palco de uma batalha campal. O bairro é de alto padrão, com vários casarões de luxo.


20:27 – Um grupo de manifestantes tenta derrubar as grades de segurança em torno da casa de Temer e começa a arremessar paus e pedras. A tropa de choque da PM chega rapidamente e começou a disparar balas de borracha e bombas de efeito moral para cima dos manifestantes. Uma parte dispersou, mas um grupo arrancou lixeiras e concretos das calçadas para arremessar contra os policiais. Um portão de uma casa foi arrombado, mas os manifestantes não entraram. Um veículo da PM avança para cima dos manifestantes com jatos d’água.

20:11 – Manifestantes e policiais militares entram em confronto próximo à casa de Temer.  O grupo se desgarrou do restante dos manifestantes, ignorando apelos do líder do MTST, Guilherme Boulos, para que não fosse em frente – eles responderam que “não teria arrego” e partiram em direção à casa do presidente. No carro de som, o coordenador do MTST avisou que não daria para todo mundo ir ao local, pois as ruas são estreitas.  O grupo dissidente parou em frente a um bloqueio montado pelo GSI e reforçado pelo PM. Uma grade de quase 1 metro foi colocada em volta da Praça Norma Arruda para impedir o acesso à rua Bennet, onde Temer tem a sua propriedade. Manifestantes começaram a lançar objetos para cima dos PMs e tentam acender uma fogueira na praça. A PM respondeu com balas de borracha e bombas de gás lacrimogênio. Os manifestantes recuaram.

19:00 – Trens da CPTM e do Metrô circulam parcialmente em São Paulo nesta sexta-feira, segundo balanço atualizado às 19h



19:45 – Manifestantes passam sem problemas pela barreira montada pela PM na Praça Pan-Americana e seguiram em direção até a casa do presidente Michel Temer. Na praça, muitos carros entraram na contramão para desviar do ato. Na Praça Pero Vaz, a cerca de 150 metros da casa de Temer, o carro de som parou e os manifestantes se dividiram em dois grupos – um continuou na Avenida Professor Fonseca Rodrigues e o outro seguiu até a casa de Temer.

19:35
 –  Em nota, o presidente Michel Temer criticou os protestos realizados hoje. Segundo ele, “pequenos grupos bloquearam rodovias e avenidas para impedir o direito de ir e vir do cidadão, que acabou impossibilitado de chegar ao seu local de trabalho ou de transitar livremente”. “Fatos isolados de violência também foram registrados, como os lamentáveis e graves incidentes ocorridos no Rio de Janeiro”.


8:40 – Polícia Militar dispersou hoje, com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo, a principal manifestação prevista para ocorrer no centro do Rio como parte da greve geral em protesto contra as reformas que vêm sendo desenvolvidas pelo governo. Após a dispersão, veículos foram incendiados.  Pelo menos cinco ônibus foram incendiados no centro do Rio de Janeiro durantes as manifestações que ocorrem hoje na cidade. 


18:50 – 
A produção de veículos no Estado de São Paulo foi paralisada nesta sexta-feira, em meio à greve geral convocada por várias categorias profissionais do país contra as reformas trabalhista e da Previdência, informaram montadoras, sindicatos e fontes do mercado. Na região do ABC paulista, principal polo automotivo do país, cerca de 60 mil trabalhadores de montadoras, fabricantes de autopeças e de outras empresas do setor aderiram à greve, informou o Sindicato do Metalúrgicos do ABC, ligado à Central Única dos Trabalhadores (CUT).

18:40 – Polícia Militar dispersou hoje, com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo, a principal manifestação prevista para ocorrer no centro do Rio como parte da greve geral em protesto contra as reformas que vêm sendo desenvolvidas pelo governo. Após a dispersão, veículos foram incendiados.  Pelo menos cinco ônibus foram incendiados no centro do Rio de Janeiro durantes as manifestações que ocorrem hoje na cidade. 


18:36 –
 Após discursos dos líderes da CUT, Vagner de Freitas, e do MTST, Guilherme Boulos, e de políticos como os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ) e Gleisi Hoffman (PT-PR) e o deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP), os manifestantes começam a caminhar pela avenida Faria Lima em direção à casa do presidente Michel Temer (PMDB). Os organizadores estimam em 70 mil o número de manifestantes.
Fonte: Veja.com     
Manifestantes em protesto no Largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo – 28/04/2017 (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
18:10 – Três importantes avenidas de São Paulo estão interditadas – Paulista e Faria Lima nos dois sentidos e Rebouças no sentido bairro – por manifestantes que caminham pela cidade em direção ao Largo da Batata, em Pinheiros, de onde devem ir para a casa de Temer, no Alto de Pinheiros.  A polícia montou bloqueios na Praça Pan-Americana para impedir os militantes.

