O discurso do advogado está em sintonia com os interesses do agronegócio
Rute Pina
Brasil de Fato |
São Paulo (SP)
“Sua
malsucedida campanha para deputado foi marcada por ódio ao MST. O
número de candidato, 3006, era mesmo do calibre de fuzil. / Evaristo
Sá / AFP
O
presidente de extrema direita, Jair Bolsonaro (PSL), sustentou o nome
do advogado Ricardo
Salles como o novo ministro do Meio Ambiente mesmo
com pendência com a Justiça.
A
nomeação de Salles
é alvo de ações judiciais porque o novo ministro teve seus
direitos políticos suspensos por três anos após ser condenado na
Justiça de
São Paulo por improbidade administrativa em dezembro pelo juiz
Fausto José Martins Seabra, da 3ª Vara da Fazenda Pública do
TJ-SP.
O
artigo 87 da Constituição Federal determina que os “Ministros
de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um
anos e no exercício dos direitos políticos”.
Ainda assim, o presidente decidiu indicar o advogado ao cargo e
deixou claro quem queria agradar com a indicação: o agronegócio.
Ricardo
Salles é acusado de descumprir leis ambientais e manipular
mapas de manejo ambiental do rio Tietê, em São Paulo,
"com a clara intenção de beneficiar setores econômicos".
Na época, ele era secretário do Meio Ambiente na gestão de Geraldo
Alckmin (PSDB). O advogado agrada aos ruralistas porque seus
discursos estão em sintonia com os interesses do agronegócio.
Em
vídeo gravado durante um almoço com ruralistas e cantores
sertanejos em dezembro, logo após anunciar Salles na equipe do
governo, Bolsonaro, descontraído, afirmou: “Vocês
gostaram do ministro do Meio Ambiente agora, né? Com
toda certeza". “Gostamos de tudo”, respondeu prontamente,
“representando o agronegócio”, o locutor do rodeio de Barretos,
Cuiabano Lima.”
Fonte: Brasil de Fato
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