domingo, 9 de julho de 2017

Partidos mudam só de nome para enganar aos trouxas


Nomes novos com políticos tradicionais

"Donos de mais de 1,5 milhão de votos obtidos nas eleições para a Câmara dos Deputados em 2014, PTN e PTdoB decidiram que mudar de nome pode melhorar o desempenho eleitoral e ajudar na reconexão com uma sociedade pouco interessada em política. Agora, o PTN chama-se Podemos. E o PTdoB está prestes a se tornar o "Avante". Por trás da mudança de nome, porém, estão políticos tradicionais, parlamentares sob investigação e outros que têm o hábito de trocar de partidos.

As duas legendas têm mais coisas em comum, além de serem partidos pequenos. Nos dois casos, os novos nomes têm como premissa deixar para trás a desgastada palavra partido, que virou sinônimo de velhas práticas políticas. E os presidentes do "Podemos", deputada Renata Abreu (SP), e do futuro "Avante", Luís Tibé (PTdoB-MG), veem com restrições a criação de uma cláusula de barreira para as próximas eleições. Essa regra obriga os partidos a conseguirem um percentual mínimo de votos válidos em um número mínimo de estados na disputa para a Câmara dos Deputados.
As legendas que não atingirem essa meta ficariam sem acesso a recursos do fundo partidário e tempo de TV e rádio na propaganda eleitoral. A proposta em análise na Câmara prevê uma meta de 2% dos votos válidos em pelo menos 14 estados. E há pressão para reduzir a barreira para 1,5% dos votos válidos em nove estados.
Enquanto não se aprova uma cláusula de desempenho, "Podemos" e "Avante" aproveitam para ampliar suas bancadas. O antigo PTN começou a legislatura com quatro deputados e agora já tem 15. O PTdoB, futuro Avante, pulou de um deputado para quatro.
Mudar de nome ou evitar a palavra partido não é uma novidade no Brasil. Em 2007 o PFL virou Democratas, e em 2015, a ex-senadora Marina Silva criou a Rede Sustentabilidade, que se autointitula um movimento.
FILIADOS VETERANOS NO CONGRESSO
Nesse processo de “engorda” dos novos partidos, o Podemos atraiu, na maior parte, deputados em primeiro mandato, um critério adotado pela presidente da legenda, Renata Abreu, que espera aumentar a bancada para 25 parlamentares na próxima janela de transferências.
Porém, também chegaram à legenda o deputado Ademir Camilo (MG), que desde 1991 já passou por seis partidos, e Carlos Henrique Gaguim (TO), que, mesmo estreante na Câmara, já está na terceira legenda. O "Podemos" também filiou dois senadores. O ex-jogador Romário (RJ) e o senador Álvaro Dias (PR), que deve concorrer à Presidência pela nova “marca”.
Questionada se imporia critérios éticos para ingresso na legenda, Renata disse ser difícil estabelecer tal exigência:
— Fazer um trabalho preventivo é difícil, temos que tomar cuidado para não prejulgar. Temos que ter a cultura de reagir após o julgamento. Se for condenado, aí tem que afastar e expulsar.
A mudança de nome, contudo, não é um antídoto para renovar o partido. O presidente do futuro "Avante", em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, será o ex-deputado e líder dos governos petistas na Câmara Cândido Vaccarezza. Também ingressou na legenda o deputado Silvio Costa (PTdoB-PE), que está no seu terceiro mandato.
— Eu saí do PT no começo de 2016, mas minhas diferenças com o partido começaram no fim do governo Lula. Eu só não saí antes porque precisava resolver umas questões da Lava-Jato. Eu fui citado nas investigações, mas os dois inquéritos que estavam sendo analisados pelo (juiz Sergio) Moro foram arquivados. Quando isso aconteceu, eu mudei de partido — contou Vaccarezza.
A crise econômica mundial impulsionou a criação de movimentos políticos que depois migraram para ação partidária eleitoral na Europa. É o caso do "Podemos", na Espanha, e, mais recentemente, o Em Marcha!, do atual presidente francês Emmanuel Macron. Em comum, esses movimentos têm na sua gênese uma forma mais atual de se conectar à sociedade, utilizando ferramentas tecnológicas para ativar o interesse dos eleitores.
A presidente do "Podemos" disse que se inspirou nesses movimentos para refundar o PTN.

— Queríamos um nome que representasse um sentimento, por isso estávamos inspirados no Podemos da Espanha ou no slogan “yes, we can” (usado pelo ex-presidente dos EUA Barack Obama na eleição de 2008). Na pesquisa que fizemos, a palavra Podemos foi uma das mais citadas e decidimos por esse nome — conta Renata."
Eles vão continuar os mesmos bandidos, só que com outra legenda! Pense bem antes de votar. Nós que somos responsáveis por quem colocamos para nos representar como prefeitos(as), vereadores(as), governadores(as) ,deputados(as), senadores(as) e o (a) Presidente da República.
Por que diante de tantas falcatruas e propinas, eles os deputados deveriam propor uma diminuição considerável dos números de deputados federais. Atualmente são 513 deputados federais e 81 senadores para 26 estados, divididos em 5.570 municípios, além do Distrito Federal. Para que tantos deputados federais, reunidos em Brasilia, que já tem mais de cinco mandatos? A Ficha Limpa propôs a diminuição de deputados e senadores. E quem paga todos eles somos nós, os brasileiros.
Fonte: Época

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