Estudantes na época dos militares
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“No
segundo dia de governo e no mesmo em que assumiu o cargo, sem anúncio
oficial sobre a publicação do ato, o presidente Jair Bolsonaro
assinou decreto para começar a implantar um modelo
de educação "cívico-militar" no país.
Para dar suporte ao programa, criou uma unidade específica na pasta:
a Subsecretaria de Fomento às Escolas Cívico-Militares, vinculada à
Secretaria de Educação Básica.
O Decreto
9.465 muda
a estrutura do Ministério da Educação e remaneja e acaba com
cargos comissionados. Em seus anexos, descreve como funcionarão os
órgãos internos do MEC. E no primeiro artigo fica estabelecida a
possibilidade de promover parcerias com instituições civis e
militares. O foco será tanto o ensino fundamental quanto o médio,
mas, preferencialmente, no que chama de escolas em situação de
vulnerabilidade social.
Caberá
à Subsecretaria, de acordo com o texto, "promover, fomentar,
acompanhar e avaliar, por meio de parcerias, a adoção por adesão
do modelo de escolas cívico-militares nos sistemas de ensino
municipais, estaduais e distrital tendo como base a gestão
administrativa, educacional e didático-pedagógica adotada por
colégios militares do Exército, Polícias e Bombeiros Militares".
A
iniciativa é citada em meio a atribuições da pasta como
desenvolver metodologias e tecnologias educacionais ou coordenar a
alfabetização de jovens e adultos. É um dos 31 tópicos referentes
à SEB. Não há, no documento ou no portal do Ministério da
Educação, detalhes como a definição de "concepção de
escolas cívico-militares", expressão usada no ato.
O
decreto delega à Subsecretaria a incumbência de "promover,
progressivamente, a adesão ao modelo", ainda que por meio de
adesão voluntária, implementando um projeto nacional. À unidade
compete ainda "criar, gerenciar e coordenar programas nos campos
didático-pedagógicos e de gestão educacional que considerem
valores cívicos, de cidadania e capacitação profissional
necessários aos jovens".
O
texto inclui, ainda, futuras escolas militares, que virão a ser
construídas. Um dos itens descreve atribuição de avaliar das
demandas dos pedidos de manutenção, conservação e reformas das
novas instalações das escolas cívico-militares.
Ainda
no dia da cerimônia de posse presidencial, Vélez afirmou que o
ministério já havia analisado o orçamento e que o projeto não
exigirá "tanto investimento". O presidente Jair Bolsonaro
(PSL) mencionou, no discurso feito no parlatório do Palácio do
Planalto, a importância que dará à educação básica. Antes,
desde o período eleitoral, tem mencionado a ideia de ampliar o
número de colégios militares.
Ensino fundamental, antes chamado de Primário na época dos militares |
Segundo
o novo ministro, crianças "gostam" das escolas militares e
escolas municipais pedem o apoio de colégios desses modelos, no que
ele chama de ações cívico-militares. "Os modelos que se
desenvolveram em alguns lugares partem de colégios estabelecidos que
pedem ajuda para a gestão cívico-militar", disse.
Para
ele, não se trata de militarizar o ensino, mas "de
racionalização", enfatizando que o modelo seria para aquelas
escolas municipais que optem por participar do projeto, mas afirmando
também que existe uma "ideologia marxista na gestão das
unidades educacionais", que viria do "gramcismo"."(1)
Fonte:
conjur.com.br
(1)- Fazendo uma alusão a Antonio Gramsci, um filósofo marxista, jornalista, crítico literário e político italiano. Escreveu sobre teoria política, sociologia, antropologia e linguística. Fonte: Wikipédia
(1)- Fazendo uma alusão a Antonio Gramsci, um filósofo marxista, jornalista, crítico literário e político italiano. Escreveu sobre teoria política, sociologia, antropologia e linguística. Fonte: Wikipédia
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