18:09 – No centro do Rio de Janeiro, na região da Cinelândia, três ônibus foram incendiados por manifestantes que continuam montando barricadas, colocando fogos em objetos e entrando em confronto com a PM. O trânsito está totalmente parado na região.

 Manifestantes põem fogo em móveis durante protesto no Rio contra as reformas trabalhistas e da previdência do governo Michel Temer – 28/04/2017 (Ricardo Moraes/Reuters)
18:00 – Milhares de pessoas se concentram neste momento no Largo do Batata, em Pinheiros (zona oeste de São Paulo), para sair em passeata. A ideia é ir até a casa do presidente Michel Temer (PMDB), mas o comando da Polícia Militar avisou que só vai permitir a caminhada até a Praça Pan-Americana. O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, e o major Luis Guillon se reuniram agora há pouco para combinar o trajeto, mas não chegaram a um acordo. A PM já se antecipou e fez um bloqueio na praça. Uma tropa também está posicionada para fazer a proteção na residência de Temer, cuja segurança é feita pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

17:10 – Crítico dos movimentos de esquerda, Marcelo Madureira, humorista do grupo Casseta & Planeta e comentarista da rádio Jovem Pan, é agredido com empurrões e tapas no seu microfone por manifestantes que protestavam no centro do Rio de Janeiro contra as reformas trabalhista e da Previdência. Ele é obrigado a abandonar o local, aos gritos de golpista” e “fascista”.


17:09 – Secretaria Municipal de Educação, Esportes e Lazer do Rio de Janeiro informa que, do total de 1537 escolas da rede de ensino público do município, apenas 212 tiveram funcionamento normal nesta sexta-feira. Outras 1.070 escolas estão com atendimento parcial. Há 256 escolas municipais fechadas.  

17:00 – Manifestantes na Avenida Paulista decidem ir em caminhada do Masp até o escritório da Presidência da República, próximo à rua Augusta, para protestar contra as reformas propostas por Michel Temer (PMDB), alvo de duras críticas, inclusive por ter se aposentado aos 55 anos de idade. O trajeto, de cerca de seis quadras, deve provocar mais interrupções na avenida, que, até agora, tinha só a quadra do museu interditada.



Manifestações na Av. Paulista, em São Paulo





 Manifestantes protestam na Avenida Paulista, região central de São Paulo, contra as reformas trabalhista e da Previdência – 28/04/2017 (Lucas Mello/VEJA.com)

16h;40 – Manifestantes e policiais militares entram em confronto no centro do Rio de Janeiro, no entorno do prédio da Assembleia Legislativa do Rio. PMs lançam bombas de gás. Manifestantes encapuzados destroem placas de trânsito, colocam fogo em objetos, fazem barricadas e lançam objetos contra os policiais.

16:10 – Há pelo menos três protestos em andamento na cidade. Na Avenida Paulista, cerca de 200 manifestantes filiados à CSP (Central Sindical e Popular), ligada ao PSTU, se concentram em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp) para protestar contra as reformas trabalhista e da Previdência. No Largo da Batata, em Pinheiros (zona oeste de São Paulo), começam a chegar manifestantes para concentração  que pretende ir até a casa do presidente Michel Temer (PMDB). Na prefeitura, professores da rede municipal fazem protesto.


15:37 – Relembre a greve geral de 1989, que não colou em São Paulo (apesar do apoio da prefeita Luiza Erundina), mas parou capitais como Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Porto Alegre e Vitória.

Legenda foto 1989 Bancários aderem à greve geral na Avenida Paulista em março de 1989 (Epitácio Pessoa/Estadão Conteúdo)

15:20 – A central sindical internacional IndustriALL Global Unionque representa trabalhadores dos setores de energia e mineração, manifestou apoio à greve brasileira nas redes sociais:


14:42 – Alexandre Correa, marido da apresentadora Ana Hickmann, não ficou nada contente com a greve geral de hoje. O empresário fez uma série de postagens no Instagram, todas na função “story” (em que as publicações são apagadas em 24h). “Manifestantes cornos. Eu tenho prejuízo”, disse em um dos vídeos. “As pessoas precisam entender que um país parado em uma sexta-feira inteira é prejuízo. Isso é baderna, é coisa de gente vermelha”, também comentou. Empresário, marido de Ana Hickmann, se inflama contra greve geral

14:29 – Aplicativos de transporte, como Uber Cabify, trabalham descontos durante o dia de greve; 

14:25 – São Paulo: greve geral paralisa centro financeiro
Agências bancárias das regiões da avenida Paulista e da Faria Lima – dois simbólicos polos financeiros do país – amanheceram fechadas pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Fonte: Veja

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