Vice-presidente, Hamilton Mourão Foto: Ueslei |
Por Ricardo Brito - Reuters
"O vice-presidente da República e coordenador do Conselho da Amazônia, Hamilton Mourão, afirmou nesta terça-feira que a política ambiental do governo vai continuar a mesma, independentemente de quem vencer a eleição presidencial dos Estados Unidos.
Há a expectativa de que uma vitória do candidato democrata à Casa Branca, Joe Biden, aumente a pressão sobre o Brasil por uma maior preservação ambiental. Biden colocou as mudanças climáticas, o combate às emissões de carbono e a defesa da energia limpa no centro de seu plano de governo, em um movimento que foi capaz de atrair os mais jovens e um espectro de eleitores mais à esquerda nos EUA.
O presidente Jair Bolsonaro tem defendido abertamente a reeleição do republicano Donald Trump.
"A nossa resposta é muito clara. Estamos fazendo a nossa parte, estamos fazendo o nosso trabalho, tenho a maior tranquilidade e lembro sempre que a nossa relação é de Estado para Estado, independentemente do governo, havendo simpatias ou não", disse Mourão, em entrevista coletiva sobre as atividades do Conselho da Amazônia.
"Quanto à questão da mudança de governo nos Estados Unidos, eu tenho visto as análises e parece que, se Joe Biden for eleito presidente, a partir da segunda quinzena de janeiro o 18º Corpo Aeroterrestre americano vai baixar aqui, entrar Amazônia adentro e vai mudar tudo o que está acontecendo lá. Não é assim que vai ocorrer", disse.
RESULTADO MELHOR
Coordenador desde o início do ano de ações para a Amazônia, Mourão admitiu que gostaria de apresentar um "resultado melhor" na preservação do bioma. Houve aumento nos registros recentes de queimadas e desmatamento, segundo dados oficiais. "Não logramos até o momento, mas vamos persistir", afirmou.
O vice-presidente destacou ter uma "visão clara" de que as operações na Amazônia têm de prosseguir até o final do governo Bolsonaro. Disse que está travando um combate contra o desmatamento desde maio e acredita que vai se chegar ao final do ano com uma "ligeira melhora".
Mourão, entretanto, não quis fixar qualquer tipo de meta de redução de ações ilegais na região. Segundo ele, a partir da próxima semana haverá reuniões com diferentes ministérios a fim de se fechar um "contrato de objetivo", uma espécie de metas a serem fixadas.
Ele afirmou ainda que o governo deve focar sua atenção quanto à regularização fundiária em duas áreas prioritárias que ficam em Rondônia e no sul do Pará, mas essa decisão está sendo ultimada pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina. O vice-presidente disse que municípios com alto índice de desmatamento serão os últimos a passarem pela regularização fundiária.
Ao rebater críticas, o vice-presidente disse ainda que a viagem em que ele e ministros do governo vão levar representantes diplomáticos de outros países à Amazônia entre quarta e sexta-feira não é "para inglês ver".
De acordo com Mourão, será mostrado aquilo que não está bom e exemplificou que vai ser apresentado um aspecto "consolidado" da Amazônia em torno de Manaus e outra parte mais profunda da região."
Fonte: Reuters
Por este motivo e outros motivos que temos de pedir o impeachment de todos os componentes do governo Bolsonaro, pois qualquer um fique no governo vai continuar destruindo o país, "passando a boiada", como disse o ministro do meio Ambiente, Ricardo Sales. Eles pensam que o país é deles! Basta lembrar do pronunciamento de Bolsonaro logo no início de seu governo: "pode desmatar tudo, quem precisa de arvores..."
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